quinta-feira, 13 de março de 2008

Os ensinamentos de Hillary


Posar de feminista, hoje em dia, é fácil. Assumir o papel de moças “más”, daquelas que trabalham duro, são independentes, não precisam de ninguém para pagar as contas da casa, transam com quem bem entendem e não querem casar é fichinha pra qualquer mulher moderna. O difícil hoje é ser boazinha, gente.

Ainda hoje, Hillary carrega o rótulo de “mulherzinha”. Afinal, ela perdoou o marido depois de ele ter comido a estagiária. Em dias que se é normal transar na praia e sair com uma alga pendurada na sunga para disfarçar o ‘membro’ duro, não se pode assumir um corno em rede nacional, isso é sinal de derrota. Perdoar é sinal de franqueza.

Será que a imagem de boa moça que Hillary assumiu não foi pura estratégia? Pra mim, a ex-primeira dama é muito “da esperta”, isso sim. Agüentar a imprensa contando detalhes do boquete da estagiária, depois perdoar o marido publicamente e continuar a apóiá-lo não é pra qualquer uma. Como diria Maquiavel, "os fins justificam os meios".

Em 2001 foi eleita senadora, com o marido servindo de cabo eleitoral. Hoje, candidata democrata a presidencia dos Estados Unidos é acusada de machorrona por causa dos terninhos que usa e, quando chora, dizem que são lágrimas de crocodilo, mas, continua com a imagem fortalecida. É o que mostram as pesquisas.

Pelo que contam, Hillary foi criada em uma família rígida, onde “fraqueza de caráter” era inaceitável. Por causa da criação, desenvolveu uma personalidade forte. Por isso, toma tanta cacetada e não desmorona.

‘Mulherzinha’ somos nós, meras mortais que arrumam a mala e vão embora quando o marido deixa a tampa da privada levantada ou olha para as pernas da faxineira. Saber perdoar um corno e não dar a mínima para a foto em close aparecendo as 802 rugas da cara é só para quem quer chegar a presidência e passa por cima do próprio orgulho para conseguir o que quer.

Palmas para Hillary. Ela é uma mulher que tem culhão.



Mônica Valentina W.

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