segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Semana de tema livre

Cuide de Você




Fui na exposição de Sophie Calle... pra quem não conhece é uma artista que faz das suas experiências pessoais uma transcendência artística, seja por vídeo, por literatura, por fotografia, por performances...

Com diferentes interpretações femininas, ela conseguiu ampliar o universo de um amor perdido em um labirinto entre a dor e a confusão que se faz quando o objeto amor torna-se um discurso e não a práxis.

Revi e-mails que enviei, que recebi e a verdade é uma só: amamos mal.
Pensamos o amor, queremos amar, fomos feitos para amar mas ao entrar em contato com o outro somos obrigados a sair do nosso “umbigão” e enfrentar nossas fraquezas, nossas mazelas.

O desconforto desse contato pode se tornar sufocante se o contraponto não for lapidado por paciência, gentileza e amizade. Gentileza, mas não polidez. Pode-se ser formal, polido e com muita educação e requinte, cruel e estúpido como foi o ex -namorado de Calle em sua carta.

Não entrarei no mérito do conteúdo da carta porque sugiro a experiência individual. Entre no site, vá a São Paulo, entre em sua exposição e se perda em você.
Términos são difíceis mas necessários. Invadimos e somos invadidos por limites que desconhecemos até a dor nos lembrar que eles existem.

Transcender a dor, como Sophie sugere, é fundamental. Portanto, caras leitoras, se tiverem algo a dizer sobre experiências infelizes, podemos compartilhar juntas neste blog, podemos fazer um vídeo, uma instalação ou mesmo uma crônica em grupo.
Não deixem que a dor empedre ao ponto de ficar plasmada em um silêncio ruidoso. Gritemos! Gritemos juntas!!!


Patrícia Ermel

3 comentários:

Anônimo disse...

Ótima postagem.
E não é a toa que a dor, quando não extravasada, se transforma em doença física.
Thainá

Anônimo disse...

Isso aí, Thainá, mas só queria fazer um adendo: como dizia meu pai, "a dor moral dói muito mais do que a dor física". Ou seja, o mais triste da somatização é que não se trata da substituição de uma dor por outra, mas, como o próprio termo sugere a soma de duas ou mais dores.
Beijos pra vocês, Thainá e Patrícia.

Mario

Anônimo disse...

agradeçam a sophie e coloquem pra fora tudo agora: aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhh

bjos
patricia.