Eu ainda...
estava conhecendo essa menina de palavras simples, fáceis e sem puderes (pelo menos comigo), alegro-me (se é que posso usar esse termo nesse momento) em saber que comigo ela poderia ser ela, em saber que confiava em mim, e meu coração fica em paz quando penso que de uns dias para “cá”, Lú viveu plena, foi feliz porque compartilhou com um amor os seus “infindáveis” dias. Eu sei que ela nunca esteve tão radiante, a Lú sentia-se completa, e fazia planos, e tentava realizar todos os seus desejos, embora eu saiba que tinha tantos outros a realizar, rs... não sabia se fazia ADM. ou RH.
Eu disse muitas vezes a ela: “Lú seja egoísta, pense em você e na sua felicidade, seja feliz da forma que considerar melhor. “Talvez esse tenha sido um dos melhores conselhos que já dei a alguém e sei que ela me ouviu.
Lú partiu, deixando um imenso vazio por onde passou... deixando uma grande lição em mim, e no meu amigo Mario...
“JOVENS POETAS
COMIDOS POR TRAÇASENQUANTO
DISTRAÍDOS POR SONHO OU POESIA
[TALVEZ PELA PRÓPRIA,
TALVEZ PELA DE BELAS FORMAS DA NATUREZA]
DESAPARECEM DURANTE NOITES BREVES
SEM DEIXAR SEQUER VERSOS-TESTAMENTO”
CESARE RODRIGUES
Quero fechar com um trecho de Fernando Pessoa, uma reflexão para todos nós...
Se te queres matar, por que não te queres matar?
Ah, aproveita!
Que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fím?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te... Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...
(...)F. Pessoa
Talvez a maior lição da morte, seja a própria vida...
Beijos.
Maria Jaqueline
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
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