Se o BBB fosse lá em casa, EU PEGAVA O ALEMÃO.
Hehe, brincadeirinha, não vou escrever só isso, não se preocupem.
Hehe, brincadeirinha, não vou escrever só isso, não se preocupem.
Se fosse possível escrever à George Orwell, eu diria:
Curitiba, 24 de abril de 2008.
Querido George Orwell,
Sou sua admiradora. Tive o privilégio de, já no início da minha graduação, ler seu livro 1984. Aprendi muito com a obra, apesar de, em muitos momentos, me sentir levando socos no estômago. Pesadinha, hein, George. Ler antes de dormir não tinha como. Hoje, vivo no início do novo século e posso dizer que, na cultura e na tecnologia, muita coisa mudou dentro do que você previu, mas de um jeito diferente. Participo de um “folhetim online”, ou seja, uma manifestação literária por um canal chamado Internet, que liga pessoas do mundo todo. O tema desta semana é sobre um programa de TV que leva o nome de um de seus personagens, O Grande Irmão. Perdoe-me o anacronismo, mas gostaria muito de poder, nesta carta, mostrar um empreendimento que existe nos dias atuais com uma idéia similar à sua, de pessoas vigiadas tal qual acontecia com O Grande Irmão.
Na década de 40, você genialmente contou a história de uma sociedade do futuro, na qual as pessoas não teriam privacidade em virtude de um sistema de vigilância que as controlava 24 horas por dia. Há pouco, no início dos anos 90, uma empresa holandesa chamada Endemol tirou da sua obra o nome para um programa de TV que virou franquia em muitos países.
Ao contrário do seu livro, este é um programa muito criticado pelos intelectuais da atualidade. Sobre a discussão do efeito cultural do Big Brother, não acho apropriadas as críticas que invalidam o programa enquanto forma de entretenimento. Claro que não é nada fantástico ou inteligente, mas há quem goste e se divirta em invadir a privacidade alheia. Ou até por que não dizer o gosto pela intriga, pela torcida organizada deste ou daquele personagem. Sei lá, isso também não importa, mas temos que admitir que o Big Brother Brasil tem tanta finalidade cultural quanto uma novela, ou seja, nenhuma! A propósito, novela é outro folhetim moderno que vem da TV para preencher o tempo das pessoas, e que você talvez ouvisse nas rádios, só que com o nome de soup opera.
E se o povo estivesse assim tão preocupado com a cultura, não teríamos os índices astronômicos de audiência que as novelas têm. Aqui cabe um parêntese: é a mesma história dos reclamões de plantão que dizem que os jornais só publicam violência e desgraças. Ora, é o que parece que todos querem ler. O ovo nasceu antes da galinha ou a galinha antes do ovo? Ai que bagunça. Vamos voltar ao tema.
O Big Brother ainda tem um atrativo a mais. A tecnologia a favor do poder da escolha do público. Isso é novo ao entretenimento dos telespectadores. Nas novelas, as pessoas identificam sempre o vilão, como acontece no Big Brother, mas nelas o telespectador está na mão do autor, torcendo para que seu personagem favorito se dê bem no final e para que o vilão morra, enquanto que no programa há possibilidadede votar e eliminar o vilão de cada um, dando a impressionante sensação de tarefa cumprida, de vingança. Aqui entra o lado genial do BBB. O lado capitalista da brincadeira. Fora as publicidades e merchandising que o BBB gera, imagine quanta grana este programa de sutis similaridades com a sua obra gera? É claro que o quarto poder, com uma ferramenta como esta, tem um acordo com as operadoras de telefonia. De R$ 0,30 o custo de cada ligação, 50% devem ficar com eles (ou quase isso) com certeza. Quantos milhões de "votos" são feitos por semana? Coloque isso em cifras. Bom, para você a conta talvez não gere nenhuma constatação prática, já que não conhece nossa moeda, mas saiba que ficaria impressionado, George.
Prefiro não defender ou atacar o programa de forma veemente, apenas confesso que assistia quando podia e que, pelo lado cultural, ele não me proporciona absolutamente nada, mas existem coisas engraçadas e divertidas. É tão nocivo quanto uma novela. Só que o melhor é que dá para assistir antes de dormir, George.
Na década de 40, você genialmente contou a história de uma sociedade do futuro, na qual as pessoas não teriam privacidade em virtude de um sistema de vigilância que as controlava 24 horas por dia. Há pouco, no início dos anos 90, uma empresa holandesa chamada Endemol tirou da sua obra o nome para um programa de TV que virou franquia em muitos países.
Ao contrário do seu livro, este é um programa muito criticado pelos intelectuais da atualidade. Sobre a discussão do efeito cultural do Big Brother, não acho apropriadas as críticas que invalidam o programa enquanto forma de entretenimento. Claro que não é nada fantástico ou inteligente, mas há quem goste e se divirta em invadir a privacidade alheia. Ou até por que não dizer o gosto pela intriga, pela torcida organizada deste ou daquele personagem. Sei lá, isso também não importa, mas temos que admitir que o Big Brother Brasil tem tanta finalidade cultural quanto uma novela, ou seja, nenhuma! A propósito, novela é outro folhetim moderno que vem da TV para preencher o tempo das pessoas, e que você talvez ouvisse nas rádios, só que com o nome de soup opera.
E se o povo estivesse assim tão preocupado com a cultura, não teríamos os índices astronômicos de audiência que as novelas têm. Aqui cabe um parêntese: é a mesma história dos reclamões de plantão que dizem que os jornais só publicam violência e desgraças. Ora, é o que parece que todos querem ler. O ovo nasceu antes da galinha ou a galinha antes do ovo? Ai que bagunça. Vamos voltar ao tema.
O Big Brother ainda tem um atrativo a mais. A tecnologia a favor do poder da escolha do público. Isso é novo ao entretenimento dos telespectadores. Nas novelas, as pessoas identificam sempre o vilão, como acontece no Big Brother, mas nelas o telespectador está na mão do autor, torcendo para que seu personagem favorito se dê bem no final e para que o vilão morra, enquanto que no programa há possibilidadede votar e eliminar o vilão de cada um, dando a impressionante sensação de tarefa cumprida, de vingança. Aqui entra o lado genial do BBB. O lado capitalista da brincadeira. Fora as publicidades e merchandising que o BBB gera, imagine quanta grana este programa de sutis similaridades com a sua obra gera? É claro que o quarto poder, com uma ferramenta como esta, tem um acordo com as operadoras de telefonia. De R$ 0,30 o custo de cada ligação, 50% devem ficar com eles (ou quase isso) com certeza. Quantos milhões de "votos" são feitos por semana? Coloque isso em cifras. Bom, para você a conta talvez não gere nenhuma constatação prática, já que não conhece nossa moeda, mas saiba que ficaria impressionado, George.
Prefiro não defender ou atacar o programa de forma veemente, apenas confesso que assistia quando podia e que, pelo lado cultural, ele não me proporciona absolutamente nada, mas existem coisas engraçadas e divertidas. É tão nocivo quanto uma novela. Só que o melhor é que dá para assistir antes de dormir, George.
Verônica Pacheco
16 comentários:
Verônica
Seu post tem duas coisas de admirar. Uma é a bela sacada de escrever a carta para o George Orwell. A outra é partir em defesa deste que é, muito provavelmente, o programa mais execrável, esdrúxulo e imbecilizante já produzido na TV em todos os tempos. De minha parte, fico com as palavras da Adri e o cachorrinho da Mazé. Mas, como esta é uma tribuna livre (e "toda unanimidade é burra"), sua opinião certamente não sairá da casa. Mas que merece ir para o paredão, isso merece.
Beijo e parabéns pela criatividade e pela coragem.
Charlie
É muito divertido, porém assustador em saber que somos vigiados, analisados e muitas vezes inconscientemente manipulados dessa maneira. Todos nós usando pouquissima inteligência e com um bom computador em mãos, podemos fazer miséria, aliás miséria globalizada.
Todos observam todos, sem pena, sem dó, sem pudor e sem respeito. Cuidado, nesse exato momento, algum Voeyur pode estar te espiando !
Muito bom. Mostra que você não é apenas uma mulher bonita. Parabéns Vero.
matou a pauuuuuuuuuuuuu, vero!!!! super super. beijocas da mô.
Vero,
Vou concordar com o meu amigo mário. Vc realmente soube ser original na sua abordagem.
Quanto à sua opinião, apesar de discordar totalmente de você, acho que foi corajosa em se posicionar. Precisamos de gente assim nesse mundo. Que não tenha vergonha de assumir gostos, prazeres e vontades mesmo que elas pareçam ser duvidosos e diferenciados.
Indo à questão em si, apenas para discutirmos um pouco, não acho que são apenas os intelectuais que discutem a utilidade desse tipo de programa. Acho que eles nem se dão ao trabalho de assistí-lo. Posso estar sendo radical (às vezes eu sou, sabe?) mas para mim basta ter um pouco de bom senso para perceber que um programa como esse acrescenta um zero em qualquer equação. Não seria melhor então ler um bom livro?
O que poderia interessar para mim por exemplo saber qual a estratégia do Rafinha (conheço os nomes, né?) para ludibriar o psiquiatra Marcelo ou a gostosona lá do Nordeste do Brasil (vamos falar, ela é bonitinha mas ordinária como diria o Nelson Rodrigue, não é?
Sabe qual o resumo para mim desse tipo de programa? Um bando de gente mal sucedida na vida que quer ter o sonho do sucesso fácil, ganhando o milhão, construindo uma carreira na Globo (os mais capacitados) ou posando depois para a Playboy para comprar o sonhado apartamento na Barra da Tijuca.
Gente, não quero parecer ser mais realista que o rei, mas aonde é que está a essência desse mundo?
Será que tudo vai virar descartável, as pessoas sempre buscarão o caminho mais curto para tudo e tudo o que é de fato importante vai se desmanchar no ar...
Vou iniciar um outro movimento, até em respeito ao Floppy. Ele não pode ser candidato ao próximo BBB,não, mas sim à Prefeitura de São Paulo. Um bichinho tão carinhoso e apaixonado como ele, há de cuidar daquele povo com a mesma grandeza.
Floppy para prefeito!
Bjs
Rodolfo
Verônica, gostei do texto e acho sim que o BBB é um entretenimento interessante (aqui num sentido bem antropológico mesmo). Para mim que sou pesquisadora é um prato cheio (se eu pesquisasse televisão, mas não é o caso). E discordo do Rodolfo, há sim intelectuais sérios pesquisando BBB pq nao é o programa em si q interessa, mas sim as relaçoes mediadas que surgem através dele, o comportamento humano etc e nesse ponto é válido. Mas pessoalmente eu nao tenho paciencia nem ânimo pra assistir pqeu prefiro a ficção descarada tipo CSI do que uma "pseudo-realidade" pois sabemos que é tudo editado. bjo
Veronica!!!!
Parabens pelo texto...
Mtu boa a abordagem feita, e a tbm gostei da ideia de escrever a carta para George Orwell.
Beijos!!!
Adri,
Respeito tua opinião mas depois me conta quem são os intelectuais sérios que estão se debruçando sobre o tema. Fiquei até curioso em conhecê-los.
Bjs
Rodolfo
Mario,
Obrigada pelo elogio querido. Sabes que sua opinião é muito importante, pois valorizo e respeito muito seu conhecimento. Agora, não sei onde vc viu que eu parti em defesa do programa. Assumir que gosto de assistir ta longe de entrar em defesa de. Tem muita gente até dita intelectual que gosta de sentar na frente da tv pra parar de pensar um pouco e desligar do mundo. Acredito que a tv volta e meia ocupa este papel e o BBB é uma boa opção para isso. O que admiro muito no BBB é a grande sacada empresarial do negócio, afinal se eu estiver procurando cultura vou ao cinema ou leio um livro, como o Rodolfo citou. Acredito que quem assiste o programa procura rir um pouco e desligar da vida. Outra sacada é do uso da tecnologia para a interatividade com quem esta do outro lado. Antigamente éramos passivos e agora fazemos o final. Isso é genial. Vc percebe que estou elogiando o método e não a forma?
Pode me colocar no paredão que acredito ter argumentos fortes para voltar ilesa.
***
Pois é anônimo, hoje em dia basta entrar no Google e terá uma foto da sua casa bem atual. Toda esta tecnologia que esta ao nosso redor, a disposição de todos ou de poucos é muito boa se for usada para o bem. Ai vai da cabeça de quem as detêm.
Não se preocupe quanto a isso. Gosto de me exibir anônimo. Não é a toa que participo de um Blog. Rsrsrsrs Não só, não me importo como gostaria de saber que um voeyur se interessa em me espiar. rsrsrsrs
***
Obrigada!!! Ser reconhecida mais do que um rostinho bonito no mundo é bem interessante. Ainda mais por um colega profissional. Valeu!
***
Valeu Mô Continuo dizendo o que falei acima. Sua opinião é importante. Ainda mais por ser uma colega, não só de Blog, como de profissão.
***
Rodolfo,
Acho que acabo de ganhar outro mérito aqui. Hehe! Fazer vc concordar com o Mario é difícil hein?
Esta obra foi a primeira que me marcou na época da facul, por isso lembro sempre dela. Quando pedem para eu comentar do BBB lembro sempre de George. E outra, ia falar o que do programa? O que tinha para falar do programa em si falei em uma frase no início. Hehe!
Pois é não entendo vcs. Posicionei-me tão a favor assim? Que me lembro disse que fazia tão mal quanto uma a novela faz. Não gosto de críticas, portanto não dou aos outros. Se posso construir comento caso contrário fico na minha. Apenas, não vou mais no local, não assisto mais a série e ou não escuto mais a música. Tem gente que tem calibre para criticar, mas daí de uma certa forma constroe pois evolui.
O lindo do mundo são as diferenças. Obrigada por este segundo elogio da minha franqueza. Mas acredito ser assim sempre, até de mais, volta e meia.
A questão esta ai. Vcs intelectuais querem sempre discutir a utilidade das coisas. E acreditam que só é válido rir de um humor inteligente e que adicione algo. Pô tem como relaxar um instante na vida e ficar sem pensar um pouquinho sem ser na hora da meditação?
Mais uma vez volto a dizer que a vida é linda por sermos diferentes. E não podemos julgar o sonho de ninguém nem dos que achamos ser fracassados. Cada um na sua. Tem espaço para todo mundo, não digo na Barra ou na Playboy, mas para cada um brilhar na sua área.
Isso já é conversa pra outro botequim. Filosofias a parte esta complicado mesmo, mas temos alguma saída?
***
Olá Adri, acho que o que mais valeu neste post foi o que vc falou. Mais do que, eu como mulher ter sido reconhecida intelectualmente mais do que pela estética, mais do que todos os elogios pela minha criatividade, mais do que eu ter feito o Rodolfo concordar com o Mario... Valeu mesmo é ter conseguido receber um elogio seu e melhor conseguido fazer vc olhar o lado cheio da garrafa.
***
Shimada, Valeu pelo comentário.
***
Beijos a todos e voltem quinta que vem.
Vero,
Sabe que você tem razão sobre o lado relax da vida?
Sabe eu sempre adorei filme frances, italiano, alemão, espanhol e quase sempre detestei via de regra (com raras exceções) os americanos pelas suas concessões, visões non sense da nossa vida real e sua visão de mundo imperialista.
Tenho mudado muito nos ultimos anos... Isso não vai me fazer amá-los (nós somos muuuiitto diferentes) mas me fará compreendê-los melhor. Taí um aprendizado bom.
Agradeço ter sido chamado de intelectual, mas não pertenço a esse grupo. Sou apenas um ser interessado, curioso e crítico.
Não fique braba com as criticas.
Elas não são para vc, mas para essa coisa que a Endemol criou. Como marketeiro acho que eles tiveram idéias de grande sucesso que aparentemente permitem a participação popular e dão um certo "empoderamento" para as pessoas.Tornando-as mais felizes por sentirem-se parte da estória. É uma visão também equivocada (tudo é editado e quem decide quem vai ganhar de fato tem muito a ver com interesses globais de audiência), mas vamos relaxar, né?
O que posso dizer é com a minha experiência estou tentando ser cada vez menos marqueteiro e cada vez mais outra coisa.
Um beijo
Por favor, Rodolfo, não distorça minhas palavras. Não quis dizer que para relaxar deveremos engolir goela abaixo lixo. Não é isso. Apenas dou o direito de quem gosta gostar e o DEVIDO mérito do quem criou. Sei que é editado. Sei que com isso eles nos influenciam bastante. Mas também sei que por mínima que seja a opinião popular conta.
Não sou contra críticas. Apenas não suporto os reclamões de plantão que só sabem fazer isso. Que tal construir volta e meia ao invés de destruir sempre. Como disse anteriormente. Tem gente que tem gabarito e com suas críticas construtivas acabam construindo, pois fazem o ser criticado evoluir. Marião por exemplo, acaba com meus textos antes de eu os publicar. É foda eu sei, mas vc não imagina o quanto eu estou aprendendo. Um objeto tem mil ângulo para ser analisado Rodolfo. Bom saber que entende que o mundo gira e que as opiniões podem mudar ou serem melhor compreendidas. Todo interessado, curioso e crítico é intelectual. Não precisa ser aqueles depressivos de academia para ser chamado de intelectual. Basta ser interessado, curioso e crítico. Hehe!
Não fiquei brava com suas críticas. Pois sei que não foram para mim. Ao contrário recebo dois elogios. Como disse fico apenas, de cara, com os reclamões de plantão. Bom já comentei sobre isso também. Não serei repetitiva.
Agora fiquei curiosa, esta tentando ser o que?
bjs
Verô
Verônica, você partiu em defesa do programa sim, e sabe disso. E defendeu ainda mais com seu comentário, e sabe disso também. De fato, é um tanto insólito saber que "intelectuais" (?) assistem o programa (?!?!). Nome aos bois iria bem. Essa defesa de só "assistir para desligar do mundo" sendo o BBB "uma boa opção", por favor: sem querer fazer apologia às drogas, mas tem formas químicas mais louváveis de tirar os pés do chão. E te digo que, neste caso, prefiro muito mais a realidade. Aliás, o argumento de "desligar da vida" é... um despautério. Se alguém quer isso, que se mate de uma vez, oras.
Se o lado business merece admiração, ou seja, se as cifras são o critério para aferir qualidade, então olhemos os mercados de armas e de drogas que são ainda mais impressionantes, visto a inteligência com que são dirigidos e os lucros que geram (maiores que o mercado mundial de alimentos, por exemplo).
Sobre a interatividade, o formato não é inédito nem inovador. O extinto "Você Decide" já fazia isso, livros da série "você faz a história" já adotavam este formato (nos anos 70!) e está cheio de videogames com muito mais recursos, que dão ao usuário poder real sobre o destino dos personagens e não uma falsa noção de "dever cumprido", já que seu votinho (a R$ 0,30 a unidade) não representa titica de piçirica nenhuma num escrutínio de milhões. Ou realmente você acha que sua participação faz o final?
Verônica, você está elogiando o método e a forma porque eles são uma coisa só, ué.
"Isso é genial"? Recomendo mais livros e cinema.
Charlie
aiaiaiai a coisa tá pegando fogo aqui que ótimo!!! mas vamos a alguns apartes:
Primeiro obrigada Veronica pelo teu elogio tão gentil. Foi sincero mesmo o que falei.
Rodolfo, dá uma procurada nos textos do Fernando Andacht, que é um semioticista uruguaio que morava no Brasil, mas agora está no Canadá. Ele faz excelentes análises do BBB. Depois posso passar os links pra vocês. Tem mais gente tb, não dei os nomes pq como não é algo que eu esteja pesquisando, não sei de cabeça, então tenho que consultar minhas anotações, mas se quiserem, eu disponibilizo em breve.
Não precisa ser aqueles depressivos de academia para ser chamado de intelectual.
Aiaiiiaiaia achei isso um tanto preconceituoso Verô, eu sou da "academia" mas não gosto de ser chamada de intelectual (pq a origem dessa palavra é francesa e significa alguém que além de teorizar é engajado politicamente, esse é o sentido original mas não vou me deburçar em esmiuçá-lo aqui e pq eu nao gosto dele aplicado a mim, precisaríamos discutir em um bar hehehe...rs) também não sou depressiva, embora já tenha sofrido de depressão, que, por sinal, é uma doença e não um estado de espírito e portanto merece nosso respeito.
Como falei antes, se for pra usar como análise dos seres humanos eu acho até válido ou simplesmente pra "arejar a mente e desligar dos problemas" (embora sinceramente, como eu falei antes eu, particularmente, prefira qqer comédia tipo the big bang theory ou dramas policiais tipo CSI) pq não acho q qqqer participação naquele treco vá ter qqer tipo de influência, já está tudo "montado", the show must go on...mas que existem algumas sacadas de mkt bem feitas, isso vá lá.
bjos to com sono depois eu continuo
Adri Amaral
Mario, vc fala como se eu fosse FÃ número UM do programa. Não parti em defesa do programa. Se não fui clara e objetiva vou tentar novamente:
1. Como TUDA na vida o BBB tem coisas positivas e negativas. Como dois lados de uma moeda. Foi essa a minha defesa. Mostrei tanto um lado, quanto o outro. (Cultura X Negócio).
Exemplificando:
1.1. Disse com todas as letras que ele é vago como uma novela e que não acrescenta nada culturalmente falando.
1.2. Para alguns, ou para muitos, como diz o ibope, é um programa divertido pelo fato da invasão da privacidade alheia, pelo gosto da intriga, pela torcida organizada deste ou daquele personagem. Aqui Mario, relatei os fatos como uma jornalista deve fazer. Não omiti opinião.
1.3. Quando o fiz, disse que: não achava apropriadas as críticas que invalidam o programa enquanto forma de entretenimento. Visto que, este papel ele ocupa para muitos. E completei dizendo que não era nada fantástico ou inteligente. Que o Big Brother Brasil tem tanta finalidade cultural quanto uma novela, ou seja, nenhuma! AGORA ME DIZ ONDE ESTA A GRANDE DEFESA?
2. Em nenhum momento disse que intelectuais assistem o programa. Disse que até eles devem gostam de desligar em frente à tevê. No veículo televisivo existem muitos canais e programas. Não me referi que quando fazem isso eles, necessariamente, sentam para ver BBB. Esta é apenas uma das opções desta mídia eletrônica para isso.
3. Para desligar do mundo não precisa ir tão além... Quando se dorme, descansa o corpo. E a cabeça como se relaxa?
4. Em momento algum citei que cifras são critérios para aferir qualidade. Apenas mostrei este lado positivo da moeda, o fato de ser um negócio lucrativo. De nada tem haver com a falta de qualidade cultural.
5. A balança é desigual. Vc não pode comparar um programa de entretenimento com guerras e drogas. Tudo bem que o BBB não é grande coisa, mas confrontar a vício e matanças é um exagero seu. Isso me mostra desespero da sua parte para contra argumentar, pois não faz sentido algum.
6. Não disse ser inédito, que não existia nada igual no mundo... Apenas novo ao telespectador em comparação as novelas.
7. Discordo da sua opinião em relação à veracidade dos votos, visto que a Globo tem uma medição de audiência muito rígida. Nas novelas, ao menos, um personagem pode ganhar mais espaço pela repercussão que gera, por brilho do ator e não tanto pela intenção do autor. Como foi o caso da Camila Pitanga na sua última novela.
Claro que não podemos deixar de levar em conta a edição. Mas isso de nada adianta se os personagens, o enredo, o contexto não compactuarem com o bem querer da emissora. A participação do povo pode não fazer o final, mas que colabora com ele, a colabora.
No Aurélio:
1. Método: Caminho pelo qual se chega a um resultado. Processo ou técnica de ensino. Modo de proceder. Meio.
2. Forma: Modo variável por que uma idéia, acontecimento, ação, se apresenta.
***
Pois é Desaforada, concordo e gosto disso. Esta brincadeira de blog me atiça.
Fico feliz pela sinceridade. Mesmo sem te conhecer estou começando a gostar de vc. Hehe. Não que antes eu não gostasse é que, de fato, não nos conhecemos. Fui clara?
Infelizmente terei que concordar com sua observalção Adri. Mas em momento algum me referi a vc, portanto não precisa vestir o capuz. É que tenho um certo “trauma” da minha época de federal. Fui muito criticada e apontada, até pelos mestres, pelo fato de ser uma historiadora de direita. Ora, vivemos ou não em um país democrático. Posso ser o que eu bem entender.
Depressivo foi um tanto forte. Em outro comentário disse que neste Blog deveria pisar em ovos. E estou vendo que, uma vírgula, realmente faz a diferença. Certamente vou me ater mais a isso. Aqui vai um outro lado do meu “trauma”. O ouvido de ninguém é penico para ficar ouvindo reclamões de plantão que só sabem destruir e não construir. Erroneamente chamei isso de depressivos. Sorry pelo exagero.
Bjs
Verô
Verônica
Está absurdo, o programa é ruim demais para gerar tanta discussão em cima. Parecemos estar fazendo análise sociológica em cima de letras do Bruno e Marrone. Então, para fechar o assunto: sobre o BBB, conheço bem o jogo porque tive acesso a diversas informações internas sobre o programa diretamente do mais polêmico dos Brothers: o Buba. E, como roteirista, aprendi a detectar com maior precisão o sub-texto, pois tão ou mais importante do que o que uma pessoa fala é o que ela pretende dizer nas entrelinhas. E no caso do seu post está muito claro. Não comento mais, pode falar o que quiser, porque o mundo tem assuntos muito mais estimulantes do que um programa de TV que tira proveito da letargia, xeretice e maledicência do ser humano.
Charlie
Gente a discussão sobre o tema é boa mas sobre o mundo acadêmico..por favor que coisa chata! Já temos que aguentar isso na faculdade e também em prazos de revistas científicas. Não aguento mais, hehehe.
PS: Parabéns pelo post muito bom
Josiany
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