Desaforadas

Perdendo a linha em público

Pior do que cometer um excesso embaraçoso entre amigos, é ser celebridade e saber que o constrangimento se tornará capa de revista. Sorria, porque estas figuras protagonizaram episódios de escândalo que fazem os seus maiores porres se tornarem água com açúcar. Veja agora o que é perder a linha de verdade, o resto é história.

O casal Susana Vieira e Marcelo Silva foi prato farto para as revistas de fofoca com seus episódios de traição, ciúmes, sexo, drogas e um trágico desfecho, em que o ex-PM teve uma overdose misturando cocaína com... Viagra.

Ronaldo é fenômeno também de má administração da própria imagem: pagou duas travestis por "engano" para um programa que começou no motel e acabou da delegacia de polícia.

Isso sim é perder a linha com classe e respaldo mundial: o Rei da Espanha sugerindo da Hugo Chavez que se cale.

Paris Hilton dando "show" - aliás seu único talento é mesmo perder a linha na frente de paparazzi.

Pamela Anderson gravou um vídeo caseiro com o roqueiro Tommy Lee que se tornou a fita pornô mais exibida na web em todos os tempos - só que à revelia do casal, que pretendia apenas filmar para assistir nos momentos íntimos (dizem que um operário a encontrou enquanto trabalhava numa reforma da mansão dos pombinhos).

A estagiária mais indiscreta de todos os tempos, testemunhando contra seu ex-chefe (ninguém menos que o Presidente dos Estados Unidos) e exibindo até uma prova de seus favores sexuais: um vestido contendo o esperma resultante de sua felação em Bill Clinton.

Quem disse que comunista come criancinha é porque não conhece Michael Jackson, o cara que criou até um parque de diversões gigante para atrair a petizada, com brinquedos de todo tipo, devendo ter até um tobogã que desembocava em sua cama.

Marilyn Monroe perdeu muito a linha em vida, dormindo com muita gente famosa e influente, mas permanece protagonizando escândalos, tendo sido recentemente descoberto um vídeo de 15 minutos em que faz sexo oral em um homem não identificado.

E ainda tem gente capaz de achar que o cara foi o melhor de todos os tempos, mesmo tendo sido pego num anti-dopping em plena Copa do Mundo, que alías se confirmou por diversos outros internamentos por uso de drogas, tornando Dieguito uma triste gloriosa figura do futebol mundial.

A mulher que perde a linha mas mantém a classe: Madonna mostrou ao mundo que escândalos podem fazer dinheiro, e até criou um marketing próprio voltado ao filão.

O outrora baluarte da defesa pela liberdade de comunicação não aprovou a postura de um jornalista internacional que censurou seus excessos no copo: tratou de ordenar sua expulsão do país, em um constrangedor episódio diplomático, daqueles que só poderiam ser justificados se o primeiro mandatário da nação tivesse dado a canetada sob efeito etílico.

Outro presidente que não tinha muita sorte no gerenciamento de sua imagem: Itamar Franco, no Carnaval, ao lado da modelo Lilian Ramos, muito mais à vontade do que prevê o protocolo do Palácio da Alvorada.

Kiefer Sutherland encheu a cara, tirou a calça, fez gestos obscenos e tantas outras deselegâncias que chegou a ser expluso pelo dono de uma boate, episódio este que não foi fato isolado, visto que sua ex-noiva, Julia Roberts, cancelou o casamento com o Sr. 24 Horas.

Alguém aí sabe dizer o que leva o maior galã do planeta, a trair sua namorada top model com uma prostituta de rua chamada Divine Brown, pagando-a para fazer nele sexo oral?

Pego por um policial à paisana, tendo se exibido excitado para ele em um banheiro público, George Michael tornou seus escândalos anteriores (como a letra da música "I Want Your Sex") coisa de colégio de freira.

Cicarelli e o namoradão no banho de mar mais comentado e visto no Brasil-sil-sil, num episódio que só não foi mais embaraçoso do que as tentativas jurídicas da moça de impedir a exibição do flagra na web.

Quando estava casado com a modelo Donna Peele, Charlie Sheen disse perante um tribunal que gastou US$ 50 mil com 27 prostitutas de luxo, o que, somado ao caso do Hugh Grant, leva a crer que galãs de cinema não têm lá muita manha para conqusitar mulheres.

Essa cançou de perder a linha: sequestrou os próprios filhos, foi internada, raspou a cabeça, se entupiu de barbitúricos e protagonizou o retorno à cena mais constrangedor que as câmeras já tiveram o desprazer de prestigiar.

Quando concorria ao governo da Califórnia em 2003, Arnold Schwarzenegger foi denunciado por seis mulheres, que o acusaram de assédio sexual, sendo mesmo assim eleito e mostrando que o escândalo do Bill Clinton não merecia aquela celeuma toda.

Bom, ela é ela, né, não tem nem o que falar.


Mario Lopes