sexta-feira, 8 de agosto de 2008


Pendura a roupa pra mim?!


— Angélicaaaa, deixei a roupa torcendo na máquina, vai lá fora e pendura no varal pra mãe, vai.
Jogada no sofá, a menina de 16 anos pulou de alegria. Nunca alguém ficou tão feliz com esse pedido.


— Tou indo manhêêê!


Ela vai até o quarto. Faz uma ligação misteriosa...


— Âlo. Oi.. Heim, pula o muro e me encontra na garagem.


Desliga o telefone. Tira o shorts. Coloca uma saia bem curtinha e corre em direção a porta. Passa pela cozinha esbaforida, mascando um chicletes sem gosto, esbarrando na travessa de pão. Quase a derruba, mas, consegue a segurar no ar.


— Tá Louca menina. Pressa de quê?


Ela abraça a mãe. Dá um beijo com força. — Nada não, mãe. Pode deixar que vou recolher toda a roupa, tá? Fica aí terminando a janta pro pai.


Passou pela porta que a levaria até a garagem e dobrou o cós da saia na tentativa de diminuí-la ainda mais. Logo viu a sombra do vizinho. O meninote de sardas na cara, pouca coisa mais alto que ela, talvez um pouco mais velho, mas com o mesmo ar de “maldade inocente” da menina, a esperava, encostado numa mureta.


— Demorou.


— Fui vestir uma saia.


Mal deu tempo de ela terminar a frase e ele a virou de costas, prenssou-a contra a parede escura da garagem e meteu a mão por entre as pernas da menina. Ela adorava aquilo. A mãe dela poderia entrar na garagem a qualquer momento. Era isso que a deixava com mais tesão. Resolveram se esconder um pouco mais atrás da máquina de lavar que ainda trabalhava, centrifugando a roupa, o que lhes dava a garantia de que não precisariam se preocupar muito com os grunhidos que fariam. Ela continuou de costas. Ele abriu o zíper e com uma rispidez típica de alguém de sua idade, penetrou-a sem a menor cerimônia. Ela gemeu junto com a máquina de lavar. Tudo foi muito forte e rápido, rápido, rápido... Cabelo molhado grudado na testa, bochecha vermelha, líquidos mornos escorrendo. A máquina parou de bater. Ele fechou o zíper. Beijou a boca dela. Um beijo molhado, quente. Virou as costas e pulou o muro. Ela ficou encostada na máquina mais alguns segundos, como se para recuperar o fôlego. Prendeu o cabelo novamente. Jogou o chicletes fora.


— E aí menina? A máquina parou. Vai começar a pendurar a roupa quando? A mãe gritou lá da cozinha.


— Tou indo mãe. A máquina só parou agora de funcionar... Vou começar a estender...



Mônica W.

3 comentários:

Anônimo disse...

Os dois sapecas só deveriam ter se tocado de dar uma variada e fazer em cima da máquina, Mopi. rs
Beijo, Desaforada à flor da pele.

Charlie

Anônimo disse...

Charlie Queridoooooooooones,

é. fazer o que né? essas crianças não tem muita criatividade mesmo... huahuahauhauhaua.

beijos.
môpi.

Aletéia by Ale disse...

haahah crianças rsss

é lavar roupa desse jeito não é nada chato rsss

bjks Ale