Quando Uma Família É Adotada Por Um Cachorro
O comentário era geral, naquela semana só falavam do Obama, se ele seria mesmo o primeiro Presidente negro dos Estados Unidos. Todos os noticiários, e nós aqui no Brasil, pensando em como isso seria bom para nós. Pois bem, naquela semana meu pai nos trouxe um cachorrinho lindo, nós não queríamos, pois fazia menos de três meses que havíamos perdido uma cachorrinha atropelada. Meu pai trouxe mesmo assim, o cachorro chegou no mesmo dia em que o Obama foi eleito. Minha sobrinha então o batizou de Obama, e não é que pegou, ele já atendia pelo nome, era tão pequeno, e lindo.
Ele apareceu em um momento, em que todos precisávamos de um cachorro calmo, e que nos desse carinho. Ele é tão dengoso, tão amoroso, ele te abraça e deita no seu colo, ele te conquista no olhar, pede comida, consegue se divertir com uma tampa de plástico, correndo pelo corredor.
Quando estamos desanimados, ele pede para brincar e nos contagia com sua alegria, veio mesmo para alegrar nossa vida. É criança ainda, faz bagunças, e nos olha com aquele olhinho de quem fez arte, come os sapatos, estraga os tapetes, o sofá, e, falando em sofá, ele fez de um de dois lugares a cama dele - se alguém ali sentar, ele com educação manda sair, provocando a pessoa a fazer carinho nele e a brincar de jogar o ursinho para ele ir pegar. Ele é bem esperto, e ninguém resiste a esse cachorro.
É apaixonado pela minha mãe, deita quando ela vai dormir, e às seis horas já espera por ela na porta, antes mesmo de todos levantarem. Ele chama atenção quando ninguém fala com ele, sente ciúmes do Loro, quer ser o único, e conquistou esse lugar.
Cachorro é tão sensível, sente muito tudo o que queremos, e sabe do que gostamos. O Obama é incrível, se falasse perderia o encanto do olhar, do latir, porque só falta ele falar mesmo, é sentimental, mais que muitas pessoas que já conheci.
Come só um tipo de ração, e tem que colocar no chão, porque, se colocarmos no potinho, ele derruba para comer no chão, porque considera o potinho como seu brinquedo favorito.
Ele gosta de brincar de morder as nossas mãos, pede carinho, atenção, ele merece.
Uma coisa que ele não gosta é de beijo: se beijamos, ele logo morde fraquinho e late grosso, ele gosta é de abraço e cheirinho, aí ele fica todo mimado.
Obama e outros tantos cachorros, marcam nossas vidas e fases, mas o Obama é todo especial, bendita a hora que chegou e nos conquistou, somos felizes com sua vinda. Nasceu na rua, passou fome, e não perdeu o brilho no olhar, e sabe nos fazer felizes. Ele nos encontrou, não foi nós que o encontramos, ele nos escolheu.
Desejo que todos tenham um Obama em suas vidas, esse Obama já é meu, mas sei que outros com essa mesma alegria e sensibilidade estão espalhados por aí.
Mary Palaveri
3 comentários:
Mary, coincidentemente (ou não) o cãozinho que dei pra minha mãe batizei como Barak. Recebeu esse nome quando o atual presidente despontou como uma possibilidade na disputa contra Hillary Clinton pela Casa Branca. Deve ter muitos Baraks e Obamas fazendo muitas famílias felizes por aí, e sem fazer um plano econômico sequer. :-)
Beijo.
Mario
Que gracinha!O Obama é um fofo!
rs
Beijos
Bianca
Isso é maravilhoso né... uma forma diferente de homenagem ao Presidente risosss... é ótimo... o nosso seria tb Barak Obama mas ficou só Obama... Bjos....
Mary
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