Era um casal que se amava desde o início, ainda que fosse um amor ao contrário. Ele achava-a antipática e não podia e nem queria notar algo mais nela, pois namorava há quatro anos. Ela namorava também, não há tanto tempo quanto ele, mas o bastante para se abster de observações mais detalhadas sobre qualquer homem.
Ele dizia que não notava e não queria notar, mas o sorriso dela era a mira diária e inconsciente de seus olhos. Ela reparava no enorme anel no dedo da mão direita dele e, de vez em quando, flagrava-se tentando ouvir as suas conversas. Achava-o tão bruto a ponto de sentir curiosidade, afinal, ele mostrava ser um dos melhores alunos da sala, tinha amigos ali, e... usava uma enorme aliança no dedo. Quem o aguentaria? Ela pensava em uma resposta ao mesmo tempo em que concluía que, talvez, ele não fosse assim tão rude.
E ela estava certa. Na primeira oportunidade que tiveram, passaram horas conversando sem ver o tempo passar. Não foi tão simples assim:
Ela já estava sentada quando ele chega. Ele olha para a mesa e não quer sentar-se no canto. Teria que sempre levantar caso alguém quisesse sair. Ela olha-o discretamente e repara em sua indecisão. Ao lado dela, uma cadeira vazia e “solta”. Ele olha essa cadeira, olha para ela e, vendo qual seria o melhor lugar, pergunta-lhe: - Posso sentar aqui? Ela responde: - Não, está ocupada. Ele senta mesmo assim, com a cara emburrada. Ela diz: - Eu tava brincando, tá? Ele responde em tom desagradável: - Eu acho bom mesmo. Eles se olham. Ele ri. Ela ri.
Esse foi o início do melhor fim de suas vidas. O dia em que quebraram os preconceitos ao se conhecerem e se apaixonarem feito adolescentes. Estavam encantados um pelo outro, ao mesmo tempo em que crescia um medo do desconhecido, da frustração, do amor.
Mas nada os impedia de apostarem no sentimento. Ele logo terminou o seu antigo relacionamento, pois tinha certeza de que ela era a mulher de sua vida e, o que ela queria era ser a pessoa perfeita para ele. Assim, sem explicação. Rápido como a luz, forte como o fogo.
E, no momento mais improvável, tiveram a certeza de que estavam certos com a mais pura e irrefutável prova de que viviam o verdadeiro amor eterno. Não amavam-se feito dois pagões, ou meros amantes apaixonados, mas como amariam a si próprios caso encarassem a solidão. O que antes, com outros homens ou mulheres, era simplesmente bom, passou a ser divino naquele momento. Olhavam-se e afundavam um no oceano do outro, pasmos com a harmonia dos fluidos que trocavam. Os corpos moviam-se em tal sincronia que poderia dizer-se que era guiada por um maestro. As bocas pendiam abertas, de surpresa e prazer. Era o sexo dos anjos.
De repente, ela submerge dos olhos do amante e é surpreendida por uma lágrima que escorre e repousa no peito de seu amado. Ele a olha emocionado e retribui a dádiva rara que havia recebido. Os seus olhos marejados não escondem nada.
O casal, mais nu do que nunca, abraça-se forte na tentativa de virarem um só corpo, quando ela sussura uma declaração em meio a lágrimas doces:
- Isso é o que Deus criou. Isso é amor, e sexo.
Nesse momento, o silêncio falou mais alto em seus corações. Ela emociona-se ao olhar para ele, e saber que bem a sua frente, estava o homem com quem passaria o resto de sua vida.
Ele chora por ter chegado ao ápice do amor e por tê-la em seus braços.
À sua volta , os anjos celebram a felicidade do casal e dizem amém.
Ele dizia que não notava e não queria notar, mas o sorriso dela era a mira diária e inconsciente de seus olhos. Ela reparava no enorme anel no dedo da mão direita dele e, de vez em quando, flagrava-se tentando ouvir as suas conversas. Achava-o tão bruto a ponto de sentir curiosidade, afinal, ele mostrava ser um dos melhores alunos da sala, tinha amigos ali, e... usava uma enorme aliança no dedo. Quem o aguentaria? Ela pensava em uma resposta ao mesmo tempo em que concluía que, talvez, ele não fosse assim tão rude.
E ela estava certa. Na primeira oportunidade que tiveram, passaram horas conversando sem ver o tempo passar. Não foi tão simples assim:
Ela já estava sentada quando ele chega. Ele olha para a mesa e não quer sentar-se no canto. Teria que sempre levantar caso alguém quisesse sair. Ela olha-o discretamente e repara em sua indecisão. Ao lado dela, uma cadeira vazia e “solta”. Ele olha essa cadeira, olha para ela e, vendo qual seria o melhor lugar, pergunta-lhe: - Posso sentar aqui? Ela responde: - Não, está ocupada. Ele senta mesmo assim, com a cara emburrada. Ela diz: - Eu tava brincando, tá? Ele responde em tom desagradável: - Eu acho bom mesmo. Eles se olham. Ele ri. Ela ri.
Esse foi o início do melhor fim de suas vidas. O dia em que quebraram os preconceitos ao se conhecerem e se apaixonarem feito adolescentes. Estavam encantados um pelo outro, ao mesmo tempo em que crescia um medo do desconhecido, da frustração, do amor.
Mas nada os impedia de apostarem no sentimento. Ele logo terminou o seu antigo relacionamento, pois tinha certeza de que ela era a mulher de sua vida e, o que ela queria era ser a pessoa perfeita para ele. Assim, sem explicação. Rápido como a luz, forte como o fogo.
E, no momento mais improvável, tiveram a certeza de que estavam certos com a mais pura e irrefutável prova de que viviam o verdadeiro amor eterno. Não amavam-se feito dois pagões, ou meros amantes apaixonados, mas como amariam a si próprios caso encarassem a solidão. O que antes, com outros homens ou mulheres, era simplesmente bom, passou a ser divino naquele momento. Olhavam-se e afundavam um no oceano do outro, pasmos com a harmonia dos fluidos que trocavam. Os corpos moviam-se em tal sincronia que poderia dizer-se que era guiada por um maestro. As bocas pendiam abertas, de surpresa e prazer. Era o sexo dos anjos.
De repente, ela submerge dos olhos do amante e é surpreendida por uma lágrima que escorre e repousa no peito de seu amado. Ele a olha emocionado e retribui a dádiva rara que havia recebido. Os seus olhos marejados não escondem nada.
O casal, mais nu do que nunca, abraça-se forte na tentativa de virarem um só corpo, quando ela sussura uma declaração em meio a lágrimas doces:
- Isso é o que Deus criou. Isso é amor, e sexo.
Nesse momento, o silêncio falou mais alto em seus corações. Ela emociona-se ao olhar para ele, e saber que bem a sua frente, estava o homem com quem passaria o resto de sua vida.
Ele chora por ter chegado ao ápice do amor e por tê-la em seus braços.
À sua volta , os anjos celebram a felicidade do casal e dizem amém.
Letícia Mueller
2 comentários:
te amo mais que tudo minha noiva
amei o texto... lindo
Que fofa esta dupla homenagem! Lindos...
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