sábado, 11 de julho de 2009

Até quando...


Até quando vamos viver nesse mundo de faz de conta? Um mundo onde a realidade não ultrapassa um shopping. Onde o amor maior do mundo é por um par de calçados que talvez custe mais do que uma família carente consiga ganhar em uma vida inteira.
Até quando vamos ser pequenos a tal ponto de pensar que uma espinha no rosto é o fim do mundo, e q não poderemos sair de casa até ela sumir dali ou for possível disfarça-la. Enquanto ao mesmo tempo o motivo para alguém não poder sair de casa é estar no meio de fogo cruzado, sem ter o que comer, somente com a companhia do medo e da incerteza de quanto tempo ainda irá sobreviver.

Hoje em dia só se fala em caridade, em bondade, em ajudar ao próximo. Que ótimo! Mas seria ótimo também se as pessoas tivessem esse sentimento dentro de si. A caridade não está somente no dia de natal comprar um brinquedo e entregar para uma criança carente, ela tem que estar presente no nosso dia a dia. É preciso SABER fazer a diferença. É uma pena que na maioria das vezes só conseguimos enxergar o mundo real depois de passar por um sofrimento muito grande. Mas se for isso for necessário para tornar pessoas melhores então que o sofrimento venha, derrube, machuque, crie lágrimas, traga a solidão, tristeza e o que mais for necessário. Mas que ao final de tudo isso, possamos perceber que vivíamos dentro de uma bolha. Que a vida é muito mais complexa do que imaginamos. Que nem só de gloria vive o homem. Que é preciso perder para dar valor a vitória. Que é preciso sofrer para perceber a verdadeira felicidade. Que o dinheiro é importante, mas que não é preciso ser milionário. Que nem sempre o valor que damos a alguma coisa era o que devíamos dar.
Quem sabe um dia a gente perceba que não é preciso dizer eu te amo para demonstrar o amor. Que não é necessário seguir o padrão de beleza imposto pela sociedade para ser belo. Que nem sempre as pessoas são aquilo que aparentam ser. Que é melhor ter dificuldades e conseguir superá-las do que não ter nenhuma. E que o maior presente do mundo não é ser amado por todos. Mas sim ser admirados por aqueles que realmente o amam independente de qualquer defeito.



Daniele Maistrovicz

Um comentário:

Anônimo disse...

Valeu aestreia, Dani.
Beijo. :-)

Mario