Descobre em um fim de tarde os encantos de um grande amor.
Receosa, teme o sentimento que desponta.
Crescente, confiante, se joga no delírio e na armadilha dessa paixão,
Sem, no entanto, atentar-se ao que está disposta a encarar ou a deixar.
Mergulha e se deixa levar
Pela magia da neblina do início de inverno.
Cheia. Absolutamente plena e abarrotada de sonhos.
O sorriso estampado na face brilha e ilumina os caminhos
Noites se transformam em dia
Não há o que temer, pois as noites são estreladas,
O caminho é límpido, claro e certo.
A certeza de que seu dia chegou.
O tempo traz uma ruptura
Uma ponta incômoda afiada como uma lâmina
Corta um pedaço do seu coração
Mingua uma parte da sua vida
Recorta sem piedade o que lhe resta
Diminui sua força, seu brilho,
Apaga sua luz
A faz chorar
Vazia, escura, dormente...
Em busca de um novo sentido
À procura de si mesma
Não cicatrizam os cortes
Noites escuras, chuvosas,
Movida apenas pela força de seus dois sóis
Que não permitem que desista
De continuar a girar.
Nova, espera por uma outra estação,
Por um novo sonho. Recomeça o ciclo.
Algumas coisas o tempo jamais apaga, apenas torna menos visíveis.
Angelica Carvalho
2 comentários:
"fim de tarde
depois do trovão
o silêncio é maior" (Alice Ruiz)
Combina =)
Como sempre: show! Lindo. Bjs. Katia
Postar um comentário