Quando meu sangue latino fica quente
Quando meu sangue latino fica quente...
É melhor meu inimigo sair da frente!
Pois rodo a minha saia estilo bata de cola...
E toco, rapidamente, minhas castanholas!
Viro a cigana Carmem com seu punhal...
Feito do luar mais puro e natural!
Quando meu sangue latino fica quente...
Meu espírito fica bastante diferente!
Sapateio tocando a brava melodia...
Do solado no chão com harmonia!
Bato palmas fortes e brilhantes...
E delas saem estrelas cintilantes!
Se for para escandalizar e dançar,
Que seja em ritmo latino...
De um bolero a luz do luar,
Falando das travessuras do destino!
Sua batata está assando...
E ela é batata-salsa...
Num ritmo que está mudando...
E que nunca será valsa!
Sempre danço um trágico e tango,
Quando alguém toca meus lábios de morango!
Minha vida é uma rumba cubana...
No meu destino louco de cigana!
Quando meu sangue latino fica quente...
Solto um gemido escandaloso e fremente...
Então coloco uma rosa grande e carmim...
No meu cabelo longo e escuro...
Dançando na noite sem fim...
Para espantar o inimigo obscuro.
Luciana do Rocio Mallon
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
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