É da língua que eu sinto falta
Do rosto,
do toque,
do resto,
da pele
Que não repele gostar do gosto do gozo
Sinto falta do cadeado que o corpo simula
Durante o abraço encadeado
Que agora, como lembrança...
Retorna,
Quando pico-me as dores
Metamorfoseado em veneno guardado
A recordação dessa tal prisão braçal.
Em tons fugindo das cores
Tento compreender minha aquarela
Que finge amores
Fez-me infringir minhas próprias leis
E romper com os meus valores
Derreto-me a memória dos sorrisos
Tão tricolores
Mas que sendo seus,
Nunca terminam indolores.
Jéssica Ferreira
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