quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Quando meu sangue latino fica quente






Quando meu sangue latino fica quente...

É melhor meu inimigo sair da frente!

Pois rodo a minha saia estilo bata de cola...

E toco, rapidamente, minhas castanholas!



Viro a cigana Carmem com seu punhal...

Feito do luar mais puro e natural!

Quando meu sangue latino fica quente...

Meu espírito fica bastante diferente!



Sapateio tocando a brava melodia...

Do solado no chão com harmonia!

Bato palmas fortes e brilhantes...

E delas saem estrelas cintilantes!



Se for para escandalizar e dançar,

Que seja em ritmo latino...

De um bolero a luz do luar,

Falando das travessuras do destino!



Sua batata está assando...

E ela é batata-salsa...

Num ritmo que está mudando...

E que nunca será valsa!



Sempre danço um trágico e tango,

Quando alguém toca meus lábios de morango!

Minha vida é uma rumba cubana...

No meu destino louco de cigana!



Quando meu sangue latino fica quente...

Solto um gemido escandaloso e fremente...



Então coloco uma rosa grande e carmim...

No meu cabelo longo e escuro...

Dançando na noite sem fim...

Para espantar o inimigo obscuro.




Luciana do Rocio Mallon

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