A história é sobre uma amiga de uma amiga minha que morria de medo de fortes emoções. Num certo dia ela estava trabalhando tediosa quando um amigo ligou e disse: estou indo com uma galera para a Ilha do Mel, vamos?
- Está frio. Quem vai?
- Nossa, uma galera da minha faculdade!! Tem duas meninas que você já viu o resto é tudo homem que faz engenharia comigo. Vais ser divertido e vamos passar o fim de semana em uma pousada bem barata, vamos?
- Ah não sei..não conheço ninguém,nunca fui para a Ilha do Mel pois sempre ouvi que é lugar de drogada e a água é muito gelada.
- ok, se mudar de idéia me avise. Vamos hoje a noite...
E no fim da manhã eu, quer dizer a amiga da minha amiga, decidiu fazer uma loucura. Ela pegou o telefone e discou para o amigo.
- Oi, mudei de idéia. Tem lugar pra mim?
- tem sim!
- Estou indo em casa fazer minha mala pode me pegar no trabalho? Saio às 18h?
- pego sim, até daqui a pouco!!
Eufórica a amiga da minha amiga (rs) foi para casa e montou sua mala. Colocou tudo que podia: vestidos, calça jeans, bermuda, biquíni (dois modelitos), saia, um moletom, chinelo, uma mega e linda sandália de salto 15 e uma botinha básica. A pobre, que não tinha carro na época teve que carregar aquela imensa mala (para um fim de semana) 7 quadras, já que a parada do ônibus era um pouco longe do trabalho.
O dia passou rápido e a moça estava ansiosa para a viagem ao local desconhecido. No horário marcado o amigo aparece na portaria da empresa. A mala, por ser muito pesada, estava na guarita do gentil guarda que trabalhava no local, já que a sala de nossa amiga era no segundo andar. Quando desci..quando ela desceu – a amiga da minha amiga – e cumprimentou o amigo e as outras integrantes do carro (duas mulheres. Ou seja, no carro estavam as 3 únicas mulheres do evento) ela deu uma leve olhada na bagagem das moças. A olhada já fez com que ela descobrisse que estava totalmente fora da casinha e exclamou:
- Nossa, estou com vergonha de mostrar a minha mala. Acho que ela é muito grande!
- uma delas disse: que nada, não pode ser pior que a minha.
Com vergonha ela foi buscar a mala. Quando o amigo viu ele quase deitou no chão de tanto rir e disse: vocês mulheres..duas com uma mega mala de viagem para um fim de semana que nem eu consigo carregar e a outra com uma mala de rodinha! Que bom que a de rodinha não era minha..quer dizer, da nossa personagem.
Com salgadinhos, bolachas e as malas seguimos rumo ao litoral paranaense. Já era noite e nos perdemos pelo caminho. Meu amigo parou num posto da guarda e perguntou qual era o caminho. O policial disse: pode seguir reto mas como não tem mais barca para a Ilha nesta hora aconselho a dormirem numa pousada perto da entrada. Assim que o carro arrancou a moça (que vocês já descobriram que não é uma amiga de amiga minha) desesperada disse: como não tem barca? Vamos dormir onde? O QUE VAI ACONTECER???
Rindo dois tripulantes do carro falaram em coro: relaxe, nós temos como entrar! Você vai ver. Eles não responderam mais nada mas as risadas eram assustadoras...
A CHEGADA
Assim que o carro estacionou uma ligação foi feita. Dentro de alguns minutos falaram: olha lá o nosso meio de transporte! Vi um barco grande e disse é esse? A resposta foi contrária. Não, não e muitos risos..o nosso barco é aquela luzinha lá longe.
Foi desesperador! Quando o negócio parou deu para ver muito bem. Era uma voadeira de pescador, bem pequena e sujinha. Como não tinha volta fui obrigada a sentar naquele negócio. Assim que sentei (é fui eu!) a bunda gelou e ficou suja com uma mistura de barro e peixe podre. ECA!! Pensei que isso ia ser a maior emoção da viagem mas teve outras. Estava completamente escuro e não enxergávamos o mar, parecia que tudo era uma coisa só, o céu. O barquinho fedido ia em alta velocidade e eu estava com tanto medo que finquei minhas unhas na perna do meu amigo. Foi o momento que mais senti medo na vida pois não sei nadar e peixe não precisa de salva-vidas né?
Passado o susto chegamos em terra firme e fomos a pousada dormir. No outro dia, pela manhã, chegou o resto da turma (só de homens). Risadas, música, luau e cervejas embalaram o fim de semana mais emocionante da minha vida. Afinal, foi lá que perdi um pouco do medo de aventuras- depois disso já fiz viagem de 5 horas de moto, conheci muitas cachoeiras e locais totalmente arriscados (rs), fiquei um fim de semana em uma fazenda cheia de enormes bichinhos – e, foi o lugar que conheci o amor da minha vida! Hoje, amo a Ilha do Mel e descobri que lá salto alto não tem vez!
Josiany Vieira
8 comentários:
Hehe gostei Josi! É a Ilha do Mel por si só já é uma viagem...
Se vc quiser, posso te ensinar a nadar.
Beijocas
;)
Oi Vero eu quero sim..com o meu namorado aprender a nadar é sinal de sobrevivência, hahaha
heheheh você é medrosa mesmo mas neste caso até eu ficaria com medo. Bjinho Carol
eu conheco essa amiga, amiga, dá amiga rss
Ahahah nao acredito que levou salto alto na ilha do mel...
Lá é só rasteirinha e tenis!
Nào pediu minha consultoria rsss
bjks
Nunca tinha ido pra lá, achei que era uma praia normal que tem calçada e baladas. Rs...
Josy, consigo imaginar sua expressão de horror ao perceber que lá não tinha shopping. hehe
Ei, não pega aula com a Verô, não, porque daí você vai aprender a nadar de ponta-cabeça. :-)
Beijo.
Charlie
hahahahaahahha dai eu vou pro fundo e avante!
foi um final de semana da hora
beijos
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