Doce De Menina
Silvinha era uma moça muito bonitinha, a começar pelo apelido que lhe deram e ficou desde a época do ginásio. Essa época, então, foi o marco para Silvinha. Desde lá, já era aquela menina graciosa e inteligente, que chamava a atenção entre os colegas, meninos e meninas. Era ela quem sempre apagava o quadro, que respondia as perguntas que ninguém sabia, que corrigia a lição dos colegas quando a professora se ausentava. Silvinha, além de muito inteligente e prestativa, era sempre engajada com os eventos escolares. As meninas sempre sentiam uma inveja branca ou mais negra por Silvinha. Os meninos, a admiravam, não só pela comunicatividade da moça mas por sua pele límpida, olhos mel, cabelos sempre penteados e perfeitamente alinhados e sorriso grande e arrematador. Era a mocinha dos sonhos, a garota propaganda. Para eles, a “garota ideal”. Mas Silvinha não namorava nenhum, afinal, sua maturidade estava muito avançada para meninos de colégio. Além do mais, eles cheiram a salgadinho e a ambiente escolar, dizia Silvinha quando lhe indagavam. E assim cresceu, bela e graciosa. Entrou na faculdade, com certeza, aonde começou a cursar Veterinária, afinal, além de tudo, ela também amava os animais. E lá foi a mesma coisa: participava das festas, dos eventos, das palestras, reuniões e comissão de formatura, além de abaixo assinados e campanhas em pró dos animais. Era reconhecida em toda a faculdade e nos estágios que fazia. Futuro promissor com certeza quando saísse dali. Os seus colegas machos pareciam cães babando quando ela chegava e por onde passava. Mas Silvinha não queria ficar ou namorar com ninguém, afinal, os caras da faculdade são todos bobões e chatos, além do mais, não queria ver a cara de um possível namorado todo o dia, dizia quando lhe perguntavam. Silvinha conquistou sua profissão e conseguiu um trabalho aonde era bem requisitada e conceituada. Os homens do trabalho caiam em cima, afinal, linda e com o mesmo imutável sorriso arrematador, olhos mel, inteligente e ainda por cima reconhecida profissionalmente, era o sonho de consumo de qualquer cara que sabe o que querer de uma mulher. Alguns chegaram guardar sentimentos pela bonitinha, mas ela não estava nem aí. Trabalho é trabalho e amor é lá fora, afinal, os homens do trabalho são tudo uns safados que ficam olhando para as meninas mais novas enquanto sua mulheres estão em casa. Não valem o prato que comem, dizia Silvinha quando lhe cutucavam, sobre os homens que ela convivia. E assim, Silvinha passou adolescência e a juventude, sempre lindinha, engraçadinha e graciosinha, mas sozinha. O problema de Silvinha não era ser muito doce. O problema é que o cú dela era também.
Bianca Nascimento
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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3 comentários:
HUAHUAHAUHAHUAHUa...muito 10 essa...não contava com esse final...
mas realmente existem muitas pessoas assim e deixam de viver, de curtir os momentos e depois que estão isoladas em uma cama "curtindo sua velhisse" , ficam reclamando...pq não aproveitou as oportunidades.
Aloha
Muito bom mesmo! São tantos desses exemplares por ai hahahah
beijos
Nossa, Bia... milhões de Silvinha espalhadas por aí! Será que é uma invasão ?
Beijos guriaaaaaaaaa
PS: a Angel chega dia 11 e vamos fazer um festão por aqui. Móórrrre de inveja! hahahahaha
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