terça-feira, 30 de setembro de 2008

Noites de Blandina Blandina consegue um convite para ir numa festa naquela boate chique de um Hotel famoso onde todos os figurões da coluna social se encontram. Após duas horas de uma super produção ao som de Echo & the Bunnymen e regada à cerveja, ela sai acompanhada de sua amiga pretensa hippie careta.
Chegando à boate, pra quebrar aquela sensação de peixe fora do aquário, Blandina se dirige até o bar.
Uma taça de vinho tinto e uma água: Ela começa a observar todos os que estão presentes na festa.
Segunda taça de vinho: Ela começa a circular pela boate e a trocar olhares 43 com os machos presentes. Ela se sente o máximo após ter perdido 7kg em um mês. Sua amiga careta e gordinha a segue meio sem jeito, quase como um guarda-costas.
Um copo de vinho branco oferecido por um macho conhecido: Blandina começa a falar alto com sua amiga e com ele, mas sem perder a atenção de todos os outros machos da festa.
Depois de um copo de saquê que sua amiga finalmente resolve pedir, mas muda de idéia ao sentir o gosto e passa para Blandina: Esta arrasta a amiga pra dançar no meio da pista a música da blondie que ela ama.
½ copo de cuba depois: Blandina continua dançando e começa a viajar de olhos fechados ao som de Simple Minds. Vestida com um tomara que caia e uma saia justa abaixo do joelho com uma fenda ousada, sua dança é sensual.
O copo inteiro de cuba: Os machos começam a dar em cima dela. Ela faz charme e sua amiga tenta protege-la.
1/3 do copo de whisky: Blandina continua dançando sensualmente e “coincidentemente” começa a esfregar seu quadril nas costas do amor platônico de sua amiga. Ele que está acompanhado de outra mulher começa a se incomodar.
Depois do copo de whisky inteiro: Ele se irrita e a xinga de drogada. Ela cai no meio da pista e ri dentro de sua viagem. A amiga morta de vergonha pede desculpas e tenta leva-la pra casa. Ela diz que está bem, que só precisa de uma água.
2º. copo de whisky: A amiga fica puta e vai embora sozinha. Blandina dá de caras com o Fábio Assunção encostado num canto da boate. Eles começam a se beijar. O clima esquenta.
Depois de 2/3 do copo do whisky misturado à cerveja que ele bebia: Rodrigo Santoro e ela resolvem ir pra um lugar mais reservado.
Uma certa hora após o copo de whisky e cerveja: Ela tenta achar as chaves de casa na bolsa e Marcos Palmeira está beijando seu pescoço e passando a mão em seu corpo.
Alguma hora ao amanhecer: Blandina sonâmbula se vê em sua cama semi-nua com Danny de Vito do lado sorrindo pra ela. Ela prefere se virar e voltar a dormir.
Meio da tarde: Ela finalmente acorda com uma dor de cabeça horrível. Tenta se lembrar sem sucesso quem ela trouxe pra casa. Então promete a si mesma nunca mais tomar esses remédios pra emagrecer. Eles devem tirar a fome e a memória também.
By Mazé Portugal

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Tema da Semana: Sexo e Bebida

Ahhh como é bom beber um bom vinho, uma super champanhe, uma cervejinha mega gelada, um Smirnoff Ice geladérrima... hummm

Ahhh como é bom fazer sexo durante ou depois de um bom vinho, champanhe, cervejinha, ice.... rssss
Qual o poder da bebida?Sem mega exageros, a bebida tem o poder de deixar
As pessoas mais soltinhas, mais alegrinhas... mais fáceis, mais liberadas, mais sem preconceitos...

Por isso beba com moderação e faça sexo SEM MODERAÇÃO!

By Aletéia (ALE)

domingo, 28 de setembro de 2008

Na companhia das lobas



- Me passa os aspargos, por favor? – pede gentilmente Selma a Alice, respectivamente futura sogra e futura nora. Trocam um sorriso, olham com ternura quase maternal para seus cônjuges e voltam a se servir dos pratos especialmente preparados para embanquetá-los. O momento era de dupla reconciliação: Alice, depois de quatro anos de namoro e um de noivado resolvera deixar de ser hesitante para subir ao altar com Roberto, filho de Selma com Jonas, que, por sua vez, viviam uma espécie de re-casamento. Separados há seis anos, encontraram-se acidentalmente no aeroporto de Aruba em viagem de férias e, de uma conversa casual (e, a princípio, embaraçosa) de alguns poucos minutos, resolveram prosseguir juntos no passeio, hospedando-se no mesmo hotel. Do mesmo hotel para o mesmo apartamento foi questão apenas de duas margueritas com vista para o mar. Daí para a reconciliação, demandou somente de conversas no estilo “como era bom” e a confissão apaixonada de Jonas de que aquela meia dúzia de anos sozinho fora um hiato em sua vida. O jantar tomou então uma tripla função: celebrar o casamento de Alice e Roberto que aconteceria no próximo final de semana, promover o encontro entre sogra e nora, e marcar a reconciliação de Jonas e Selma, que em poucos dias viria em definitivo do Rio para morarem juntos de novo. Encerrada a refeição, as conversas caem em trivialidades e preparativos para o casamento, enquanto o quarteto saboreia delicadas doses de licor de tamarindo servido em taças de cristal chileno. Depois de risadas com recordações de casamentos não muito bem sucedidos, pai e filho enveredam por assuntos mais masculinos, dando a deixa para as duas mulheres se voluntariarem na retirada de pratos e copos da mesa. Distanciam-se da sala de jantar e, ao chegarem na cozinha, despejam os utensílios usados sobre a pia, virando-se uma para a outra em postura desafiadora.

- Agora, que estamos sozinhas, responda: o que você estava fazendo lá?

- Eu?! Era minha despedida de solteira, oras.

- Daquele jeito?

- Como daquele jeito?! Era um clube de mulheres, você queria o que?! Ei, eu é que pergunto, o que você estava fazendo lá?

- O mesmo que você, afinal é como se eu estivesse me casando de novo.

- Ahhhhh, mas então com você, tudo bem e comigo não? Que justiça é essa?!

- Garota, nós estamos nos conhecendo agora, quero deixar claro que eu não quero para o meu filho uma puta.

- O que?!

- O que você fez ontem não é de uma mulher de classe.

- Olha quem está falando! Você estava lá, esqueceu?

- Sim, mas não dancei e me esfreguei em todos os homens da casa.

- Claro, você deixou para fazer isso depois, que eu sei. Eu vi na hora que você saiu.

- Você não viu nada, você só está supondo. Mas eu, eu vi de verdade.

- Você viu uma mulher em despedida de solteira, foi uma coincidência estarmos as duas lá. Se eu soubesse quem era você...

- Teria ido em outra casa de strip, né?

- Escuta, é normal uma festinha dessas na véspera do casamento.

- O Roberto sabe?

- Ele também vai fazer uma despedida de solteiro, com certeza.

- A pergunta não foi essa.

- Ei, e o que você está me atacando. O Jonas sabe que você foi naquela casa ontem?

- Eu ainda não estou morando em definitivo com ele.

- Estamos iguais, não percebeu?

- Não. Porque sua atitude de ontem foi a de uma puta.

- Você saiu com dois que eu vi!

- Você bebeu todas, ficou naquela cadeirinha do palco mexendo no pau daqueles homens todos, um por um.

- Então você ter feito sem ninguém ver é melhor do que eu ter feito na frente de todo mundo, é isso?

- Eu só quero o melhor para o meu filho. E você não é bem aquilo que uma mãe possa considerar “o melhor”.

- Como se aquilo que você fez ontem fosse coisa da melhor mãe do mundo mesmo.

- Olha aqui, garota, você está na minha mão.

- Você também está na minha.

- Cuidado com o que você pensa em fazer.

- Ah, é? E o que você vai fazer? Vai me matar?

- Você não me conhece.

- Você também não me conhece.

A conversa é interrompida bruscamente ao ouvirem passos que se aproximam da cozinha. É Roberto, que entra com ar curioso, encontrando as duas mulheres de braços cruzados e agora se recompondo do combate verbal, esticando sorrisos de plástico e voltando a exercitar a secular arte da dissimulação. Ele se mostra feliz ao ver a futura esposa com a mãe que estava distante há tanto tempo, convidando-as a irem para a sala fazer um brinde. Chegando no recinto, Jonas explica às duas mulheres que estava ensinando o filho a fumar charuto, “para quando nascer o herdeiro”, equilibrando um Havana entre os dedos e sendo recriminado de brincadeira por Selma. O clima de paz aparente se restabelece. As conversas retomam o tom bem humorado. A falsa descontração reina. De repente, Roberto indaga sobre onde está a champagne. Jonas e as duas mulheres dão de ombros. Ele vai até a cozinha e encontra a bebida no caminho, na copa. Retorna com a garrafa sobre a bandeja de prata. Acha graça no fato de já estar aberta, pergunta quem o fez, mas nenhum dos presentes se manifesta. Serve as taças, pede a todos que se reúnam próximos à mesinha de centro e levantem o brinde. Pai e filho bebem, mas depois, sem entender, observam as duas mulheres, ainda com as taças estendidas no alto, olhando para o fundo da bebida e sem coragem de dar o primeiro gole.


Mario Lopes

sábado, 27 de setembro de 2008

Galeria pé na jaca



Pequenos flagrantes de grandes excessos por trás de obras antológicas da pintura universal


Almoço na grama - Claude Monet

Os mancebos estão tão entretidos com os cogumelos colhidos pela moça ao fundo que nem repararam que a rapariga ao lado está nua. Nem ela.


Baco - Caravaggio

Consta que esta não é uma alusão ao deus do vinho, mas sim um flagrante que complicou seriamente a vida do modelo. Na verdade, ele era um mercador oriental chamado Osaba Conagushi, que em visita de negócios a Milão confundiu uma sauna gay com casa de ópio. Por conta disso, Caravaggio é considerado o primeiro paparazzi da história.


A Liberdade guiando o Povo - Eugene Delacroix

Perceba como o povo segue a liberdade entusiasmado (também, com este tomara-que-caia...). Repare no flerte dela com o rapaz de costeletas e bacamarte em riste, ele nem perde sua pose de Benjamin Franklin, muito menos deixa cair a cartola. Há quem diga que a moça do quadro nem é a Liberdade, mas sim sua irmã mais nova: a Libertinagem.


O grito - Edvard Munch

Tome um porre de vinho vagabundo que você confundirá este quadro com espelho.


A aula de anatomia do doutor Tulp - Rembrandt

O médico que serve de título à obra ficou tão impressionado com o grau etílico presente no sangue do rapaz semi-nu, que resolveu chamar seus pupilos para testemunharem à primeira aplicação endovenosa de glicose da história. A experiência foi um sucesso, tirando-o do coma alcoólico, mas não evitando que levasse sete pontos na carteira e perdesse sua habilitação para dirigir carruagem.


A tentação de Santo Antônio - Salvador Dali

Acredita-se que o Antônio da obra seja o retrato do cidadão comum feito por Dali. E que cada uma das criaturas representa uma tentação de nossos tempos. Garantem os críticos que a primeira é "fingir-dor-de-dente-para-faltar-ao-trabalho", e que as demais são "cunhada", "vizinha" e "mulher-de-amigo-meu".


Gato - Juan Pablo Miró

Você certamente já ouviu a expressão "o gato subiu no telhado". Pois saiba que esta pintura inicialmente não se chamava "Gato", mas sim "O gato caiu do telhado". Na caixa de pincéis e tintas do Miró, provavelmente.


Nu de obesa - Lucian Freud

Trata-se do quadro mais caro de modelo viva viva. E, muito provavelmente, o quadro mais caro de modelo gorda gorda.


Os jogadores de cartas - Paul Cézanne

O bigodudo lá atrás só está acompanhando o jogo tranquilo porque não sabe que botaram o dele na roda de apostas.


Caipira picando fumo - Almeida Jr

Se você acha que não tem nada de "pé na jaca" neste retrato é porque não sabe que fumo ele está picando.



Mario Lopes

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Alguns pés na jaca deliciosos que já cometi...


1) Ir ao shopping na hora do almoço, entrar na Zara, escolher um vestido preto de festa lindo, um casaco 7/8 jeans maravilhoso, algumas blusinhas básicas, uma sandália e passar no caixa, sem nem experimentar nada, além da sandália.
2) Gazear trabalho na sexta, mentir pro chefe que passaria o dia em uma feira em São Paulo, ir à feira, às 09h da matina, ficar só 40 minutos, alugar um carro com o gatinho, que também mentiu pro chefe, e ir para Visconde de Mauá, em uma pousada divina passar o resto da sexta-feira e do final de semana.
3) Sair da dieta, em plena quarta-feira, ir ao Barollo almoçar e tomar muito vinho, comer Tortei de Zucca (quem nunca comeu, não sabe o que está perdendo) e conseguir voltar a trabalhar depois.
4) Beber demais em um baile de formatura e, no final da festa, catar as toalhas das mesas, fazer um bolo gigante de toalhas no canto do salão, sair correndo para pegar impulso e dar aquele JUMP sobre as toalhas (tem foto, pra quem não acredita. hahaha).
5) Ir a uma noite de “hip hop” (sim, eu, numa noite de hip hop), ir no carro bebendo catuaba com as amigas, e claro, derrubar catuaba na blusa branca sem querer, por causa do grau etílico, e para não deixar uma única mancha, jogar catuaba no resto da blusa. Para fechar a noite, pedir para um negão super mano me ensinar a dançar hip hop.


Mônica Wojciechowski

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

F-O-D-A – SE!!


Se há uma coisa importante a ser ensinada hoje em dia é a boa utilização da palavra foda-se. O stress certamente é a peste do século. Crianças, homens, mulheres e idosos de qualquer classe social em toda parte do mundo sentem isso. Portanto, acredito que falar o tal do “foda-se” é importantíssimo para a saúde física e mental de qualquer criatura.
Pensa comigo: Tô atrasadona e sei que vou chegar tarde em uma reunião. De que vai me adiantar lamuriar? Sei que tenho que correr, mas nem para isso preciso atropelar as pessoas na rua e muito menos sair xingando todo mundo que passa pela frente, atrapalhando minha passagem. Passar a mão no telefone, pedir sinceras desculpas e avisar a secretária do meu cliente que estou com um probleminha e que por isso chegarei uns 15 minutos atrasada, ou mais, é colocar o “pé na jaca” com classe. Não há necessidade de sentir gastura nenhuma. Se isso fizesse com que eu conseguisse chegar no horário da reunião ainda vai, mas certamente isso não acontecerá. O que eu posso ganhar com isso é, no máximo, uma gastrite crônica.
Longe de mim fazer apologia a palavrões e muito menos a se atrasar em compromissos profissionais ou não, só usei como exemplo. É importante sermos educados e responsáveis, pois vivemos em sociedade e, portanto temos que respeitar o espaço do outro. Mas isso não quer dizer que você tenha que tornar sua vida um tormento, se culpando a cada minuto pelo que está acontecendo de errado, sendo responsabilidade sua ou não. Dormir além da conta ou sair bem na hora daquela chuva momentânea que deixa o trânsito um caos nos permite soltar um F-O-D-A -SE bem aliviador!!
Acredito que verbalizar o tal do foda-se em muitas situações na vida é extremamente necessário. Ele é um palavrão libertador que te relaxa e te coloca no eixo, quase um mantra.
Participação especial by Bolinha: http://br.youtube.com/watch?v=VPSX5tgwyNA

Verônica Pacheco

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A jaca invisível



Você sempre deve ter se perguntando como é que aquelas atrizes, cantoras, topmodels, beldades e celebridades que vivem estampando capas de revistas de moda conseguem se manter sempre exuberantes e em boa forma, mesmo levando vidas repletas de excessos, viajando constantemente e enfiando um ou dois pés na jaca ao menos uma vez por semana. Pois os maquiadores, photoshops, cirurgiões plásticos, diretores de fotografia e as Industrial Light and Magic da vida criaram a mulher de acetato, a mulher digital, a mulher make up e outras variantes que pouco ou quase nada tem a ver com a mulher real, aquela de carne e osso que efetivamente está por trás (ou à frente) da personagem que interpreta nas telas, nas coletivas e nos ensaios fotográficos. As imagens a seguir foram divulgadas no início do ano, mas logo chegaremos ao final de 2008 e os paparazzi não tardarão a nos revelar outros flagrantes de mulheres reais, aliás, estas sim, muito mais valiosas e belas do que as deusas pelas quais tentam se fazer passar 24 horas por dia. Agora, outra pergunta que você já deve ter se feito é como deve ser ter amizade com uma topmodel. Pois fique certo de que você tem, provavelmente com várias. Só lhes faltou uma Marlene Matos na vida.


Anna Kournikova


Avril Lavigne


Beyoncé


Cameron Díaz


Chenoa


Eva Herzigova


Jennifez López


Penélope Cruz


Teri Hatcher


Victoria Beckham



Mario Lopes

terça-feira, 23 de setembro de 2008

VALE A PENA LER E RIR DE NOVO COM ESSAS MULHERES.

Ok, eu sei que estou fugindo um pouco ao tema da semana. Mas como em geral as situações em que se coloca o "pé na jaca" são engraçadas, claro quando a gente não está diretamente envolvido, então resolvi fazer uma homenagem a algumas mulheres e suas frases geniais ou "sem noção" total. Começando pelas minhas preferidas bocudas...

Dercy Gonçalves
"Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima."
"Sentei o pé nele e saí porta afora. Socorro! Esse homem me furou! Imaginei que tinha enfiado um facão e rasgado minhas tripas." Obs.: Depois de ver o sangue ao perder sua virgindade, com o cantor Eugenio Pascoal.
"Na vida tudo é um jogo. Perde ou ganha. Até no amor. Mãe pra filha, marido pra mulher, tudo é interesse: se eu não te dou você também não me dá."

Mae West
"Encontrei homens que não sabiam como beijar. Sempre achei tempo para ensiná-los."
"Quando sou boa, sou muito, muito boa. Quando sou má, sou melhor. "
"O amor vence tudo exceto pobreza e dor de dente. "
"Geralmente evito tentações, a não ser que eu não possa resistir. "
"Para escolher entre dois males, sempre gosto de escolher aquele que ainda não experimentei. "

Hebe Camargo
"Quando você for brindar com um homem, olhe bem nos olhos dele, senão você vai ficar sete anos sem transar. "
"Só tenho um filho, mas não parei por aí. Pretendo ter mais. " Obs.: Apresentadora de 73 anos, sobre seus planos de aumentar a família.
"E a Luana está grávida do Rico Mansur. Luanaaa [chamando], e se fosse o Pobre Mansur??? "
"E a sua esposa, Maria Lúcia? " Obs.: Hebe Camargo, quando ouviu de Cláudio Cavalcanti que 'não comia nada que tinha cara'.
"Linda, eu? Não, querida. Mas você acaba de ganhar uma consulta gratuita no oculista. Parabéns."
"E eu caí numa roubada: li no jornal que você estava mais contida... me enganaram!" Obs.: Hebe Camargo, em resposta à Preta GIL

Agatha Christie
"O arqueólogo é o melhor marido que uma mulher pode ter; quanto mais velha ela fica, mais interesse ele tem por ela."

Virginia Woolf
"Por quê as mulheres são... tão mais interessantes aos homens do que os homens são às mulheres?"
"Este é um livro importante, a crítica presume, porque lida com a guerra. Este é um livro insignificante, pois ele lida com os sentimentos das mulheres numa sala de visitas. "
"O humor é o primeiro dos dons a perecer numa língua estrangeira."
"Quanto mais se envelhece, mais se gosta de indecência."
"Gosta-se muito mais das pessoas quando elas são abatidas por um cerco extraordinário de desgraça do que quando elas triunfam."
"Não se pode pensar bem, amar bem, dormir bem, quando não se jantou bem."

Coco Chanel
"Quem não gosta de estar consigo mesmo em geral está certo."
"Já que tudo está na nossa cabeça, é melhor a gente não perdê-la."

Heloísa Helena
"Não há produção de óleo de peroba no Brasil capaz de lustrar tanta cara de pau."
"Ainda bem que sou asmática e consigo falar sem respirar." Obs.: Comentando o pouco tempo de televisão que terá para sua campanha
"Eu não vou acabar com o Bolsa Escola, eu vou acabar é com o Bolsa Banqueiro e o Bolsa Parasita."
"Podem vir fervendo que estamos feito lava vulcânica."
"Só não digo que é palhaçada porque respeito os profissionais do circo."

Marta Suplicy
"Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?"
"Paixão é pesadelo, tortura e sonho enquanto dura. Pobre de quem nunca a viveu."

Madame de Staël
"O desengano caminha sorrindo por trás do entusiasmo."
"Alegro-me de não ter nascido homem, porque então teria tido que me casar com uma mulher."
"O desejo do homem é pela mulher, mas o desejo da mulher é pelo desejo do homem."
"A liberdade é incompatível com o amor. Um amante é sempre um escravo."

"Maridos são bons amantes principalmente quando estão traindo as esposas."
"Eu sei que eu pertenço ao público e ao mundo, não por ser talentosa ou mesmo bonita, mas porque eu nunca pertenci a nada e a ninguém."

Cher
"O problema com algumas mulheres é que elas se excitam por nada e aí acabam casando."
"Todos os homens deveriam ser como Kleenex: sofisticados, fortes e descartáveis." Obs.: Comparando os homens a uma marca famosa de lenços descartáveis.

"Se já fiquei completamente intimidada por alguém? Sim, pela minha sogra."
"Acho que todo mundo deveria se casar pelo menos uma vez, para poder perceber como essa instituição é boba e ultrapassada."
"Eu adoro encontrar homens de ternos, eu os adoro porque sei que eles têm um trabalho muito chato, então eu entro na sala deles com minha calça laranja de veludo, derrubo pipoca em meu decote, pego e como. Eu curto isso, sei que estou divertindo eles e sei que eles sabem disso."

Rita Lee
"Sexo é como droga, chega um dia que enche o saco." Obs.: Roqueira de 55 anos.
"Tem pessoas que a gente não esquece nem se esquecer."
"Perua é a fêmea do peru que tenta chamar mais a atenção do que todos os outros bichos da floresta. "

"MInha música não é para fazer ninguém se rebelar. É para fazer as pessoas quererem trepar."
"Eu nunca vou conseguir ser um astro como Dylan ou Hendrix por que eu sempre falo a verdade..."

Elizabeth Hurley
"Sendo inglesa, eu sempre dou risada de tudo que tem a ver com privadas ou botões."
"Nada me irrita mais do que a preguiça crônica nos outros. Veja, me refiro apenas à preguiça mental. A preguiça física pode ser divina."
"Um pouco de desejo por aguém faz maravilhas para a pele."
"A inveja envelhece. Faz mal para cútis."
"Não gosto de cirurgias plásticas. Mas nem por isso quero ficar enrugada como um basset hound."
"Fico encantada em pensar que alguém possa se excitar ao me ver nua."
Sônia Braga
"Calcinha e sutiã me dão falta de ar."
"Já traí, sim, porque acho que não podemos frustrar nossos sentimentos. A vida está aí para ser vivida e quero chegar aos 60 anos sem arrependimentos."
"É uma loucura ver como as mulheres são ignorantes sobre si mesmas e desequilibradas afetivamente. No fundo são muito sozinhas e carentes."
"Acho que os homens hoje em dia gostam da atitude da mulher. O homem que eu quero para mim tem que gostar de novidade, de experimentar." Obs.: revelando que gosta de comprar artigos eróticos em sex-shops.
"Eu tenho uma baby personal trainer." Obs.: Vocalista do Pato Fu, falando que cuidar de sua filha Nina, de dois anos de idade, a deixa em forma.
"Eu sou baixinha mas eu sou saudável."
"Sei que tenho 30 anos com corpinho de 16, mas é pura genética."
"Se estou milionária? Bem, não vou lhe dizer de quanto é o meu cachê, senão você vai comparar com seu salário de jornalista, aí vai ficar fula da vida comigo e largar esta entrevista antes de ela começar"
"Quem diz que dinheiro não compra felicidade é porque não sabe o endereço da loja."
"Quando viajo, eu me acabo de tanto comprar coisas. Preciso ser resgatada das lojas."
Eliane Giardini
"Uma vez briguei no supermercado por causa de um peixe. No final peguei o peixe e o coloquei dentro da bolsa da mulher com quem discutia."
"Sofri muito por não fazer sucesso. Ser casada com alguém da mesma profissão que se dá superbem é horrível."
"Vou parar. Quero casar e ter filhos. Trabalho como escrava desde os 13 anos."
"Nunca calo a boca. Se fosse repórter, eu faria as perguntas e daria as respostas ao mesmo tempo."
"Não importa onde eu esteja, ainda lavo minhas calcinhas no chuveiro no final do dia. ”
Suzana Vieira
"Meu amor, eu não estou aqui pela minha bunda. E sim, pela puta atriz que sou, porque sou a Suzana Vieira. "
"Tenho o escritório dele, os filhos dele e o dinheiro dele. " Obs.: Explicando por que é difícil se separar completamente do ex-marido Caetano Veloso.
"Queria ser homem."
"Sou espada!"
"Eu não sei se vocês sabem, mas os golfinhos se excitam com seres humanos. Não acreditava nisso até um deles tentar me agarrar. "
"Sou uma feminista pós-moderna. "
"Eu não pego ninguém. Nem gripe. " Obs.: Modelo, sobre os boatos de que está namorando o jogador Ronaldo.
"Sou quieta e devem pensar que não presto atenção nas coisas, que estou ali só por ser loira."
Paris Hilton
"Eu achava charmoso brincar de ser uma loira burra. Na TV, eu fiz por achar divertido. Na verdade, eu me considero uma mulher de negócios."
"Quem é Tony Blair? É o seu presidente?" Obs.: Em entrevista à revista inglesa GQ, em 2006, mostrando desconhecer o primeiro-ministro britânico.
Sheila Mello
"Quero ser atriz de musical. Só assisti a uma peça do gênero, Chicago, mas adorei. " Obs.: Mostrando total despreparo para a nova carreira, em entrevista à Veja.
"Meu hobby ?? Ah!, eu tenho um preto, mas gosto mais do vermelho."
"Vamos passar 15 dias no Egito e depois vamos ao Cairo." Obs.: Sobre sua lua-de-mel.
"Eu sinto frio no silicone."
"Dizem que tenho corpo de sereia, cérebro de jegue e falo como o Pato Donald."
"Eu posso ser desligada, mas burra, nunca! Falo francês, italiano, alemão, espanhol e inglês. Deixe-me ver, porque não sei contar muito bem: são uma, duas, três... são cinco línguas!"
"Não sou paga para pensar."
by Mazé Portugal

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Tema da Semana: Pé na Jaca

Pé na jaca expressão popular.
Pé na Jaca ou Pé na Bosta foi uma telenovela de Carlos Lombardi que estreou no dia 20 de novembro de 2006 na Rede Globo.

Particularmente colocar o seu pé na jaca é muito fácil... uma jaca é enorme rss

Quem nunca fez uma gafe?
Quem nunca bebeu além da conta?
Quem nunca falou demais?

1. Mary e Johny foram padrinhos de casamento e reencontraram vários amigos e amigas nesta festa rolou muiiiita espumante... Mary esqueceu de um detalhe: “comer” e sempre ao seu lado estava um simpático e “gato” garçom servindo a bebidinha borbulhante... muita festa, música, amigos... já dá pra imaginar como a festa acabou?!
O pé na jaca: Mary bebeu todas e óbvio passou mega mal... dia seguinte ressaca total...
Dica: coma antes de beber

2. Mary estava em uma festa da empresa fazendo o social com seu maior cliente, o cliente
estava altinho e fez um comentário: Fulano é bem “bichona”, né?
A gafe: o comentário foi feito para a esposa da suposta “bichona”. Que com muita classe
disse: "não é não, ele comparece todos os dias e ainda temos uma filha linda!!!"
O cliente queria morrerrrr.
Dica: boca fechada não entra mosca.

Cuidado com as jacas, elas estão por ai!

By Aletéia (ALE)

domingo, 21 de setembro de 2008

Músculos em prova


Nem Carolina Ferraz, nem Grazi Massafera. A mais bela mulher que já passou pela produtora, na opinião dele, era uma menina. E nem tinha a fama das atrizes que apareciam nos estúdios para gravar comerciais. Na verdade, ela era funcionária da produtora. O que tornava ainda mais difícil para ele a tarefa de disfarçar sua atração por Aninha, a assistente do núcleo corporativo.
Embora saudoso de suas trancinhas, apreciava a nova pintura de um vermelho intenso. Na convivência diária e obrigatória, ele se flagrava constantemente a desviar o olhar daquela personagem sorridente que vez ou outra saía do ambiente de escritório para entrar num set de filmagem, geralmente trazendo um roteiro ou uma risada para os membros da produção que o embaraçava e enciumava. Gostava de suas calças jeans, geralmente coladas ao corpo mas nunca de cintura baixa. Também admirava suas botas de cano alto, seus brincos exagerados e os óculos de sol moderninhos que cobriam aqueles olhos hipnóticos.
Mas quem era ele para conquistá-la? Hierarquicamente estavam na mesma posição, pois também era assistente, só que da produção. Trabalhava duro carregando equipamentos para dentro dos estúdios ou das unidades móveis, ajudando a montar algum cenário ou fazendo a tarefa que mais o encabulava: a de ficar em frente à câmera, na posição prevista para o ator, enquanto o diretor de fotografia fazia a luz, pois nunca sabia para onde olhar e tinha verdadeiro pavor de um dia vir a ser filmado de verdade. A função não lhe daria muito status, ele sabia, mas preferia isso a trabalhar com o tio vidraceiro, de dedos sempre machucados, justificando que “vida de vidraceiro é assim mesmo”. Isso não é vida, pensava ele enquanto se esquivava dos convites “sedutores” do irmão de sua mãe.
Só lhe restava fantasiar um hipotético momento mágico com Aninha, quem sabe em algum dos cenários de estúdio montados por ele próprio . Não, as câmeras internas jogariam a cena imediatamente na sala do diretor-superintendente, com quem ele quase não tinha contato, mas que julgava ser muito poderoso, a tirar por base o tamanho de seu carro prateado, que chegava a fazer as vezes de fundo para fotos de universitários que eventualmente visitavam a produtora. Mas o destino lhe foi generoso, e seu sonho então se enveredou para a realidade de forma tão pouco verossímil quanto os próprios comerciais que via serem filmados diariamente. Num dado horário de almoço, enquanto desenrolava cabos e digitava textos para um teleprompter (tarefa esta que pela primeira vez lhe caía em mãos, assustando-o por não ser pessoa muito letrada), eis que observou Aninha, surgida do nada, sentada na poltrona que logo à tarde seria ocupada pelo presidente de um grande banco. Num primeiro momento, não acreditou que fosse verdade, mas era. Naquele imenso estúdio, apenas ele e Aninha. A garota parecia alheia à sua presença, ficando concentrada em um livro que lia enquanto balançava agitada uma das pernas. Ele olhou receoso para as câmeras do circuito interno, e então se deu conta de que o diretor-superintendente já havia saído para almoço em seu possante. Mas o que dizer para se aproximar de Aninha. “O que você está lendo?”, não, estúpido demais, poderia até ouvir em resposta um “não é da sua conta”, embora ele percebesse que grosseria não fazia o feitio da garota.
- Ei, você me ajuda?
Não acreditou novamente, mas era sim ela chamando-o. Por pouco não soltou um “eu?!”, o que seria ridículo, já que estavam apenas os dois no estúdio. Aproximou-se e Aninha lhe esticou o livro que estava lendo, pediu para que o pegasse e tomasse a lição para uma prova de músculos. Estranhou de imediato a matéria, indagando consigo mesmo se deveria haver prova de pele, de ossos, etc. Sabia que Aninha fazia Estética e Cosmética em uma faculdade, e também estranhava a informação, porque até o momento em que foi contratado pela produtora nunca havia ouvido falar de um curso assim. Mas isso era irrelevante naquele momento, tratou de se sentar na poltrona ao lado de Aninha, onde mais tarde estaria alojado o traseiro de um apresentador famoso da televisão.
Olhou a página na qual estava aberto o livro e viu a figura de um corpo humano, só que todo “em carne viva”, como diria sua mãe. Observava seus músculos e várias setas apontando para os nomes de cada parte, todos estranhos: levator scapulae, rotato cuff, gastrocnemius, e outros tão pouco convencionais que passou a achar normais os nomes de seus primos nascidos no interior. Mas ele não sabia como tomar aquela lição, pois seria preciso ver a figura para indagar qual o nome de uma dada região do corpo. Então Aninha teve uma idéia: ele apontaria alguma parte do corpo dela para que então respondesse qual é o respectivo músculo. Ele não soube como dizer não, mas sentia suas pernas se afrouxarem de medo ao ter de apontar aquele corpo que mal tinha a audácia de apreciar, a não ser à distância. Começou pelas partes mais simples, apontou e vieram as respostas: “trapézio... tríceps... bíceps...”. Mas logo ele teria de apontar para regiões mais indiscretas. Apontou para a barriga: “reto abdominis”, ela disse de pronto. Mas como continuar e apontar para o peitoral maior, por exemplo. “Anda, a gente não tem tempo”, pediu Aninha impaciente. O dedo dele então ficou pairando no ar, enquanto seus olhos buscavam na página algo que não fosse indiscreto. Quem sabe ele próprio conseguisse coragem para apontar uma área indiscreta sem parecer indelicado. Ficou hesitando por alguns instantes até que a porta pesada do estúdio foi aberta de súbito. A dupla pulou das poltronas, vendo surgir então as figuras do diretor de cena e da produtora, indagando se o TP estava pronto, ao que ele respondeu afirmativamente com um meneio de cabeça (mentira, mas teve medo de falar a verdade). O casal voltou a desaparecer pela porta, deixando-o novamente a sós com Aninha. Mas agora ela olhava no relógio e se dava conta de ter de voltar ao trabalho, pois começava mais cedo o expediente da tarde para poder se liberar antes no final do dia, por causa da faculdade. Despediu-se e foi caminhando em direção à porta, enquanto ele puxava de dentro de si algo interessante para dizer, mas nada surgia em seus pensamentos enturvados pelo nervosismo. Foi quando lhe saltou um convite para fora da boca, voluntariando-se para lhe tomar a lição no dia seguinte se ela assim o quisesse.
- Amanhã é sábado, bobo.
Aninha riu, e virou-se para voltar a caminhar, deixando-o embaraçado e lamentando não ter ficado de boca fechada. Mas então, ela parou já quando abria a porta, virou-se e voltou a caminhar em sua direção. Ele nada entendeu, e só restou aguardar a aproximação de sua paixão secreta. Aninha então aceitou o convite, dizendo que, se ele quisesse, poderia ir em sua casa no sábado à tarde. Mais uma vez ele concordou com um meneio de cabeça. Aninha então anotou num pedaço de papel que restava sobre o teleprompter o seu endereço, que ficava a apenas duas quadras da produtora, e um mapinha mal traçado. Entregou em suas mãos e arrematou:
- Então, eu te espero amanhã às duas.
Para ele, aquilo não era um pedaço de papel com um endereço anotado. Era um bilhete de loteria premiado.
Enquanto se deslocava no balanço do biarticulado, ele procurava lembrar de coisas que poderia dizer a ela na hora de puxar conversa. Dentro de no máximo quinze minutos desceria no ponto do Parolin e caminharia até a casa de Aninha, não lhe restava muito tempo para arquitetar seus planos de ser simpático e impressionar. Sabia pouca coisa dela, quase todas as informações vinham por terceiros ou nas caronas de conversas que pegava da garota com os outros integrantes da equipe de produção. Estava temeroso de ter entendido algo errado e soar indelicado. Sabia, por exemplo, que o pai dela tocava acordeon. Mas e se ele não fosse mais vivo? Mexer no assunto poderia ser altamente deselegante. Ele já havia visto algo similar acontecer quando um eletricista da produtora perguntou de um cãozinho que Aninha havia ganho: “ele morreu”, disse ela com olhos marejados, fazendo o rapaz desejar que o teto do estúdio caísse em sua cabeça. Não, ele não iria passar pelo mesmo risco. Preferia ficar calado. Bem mais seguro.
Agora, conferindo no mapa se estava caminhando na direção certa, ele passava a ser acometido por um nervosismo que só crescia a cada novo passo que dava. Constatava que o pouco que conhecia de Aninha não renderia mais que quinze minutos de conversa: sabia que a avó dela morava em Piraquara, que detestava futebol, álcool e cigarro, e que era péssima de cozinha mas adorava carne, visto o número de repetições de picanha na festa de final de ano na produtora. Mas que tipo de conversa esses dados poderiam render: um “que legal, sua vó mora em Piraquara e a minha em Quatro Barras” não faria o menor sentido; tampouco um “eu adoro maminha”, poderia até soar como duplo sentido. Pior: ele gostava de uma cervejinha e só dispensava o futebol na TV sábado à tarde por motivos de força maior. Como aquela força magnética que agora o atraía para um bairro tão distante do seu.
Parou na frente da casa de Aninha e tocou a campainha, tentando avistar alguma movimentação por entre a grade instalada acima do muro. Uma cadela cocker beje correu até o portão fazendo alvoroço. Depois se uniu a ela uma vira-lata, que passou a latir insistente, sendo no ato recriminada por sua dona.
- Pe, quieta!
Aninha veio recebê-lo de pijama, correndo de braços cruzados sobre o peito e olhando para os lados para não ser flagrada naqueles trajes pelos vizinhos. Abriu o portão e deu-lhe um beijo rápido na face. Ele a seguiu até o interior da residência, que parecia estar vazia.
- Me espera aqui.
Ficou na sala enquanto Aninha se trocava no quarto. Foi então que percebeu haver na casa uma outra cachorra, que sem demora veio lhe fazer festinha, saltando pelas pernas. Ele não lhe deu muita atenção, pois preferiu permanecer em pé enquanto ouvia o roçar das roupas despindo e vestindo o corpo de Aninha. Um zíper sobe e logo ela surge pela porta do quarto, abrindo um sorriso e ainda arrumando os cabelos de quem recém-acordou.
- Teve festa ontem.
Ele apenas franziu o cenho em sinal de “ah, entendi”. Ela estava vestida com uma jardineira jeans que de pronto chamou sua atenção, por ser uma peça ao mesmo tempo tão comportada e tão insinuante, já que era em modelo mini-saia.
Aninha então caminhou de novo para fora da casa pedindo que a seguisse. Foram até o quintal, passando pelos varais onde estavam pendurados lençóis e roupas íntimas. Procurou desviar o olhar para não parecer indiscreto, mas estava curioso e desejoso de ver uma peça que pudesse deduzir como sendo de Aninha. Naquele espaço nos fundos da casa havia diversas árvores frutíferas oferecendo vistosas jabuticabas, laranjas, limões e pitangas.
- Gosta de mimosa?
Aninha perguntou sem esperar resposta, já se esticando para colher uma tangerina que de tão alaranjada parecia poder ser vista no escuro. Ele começou a ajudá-la na tarefa. Observava suas unhas pintadas de esmalte escuro cravando na casca frágil da tangerina, soltando um spray de aroma forte e ácido. Estanhava o fato de Aninha ser tão menina, mas de deixá-lo tão nervoso ao ponto de ele acabar se sentindo o moleque da história. Aquela experiência bucólica de colher frutas parecia, para ele, coisa de duas crianças, mas não se importou com a tarefa. Principalmente porque, ao se esticar para pegar os frutos, Aninha deixava aparecer mais de suas pernas lisas e de uma morenice Pocahontas. Só lamentou que a jardineira não permitia a ele avistar o piercing no umbigo (informação ouvida em conversa na recepção da produtora e que só agora ele recordava). Voltaram para dentro da casa carregados de frutos. Na verdade, ele estava carregado de frutos, pois Aninha apenas descascava e chupava os gomos de um belo exemplar, cuspindo sementes no chão, instantaneamente cheiradas pelas cadelas que os acompanhavam no breve passeio.
Na cozinha, despejaram os frutos pela mesa, mas nem chegaram a prová-los. Aninha deixou sobre a pia metade da mimosa, lavou suas mãos com detergente e o chamou para seu quarto. Ele ficou mais nervoso, pois havia imaginado que a lição seria tomada na sala. Entraram no quarto e Aninha foi até seus livros procurar o que tinha as páginas com esquemas ilustrativos de músculos. Enquanto isso, ele, ainda em pé, apreciava a decoração. Na cama de casal havia um urso grande e um cão beje, com o pescoço adornado por um cachecol cor-de-rosa. Um sonoleve pink, com ilustrações florais, ainda restava desarrumado sobre o leito. À frente da cama, um computador ligado em tela com MSN aberto e um sinal de alguém querendo papo. Ao lado da cama, uma cômoda na qual se via o burro Bisonho, da turma do ursinho Pooh, olhando-o com certa apatia. No mais, um guarda-roupa, uma TV e uma penteadeira com espelho. Mas o que mais lhe chamou a atenção foram as fotos: ao lado da TV avistou um porta-retrato onde se podia ver os cachorros de Aninha, mas não era isso que o incomodou, e sim um painel com várias imagens colado na parede, certamente exibindo familiares, amigas e um rapaz abraçado a Aninha que deduziu ser seu namorado. Detestou descobrir aquela informação justo naquele momento, e não sabia o que fazer com ela. Agora era tarde. Aninha enfim achou seu livro, sentou-se como uma indiazinha sobre a cama e pediu para que ele também se acomodasse. Ficou então sentado próximo a ela, na beirada do leito, em posição muito favorável para observar a calcinha de sua amada. Ela era tão moleca que ele tinha a impressão que, se espiasse, veria uma estampa sorridente do Mickey. Mas não teve coragem, ficou com medo de ser flagrado bisbilhotando sua intimidade. Pensou em esperar mais um pouco por um momento de distração de Aninha, embora ela estivesse já bastante entretida com seu livro. Perdeu a chance, Aninha acabou se levantando.
- Pera aí.
E como poderia ser diferente? Claro que esperaria, embora não soubesse o que. Passou a folhear o atlas do corpo humano de Aninha, enquanto observava o silêncio do lugar: só havia o som dos passarinhos e mais nada. Chegava a lembrar suas idas ao interior para visitar os tios e avós.
Aninha voltou ao quarto com uma travessa de bolo de cenoura coberto de chocolate em uma das mãos e uma garrafa de Fanta na outra, tendo sobre o gargalo dois copos com a boca para baixo, que tilintavam no toque dos vidros. Serviu-se de refrigerante e encheu outro copo para ele, aproveitando em seguida para fazer cortes de ponta-a-ponta no bolo, quadriculando-o todo para facilitar a divisão de fatias.
- Ih, faltou guardanapo.
Aninha improvisou com folhas usadas de papel sulfite, fazendo as vezes de aparato para as migalhas. Ficaram ali sentados e comendo, com Aninha recuperando o livro para chegar na página desejada, acomodando-o sobre o colo e virando as folhas com o dedo mínimo, já que uma mão estava ocupada com o bolo e a outra com o refrigerante.
Ele apenas a observava sem saber o que dizer. Atrapalhado com a situação, deixou um pedaço do bolo cair dentro do copo de Fanta, com o chocolate amarronzando a bebida.
- Bobo.
Disse Aninha rindo. Ele já havia percebido que “bobo” era a ofensa mais comum dela. “Tongo” e "chato" também eram de praxe. Só a ouviu uma vez dizer “vai à merda” a um colega de produtora, e isso em tom de brincadeira. Apenas a si mesma reservava o palavreado mais chulo: “sou uma cuzona”, ela disse certa vez para a recepcionista ao assumir ter medo de escuro.
Enquanto comentava da festa do dia anterior e colocava seus óculos de 3,25 graus de miopia, Aninha foi até o computador e acionou o media player para ouvirem alguma música baixinho. A primeira a puxar do set list foi “Garganta” da Ana Carolina. A estrofe de abertura chamou a atenção dele pela familiaridade da letra:
Minha garganta estranha
Quando não te vejo
Me vem um desejo
Doido de gritar
Ele se indagava se iriam conseguir estudar com bolo, Fanta e música, mas na verdade suas intenções lá não se resumiam a fazê-la tirar uma boa nota (embora, claro, torcesse por seu desempenho). Aninha percebeu sua curiosidade por um equipamento que estava no chão.
- É um CDJ.
Explicou então que o namorado era DJ, tocava música eletrônica na night e, mais tarde, viria buscar o equipamento. Ele nunca entendeu o que fazia um DJ e desdenhava a função, afinal também sabia apertar botões e ligar um aparelho de som. Seus olhos não paravam de transitar pelo ambiente em busca de informações para puxar conversa. Avistou um chapéu cor-de-rosa, mas o que poderia comentar ou perguntar sobre ele? Então percebeu sobre o balcão da TV um catálogo de lingeries, e Aninha aproveitou a deixa para dar vazão a seus dotes de vendedora.
- Minha mãe vende calcinhas, quer?
Soltou uma risada e depois remendou a brincadeira, dizendo que talvez ele pudesse querer comprar para sua namorada. Semi-constrangido, ele assumiu não ter namorada. Aninha levantou-se e pegou o catálogo, mostrando alguns modelos e apontando os que apreciava: os que ela própria definia como “mais menininha”. De súbito, ela fechou o catálogo.
- Agora é hora de estudar.
Sentou-se mais uma vez na posição de índia sobre a cama, atormentando o olhar e a resistência de seu interlocutor. Ele tomou o livro em suas mãos e indagou se continuariam a lição como no dia anterior. Ela respondeu que sim. Mas foi aí que ele não conseguiu resistir e lançou um olhar entre as pernas de Aninha para ver se sua calcinha estava no catálogo. Mal deu tempo de ver que era branca, quando a garota fechou as pernas e o deixou roxo de constrangimento.
- Não olhe!
Embaraçado, não sabia o que fazer, para onde se virar ou o que dizer. Aninha ficou de joelhos sobre a cama e prosseguiu:
- Detesto meus pés!
Aliviado, constatou que Aninha havia pensando que seu olhar se dirigia a outra parte de seu corpo que não aquela que o arrebatava de tanta culpa e volúpia. Ela ainda continuou a bronca, explicando que odeia não só o seu pé, mas qualquer pé de qualquer ser humano. Ele não entendeu, mas não quis indagar os motivos, sua curiosidade se limitava a querer saber de coisas que ela gostasse, porque talvez pudesse surpreendê-la com um presente. Quem sabe um perfume, como o que avistou em sua pentiadeira, cujo frasco ostentava o número 212 (nunca havia ouvido falar).
Começaram então a lição de verdade. Apontou para a testa de Aninha, que respondeu “frontal facial”, depois para baixo de suas costelas e ouviu a assertiva “oblíquo externo”, em seguida para o ombro e ela hesitou, mas logo concluiu num sobressalto: “deitóide!”. “Deltóide”, ele corrigiu. “Isso”, ela confirmou. Só que mais uma vez ele se pegava na situação embaraçosa de ter de prosseguir e indagar sobre músculos mais íntimos. Diante da demora da próxima pergunta, Aninha se esticou toda com uma idéia de última hora.
- Já sei!
Levantou-se e pegou algumas canetas hidrocor próximas ao micro, rabiscando na palma da mão para ver se conseguiam imprimir suas cores sobre a pele. Escolheu um pincel atômico vermelho. Voltou para a cama e aproximou-se, deixando-o agora mais nervoso do que nunca, estando os dois a poucos centímetros de distância um do outro. Ela então propôs que começasse a escrever no corpo dele os nomes dos músculos, assim ficaria mais fácil de memorizar. Ele não entendeu muito bem como isso poderia ajudar, mas, como estava disposto a tudo por ela, aceitou de pronto. Aninha então começou escrevendo ao lado de sua testa, e falando alto ao mesmo tempo, “temporal”. Sobre as pálpebras rabiscou “orbicular de olho”. Na bochecha foi a vez da palavra “zigomático”. Prosseguiu com o “orbicular de boca” e o “bucinador”, chegando ao “depressor do lábio inferior” e depois ao “risório”.
- Esse é fácil porque o nome lembra riso.
Aninha falava sem interromper sua tarefa. Ele sentia cócegas mas ficava absolutamente imóvel para não atrapalhar o trabalho. Enquanto o pintava, comentava coisas variadas: que mais à noite iria a uma rave em Campo Largo, de como foi o show do Skank no Lupa Luna, o quanto ama sua mãe e até de seu sonho de ter gêmeos. "Teremos", pensava ele esperançoso. Quando sua face já estava quase toda tomada de marcações, Aninha ordenou:
- Agora deita no chão.
Novamente estranhando, mas sem hesitar (tão obediente quanto a matilha de Aninha), saiu da cama e prostrou-se sobre um tapete, com o corpo todo reto como um cadáver.
- Relaxe.
Aninha riu da situação e ajoelhou-se a seu lado. A essas alturas, Malu Magalhães soltava seu descontraído “Tchubaruba” no media player. Fechou os olhos para tentar ficar menos tenso com a presença de Aninha. Sentiu então um língua a lhe lamber a face. Assustou-se pela asperesa, e então percebeu que uma das cadelas entrou no quarto para importuná-lo. Aninha caiu em nova risada e espantou o bicho com uma chinelada indolor. Ela então voltou-se mais uma vez às suas funções estudantis.
Para surpresa dele, Aninha puxou a barra de sua calça para escreve o músculo da canela: a tal da “tibia” que ele vez ou outra ouvia falar quando acontecia falta grave nos jogos do Atlético. Mas ela desistiu da tarefa por perceber ser muito difícil de escrever em meio aos pêlos da perna. Chegou a fazê-lo se sentir culpado, imaginando que, se soubesse o que se passaria naquela tarde, teria ele próprio se depilado com Gilette.
- Mas também, músculo da canela, isso é que nunca vai cair na prova.
Aninha se conformou com o fato de haver músculos muito mais importantes para estudar. Então, talvez por efeito da Fanta ou por rescaldo dos excessos da noite anterior, começou a soluçar.
- Opa, jojoca.
Não sabendo o que fazer para ajudá-la, ele apenas recomendou que Aninha segurasse a respiração. Ela o fez, mas não conseguiu resistir por muito tempo, caindo na risada. Ele a acompanhou no riso, embora sem saber direito qual o motivo da graça. Coisa de moleca, pensou. Aninha atribuiu o soluço ao vento tomado no peito quando estavam no quintal. Ele nunca imaginou que pudesse haver relação entre uma coisa e outra. Mas mulheres são melhores em assuntos de saúde, portanto resolveu acatar. Ela não queria parar sua tarefa acadêmica, mas então fez a ele um pedido que o surpreendeu: que tirasse a camisa. Aninha tentou explicar, mas deu outro soluço e voltou a cair na risada. Ele novamente acatou sem pestanejar ou esperar justificativas. Desabotoou e colocou a camisa sobre a cama, voltando a se deitar e imaginando como este estudo de anatomia iria prosseguir.
Aninha então anotou a localização do “peitoral maior”, do “bíceps braquial” e de outros músculos que agora não só recebiam estímulos de cócegas mas também excitavam seu modelo vivo. Novamente, Aninha riscava e rabiscava como criança, seguindo as indicações do livro e comentando trivialidades: que chegou a fazerr 50 trancinhas em seu cabelo, que se sentia solitária pelas amigas que aos poucos iam se casando e até que sonhava em um dia fazer um cruzeiro marítimo.
- Quem sabe de lua de mel, né?
Ele ficou se imaginando ao lado de Aninha em um colossal transatlântico, banhando-se de sol à beira da piscina ou parodiando a famosa cena de Titanic. Mas então deu-se conta de a garota já ter namorado. A lua de mel passava a ser ambientada por música eletrônica. E ele voltava ao ponto de onde partira: deitado, pintado e lambido.
- Espera.
Aninha se levantou, deixando-o pensativo a olhar para o teto e se perguntando o que viria a seguir. Ela voltou com um tubinho de gloss, passando a lustrosa maquiagem sobre seus lábios rosados.
- Tô com a boca partida.
Ele acreditou que aquele era um puro álibi para ficar ainda mais sedutora, começava a desconfiar das intenções de Aninha. E a adorar esta desconfiança. Ela voltou a desenhar mais um pouco de sua lição de casa e a fazer um novo pedido.
- Agora vira.
Prontamente, ele se colocou de bruços, já agradecendo a mudança, pois o tapete começava a pinicar suas costas. Sentiu então a ponta porosa do pincel a passear por seu dorso nu. Aninha novamente pediu um tempo, fazendo-o quase se irritar com tanta movimentação. Quase, porque ele seria capaz de deixá-la sapatear nas suas costas se assim quisesse. Ela levantou-se, pegou um maço de fotos na mesa do PC e colocou-o à frente de seu homem-prancheta.
- Pra você não morrer de tédio enquanto eu escrevo.
Ele então viu a vida de Aninha passar diante de seus olhos. A criança que mais parecia uma indiazinha. A vencedora de um concurso de sinhazinhas. A cover de Mel C das Spice Girls fazendo coreografia. E, lamúria das lamúrias, a namorada de um DJ que ele, sem conhecer, já considerava metido a besta. Enquanto apreciava as fotos, ela continuou a contar curiosidades pessoais ao som de Astrix no media player. Quando ele passou pelos registros dos cachorros, Aninha contou que costuma dormir com a cadela Nina, e que ela acabou aplacando um pouco de seu já confessado medo de escuro, o qual chegava a fazê-la passar frio à noite, já que evitava de levantar para pegar cobertas. Aliás, confessou dormir de TV ligada, que o pai apagava quando vinha ao seu quarto de madrugada.
- Minhas pernas andam sozinhas no escuro.
Andassem para a minha casa, pensou ele. Agora já podia elaborar um plano: se ficasse na casa dela até a noite, quem sabe a garota lhe pedisse companhia por medo de ficar sozinha no breu do Parolin. Foi então que, entre um nome de músculo e outro, Aninha soltou outra informação valiosa e insinuante:
- Adoro costas.
Ele já não sabia se continuava naquela brincadeira de lousa humana ou se tomava uma atitude. Aninha prosseguiu, explicando que foram justamente suas próprias costas a parte do corpo que escolheu para tatuar uma fada. Como nunca a havia visto, ele imaginou uma fada cor-de-rosa, de asinhas e maiô. Quase a Sininho do Peter Pan, só que não verdinha. Nesse momento, começou a tocar uma insinuante canção de Britney Spears no PC.
- Vira de novo, esqueci de uma coisa.
Quase tremendo, não sabendo se de frio por estar sem camisa ou de nervosismo por estar tão perto de Aninha, ele voltou a ficar deitado de frente para ela, que passou então a desenhar algo no meio do seu peito com a caneta vermelha. É o momento, pensa ele. Está sem camisa, deitado, no quarto dela, que se prostra sobre seu corpo desenhando e falando coisas insinuantes. Que outro sinal ele precisava? Era o momento certo!
De súbito, Aninha deu um sobressalto e curou seu soluço ao ouvir o portão da casa sendo aberto.
- O David!
Só havia uma dedução: David era o nome do namorado de Aninha. E só havia uma coisa a fazer: correr em disparada para o quintal. E é o que ele fez, só tendo tempo de pegar sua camisa e nem podendo se despedir. Avançou no meio dos varais, por entre lençóis e calcinhas, chegando até as árvores frutíferas. Pulou pelo muro, caindo na casa que fazia fundos para a de Aninha. Sob gritos de uma senhora que lavava roupas e os olhares assustados de seus filhos pequenos, prosseguiu na fuga rumo ao portão da casa, passando por ele e correndo pela rua, sendo observado com assombro por um grupo de garotos que empinavam pipa. Só então se deu conta, ainda sem parar de correr, que estava com o rosto e tronco pintados com palavras estranhas. Ao dobrar uma esquina, e já aliviado pela distância da casa de Aninha, tirou a tinta do rosto esfregando a camisa sobre a pele, vestindo-a em seguida.
Mais tarde, ao chegar em casa, mal cumprimentou os pais na sala e foi direto para o banheiro. Entrou no box e abriu a torneira do chuveiro. Tirou o resto de tinta do rosto e esfregou a esponja com força em seus ombros e pescoço. Ao olhar para baixo, constatou qual era o último item que estava sendo escrito por Aninha: na verdade, ela fez um desenho e não uma palavra. Observou então o vermelho de seu músculo cardíaco descendo pelo ralo.


Mario Lopes inspirado em personagem real, que tirou 9,5 na prova, só errando um músculo: o da canela.

sábado, 20 de setembro de 2008

Ela, sempre ela...




Passa o tempo, mudam os valores, as atrações, as fantasias, mas a calcinha permanece sendo o fetiche utilitário mais apreciado pelo bicho homem. De nada adianta aquela fantasia desaforada de enfermeira cheia de saúde pra dar se por baixo do traje houver um modelito carente de UTI. E, quase sempre, ela se basta: a calcinha certa e nada mais. O fetiche essencial. A síntese, o obscuro objeto do desejo. A cobertura mínima. O véu que cobre (e desvenda) o epicentro de toda a atração e loucura de um homem. E o universo fashion neste campo íntimo é imensamente variado, vai desde os audaciosos aos comportados, como o estilo menininha (calcinha com bolinhas) da pin up acima. Mas há modelo eróticos e exóticos que para muitos são variantes que alimentam a imaginação, e para outros são brincadeiras que estimulam mais o riso do que o gozo. Tire as suas próprias conclusões vendo estes cinco modelos curiosos.

Cinto de castidade

Surgido no século XV, assegurava aos guerreiros em batalha a preservação da fidelidade de suas amadas a ferro e cadeado. Mas, como dizem que a “moda” é cíclica, o artefato agora está voltando com tudo: o estilista Lucio Valentini tem feito sucesso produzindo modelitos preserva-xeca na cidade de Gubbio, região central da Itália. Prepare-se, você ainda terá um, só não esqueça de fazer uma cópia da chave para não passar aperto ao perder a sua depois de sair daquela pizzaria rodízio.



Calcinha com vibrador

Pare de sentar no seu celular com vibra-call. Esse tipo de calcinha tem um dispositivo vibratório na altura do clitóris que você pode usar sem que ninguém perceba. Já pensou? Ir naquela tia tagarela, presenciar aquela cerimônia de casamento interminável, assistir aquela aula chata e participar dos programas mais tediosos na maior alegria, com um sorriso escancarado no rosto que nem mancha de vinho no seu vestido favorito estraga?! Está aí um aparelho eletrônico onde quem vasa não é a pilha, é você. A foto abaixo se refere a um modelo econômico: vem com um porta-celular (na frente e atrás), para você posicionar no vibracall e deixar que aquele seu ex insistente ligue o tempo todo (de repente, pelo menos assim ele te leva ao orgasmo).


Calcinha com zíper frontal

Essa é para aqueles momentos de emergência. Banheiro de boate, escurinho do cinema, carro no acostamento da rodovia, etc. Só cuidado para não levantar o zíper na hora errada. Quem assistiu “Quem Vai Ficar Com Mary” sabe do que estamos falando.



Calcinha com mensagem

Tem de tudo, desde “me morde” até campanhas de temática social. A mais recente foi lançada no Rio de Janeiro com forte tônica anti-pirataria. Acredita-se que o engajamento só não foi maior devido ao preço abusivo das peças. Mas não dá nada, já é possível adquirir similares por cifras mínimas no Paraguai.


Tapa-sexo

Até Ney Matogrosso usou (só não se sabe se na frente ou atrás). Resume-se a um pequeno pedaço de tecido, metal ou outro material com área no tamanho estritamente suficiente para cobrir a genitália. O mais famoso foi o da modelo Viviane Castro, que desfilou pela São Clemente no Carnaval com um minúsculo tapa-sexo de 4 cm, tão pequeno ao ponto de a escola perder pontos, porque o júri achou que ela estava totalmente nua. Como o impasse permanece e muita gente continua procurando o tal tapa-sexo, alguns carnavalescos supõe que a destaque estava utilizando um modelo interno...






Mario Lopes, com colaboração de Mônica Wojciechowski, em trecho não publicado de uma esclarecedora matéria sobre calcinhas escrita recentemente

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

9 Fetiches de uma “mulherzinha” moderna...




1. Ele não deixar toalha molhada em cima da cama, nem coisas espalhadas pela casa.
2. Ele puxar a descarga e baixar a tampa do vaso quando sair do banheiro.
3. Ele cozinhar algo light e saboroso para o jantar, e me (te) esperar com cheiro de manjericão, toda a noite...
4. Ele me (te) esperar em casa com o som ligado tocando Coldplay (ou Norah Jones) e com velas cheirosas espalhadas pela sala ao invés da TV ligada e sintonizada na final da Copa América e a garrafa de cerveja gelada na mão.
5. Ele lavar e enxugar a louça para o resto das nossas (tuas) vidas juntos.
6. Ele me (te) achar a única mulher do mundo.
7. Ele fazer surpresas lindas em todo aniversário de namoro.
8. Ele me (te) escrever músicas ou poesias ou cartas ou um eu te amo (bem grande pra todo mundo ver) na areia da praia.
9. Ele não deixar você fazer nenhum esforço, nem levantar da cama pra pegar água, nem carregar sacolas, nem abrir portas (nem a da geladeira), nem tirar coisas do porta-malas e nem... E nem... E muito menos...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A Bola da vez




No mundo moderno as mulheres ganharam espaço. Podemos fumar na rua, trabalhar fora, temos direitos e deveres na sociedade em que vivemos, fruto de anos de conquistas do chamado “sexo frágil”. Ainda acho cedo para avaliarmos se, com isso, perdemos ou ganhamos, o que também é um tanto relativo dependendo do referencial. Existem muitas variáveis em jogo para esta análise. Posso apenas considerar por mim. Nascida no final da década de 70 era criança na ditadura militar, portanto não me recordo da opressão política, que dirá entre os sexos. A vida vem nos mostrando que tive uma educação que posso considerar cordata, já que tanto eu, como meus irmãos, temos estudo superior e especialização, trabalhamos em nossas próprias empresas e nos sustentamos não nos envolvemos com drogas e nem com gravidez adolescente. Sempre fui uma mulher batalhadora e com isso independente. Acredito não ter tido uma educação machista. Portanto, não conheço o outro lado desta moeda.
Sou a Desaforada de quinta-feira. Amo tudo neste blog. Uma diversão intelectual que indico para todos. Passar a semana inteira pensando sobre o próximo tema, mudar muitas vezes o teor do post é uma diversão pessoal, comigo mesma. Volta e meia eu me vejo sentada digerindo o tema.
No assunto desta semana, por exemplo, pensei em escrever sobre mãos e pés. Partes do nosso corpo que geralmente, ou são amadas, ou odiadas. Tenho uma amiga que tem ojeriza a pés. Verdadeiro horror a. Ou seja, de fetiche passou a ser uma repulsa. Encoste seu pé nela e ela pula um metro contra. Contrabalançando minha tara por mãos, que já relatei algumas vezes por aqui. (...) Por outro lado, pensei em continuar minha linha de pensamento romântico e escrever sobre qual deve ser a fantasia de uma prostituta. Para estas mulheres, que já viram de tudo na vida, acredito que o maior fetiche é andar de mãos dadas no parque com seu amado. Sua fantasia mais íntima possivelmente deve ser, ser esposa e mãe. Ter uma família completa, com marido, filhos, cachorro e tudo mais. (...)
Contudo, mais uma vez, diante do rumo dos acontecimentos do dia-a-dia, resolvi mudar da água para o vinho o teor deste post. A fantasia mais excitante que estou vivendo no momento é a possibilidade de administrar homens, no blog d’Os Desaforados, que estamos montando, correlato a este. A versão masculina dos temas aqui propostos. Ontem, foi nossa primeira reunião. Com mais de 50% de quorum, viajamos muito longe, sem sair do bufê de sopas. A diversidade de opinião, a vasta erudição mesclada como uma deliciosa e saudável salada de frutas será a versão masculina dos comentários femininos aqui expostos. Tudo foi instigante.
Para esta mulher que vos fala, administrar homens será o fetiche da bola oito. De Verônica passo a ser Bela. De Bela, na mesma noite, entre viagens e negócios, sou promovida a presidenta. Delicioso isso!! Para uma garota lidar com homens vai ser excitante, pois, além de gentis e cavalheiros, percebo nitidamente que a ótica é outra. Lazer, divertimento são sempre bem-vindos, mas, aliados ao deboche, à política, à responsabilidade social e, claro, aos negócios, ganham uma roupagem diferente. Muitas frentes foram abertas e, certamente, além de boas risadas, teremos boas sacadas intelectuais com Os Desaforados.

Verônica Pacheco

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Em uma galáxia muito, muito distante...



Provavelmente, você já ouviu falar que os sabres de luz de Star Wars são símbolos fálicos. Mas também, não é pra menos. Quando a Princesa Léia incorporou uma presa acorrentada por Djaba em O Retorno De Jedi, foi inaugurada a era do fetiche estelar. Confira agora um pouco da coqueluche de fantasias gerada mundialmente pelo maior épico sci-fi de todos os tempos. Ela está aqui em sete momentos: Princesa Léia, cosplay, o lado negro da força, mídia, brinquedinhos, pin ups e wall papers. E que a força esteja com você.
















































































































Mario Lopes