Palmada Educativa = Surra De Amor
O principal problema em relação a este assunto é que muita gente confunde palmada educativa com espancamento. Palmada educativa é o corretivo dado com a palma da mão somente na região das nádegas. Já espancamento é uma surra violenta que causa sequelas físicas. Portanto um ato é diferente do outro. Debateremos aqui os pontos positivos da palmada educativa, que é uma atitude de amor.
Histórico
Historiadores comprovaram que a famosa palmada educativa usada pelos pais para amansar os filhos é utilizada desde a Idade da Pedra.
No Brasil a palmada educativa foi introduzida na Época do Brasil-Colônia, pelos jesuítas quando eles tentaram introduzir este método nas tribos indígenas. Porém, a maioria índios não aceitou. Os poucos nativos que concordaram com isto foram estudar com os padres. Assim tiveram uma educação rígida e subiram na vida.
Hoje o Estatuto da Criança e do Adolescente condena a palmada educativa usada como corretivo pelos pais.
O problema é que a partir dos anos 60, com a aplicação da Psicologia Contemporânea e da Teoria da Libertação, este tipo de método educacional passou a ser condenado e, por isso, os pais foram deixando de impor limites pouco a pouco, o que resultou na geração de jovens com muitas atitudes sem noção que vemos hoje. Por exemplo: os casos dos alunos que tiveram relações íntimas dentro dos banheiros das escolas, com certeza, são fruto desta educação liberal.
Recentemente houve uma pesquisa em alguns países que adotaram a lei antipalmada e o resultado foi surpreendente. Exemplo: na Nova Zelândia foi realizado um referendo sobre o assunto que apontou que a maioria dos neozelandeses deseja que os pais possam voltar a dar legalmente palmadas em seus filhos, dois anos depois de uma lei ter proibido este tipo de medida disciplinar. A pergunta do referendo foi esta:
A palmada (nos filhos) como parte de uma punição apropriada por parte dos pais deve ser considerada um crime na Nova Zelândia?
Conforme as autoridades do país, 87,6% dos eleitores votaram no ‘não’, pela extinção da lei, e apenas 11,81% deles votaram no ‘sim’, pela manutenção da legislação que proíbe punições físicas.
Pesquisadores confirmaram que depois da lei antipalmada entrar em vigor na Nova Zelândia, aumentou o número de menores envolvidos em crimes.
Seria isto coincidência?
Discutindo Com uma Psicóloga Evangélica
Em 1993 fui chamada para um debate sobre palmada educativa. Quando, de repente, uma psicóloga começou a falar:
- Os pais não devem dar palmadas nos filhos nem quando eles aprontam. Afinal, isto pode traumatizar a criança e é contra a Bíblia. Eu sou evangélica e sei disso.
Então comentei:
- Neste ponto a senhora se enganou, pois nos Provérbios é aconselhado dar palmadas educativas nos filhos todas as vezes em que eles faltam com o respeito com os pais.
A psicóloga exclamou :
- Isto não é verdade!
Assim indaguei:
- A senhora tem uma Bíblia para me emprestar aí?
A moça pegou o livro sagrado e entregou-me .
Então, li em voz alta :
- "Filho meu, não rejeites a correção do Senhor, nem te enojes da sua repreensão. Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem" (Provérbios 3:11-12). - "O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga" (Provérbios 13:24). - "O filho sábio alegra seu pai, mas o homem insensato despreza a sua mãe" (Provérbios 15:20). - "O que gera um tolo para a sua tristeza o faz; e o pai do insensato não tem alegria. O filho insensato é tristeza para seu pai, e amargura para aquela que o deu a luz" (Provérbios 17:21,25). - "Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu ânimo se exalte até o matar" (Provérbios 19:18). - "Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela" (Provérbios 22:6,15). - "Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno" (Provérbios 23:13-14). - "A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe. Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma" (Provérbios 29:15,17).
A psicóloga tentou argumentar:
- O problema é que as palmadas ditas educativas podem formar um adulto com patologias, como o sadomasoquismo, por exemplo.
Eu rebati :
- A senhora vê o sadomasoquismo como uma doença? Desde quando sadomasoquismo é uma doença? Isso me parece uma visão preconceituosa. Afinal, ao olhar de muitos estudiosos, sadomasoquismo é apenas uma forma de sentir prazer. Ora, cada um tem o direito de sentir prazer da maneira que escolheu.
Naquele momento, a psicóloga ergueu a mão para falar algo. Mas, de repente, a monitora da mesa disse:
- Senhores, tempo encerrado. Agora outro assunto entrará em pauta com outros participantes.
Discutindo Com uma Psicóloga na Rua
Neste ano de 2009, num dia ensolarado, eu estava na rua quando, de repente, vi um neto chutando as canelas de seu avô porque ele disse que não tinha dinheiro para comprar um determinado brinquedo. Então o idoso gritou:
- Meu neto, por favor, se comporte... Senão darei umas boas palmadas!
Na esquina, estava passando uma perua, toda enfeitada, que, ao ver a cena, saiu correndo em direção ao ancião e exclamou:
- Se o senhor bater neste garoto, eu chamarei a polícia! Olhe o tamanho dele e olhe o seu!
O velhinho sentiu-se envergonhado, pegou o menino pela mão e continuou o seu caminho.
Naquele instante, fiquei com pena do idoso, fui em direção à mulher brava e perguntei:
- Qual é a profissão da senhora?
Ela respondeu:
- Psicóloga!
Então eu disse:
- Só poderia ser! Se bem que eu tenho nada contra psicólogas... Mas a senhora não ficou com pena daquele ancião?! Sabia que o neto faltou com o respeito com ele e por isto o velhinho quis dar umas boas palmadas educativas?
A psicóloga, dando as costas para mim, gritou:
- Gosta de velhos?! Então leve para casa!
Então eu berrei:
- Continue incentivando pequenos marginais como este, que daqui a pouco a senhora pode ser assaltada ou morta por um!
Conversando Sobre Palmada Educativa Com uma Parteira
Recentemente, conversei com Dona Cida, uma parteira de 97 anos que já fez o parto de mais de 300 crianças no interior do Brasil. Veja trechos da entrevista:
- É verdade que as parteiras dão uma palmadinha no bumbum quando as crianças nascem?
- Sim, isto é real. É como fosse um código de boas-vindas ao novo hóspede, que faz ele despertar para a misteriosa vida. Com palavras este sinal significa: "Nenê , acorde e seja bem-vindo"!
- O que a senhora acha da palmada educativa que os pais dão nos filhos rebeldes?
- Isto é perfeitamente normal.
- Eu , meus irmãos e primos fomos criados a base de surra. Por isto é que na minha família não existem marginais, todos são honestos e trabalham. Contudo, conheci pessoas que foram criadas com total liberdade e hoje encontram-se presas em celas de cadeia. Isto não quer dizer que toda criança que teve uma educação liberal vire um bandido. Conheci pequenos que tiveram este tipo de educação em que podiam fazer de tudo. Não viraram marginais, mas, em compensação, transformaram-se em pessoas fracas de moral. Pois na casa os pais passaram uma imagem da atmosfera exterior, como se fosse um mundo cor-de-rosa. Na hora de assumir as responsabilidades do mundo adulto, estas pessoas entraram em conflito porque não souberam como lidar com as frustrações. Por isso algumas delas partiram para os vícios de drogas e álcool. Já outras tentaram o suicídio. Pois é, a palmada de amor tem o poder de deixar as pessoas espertas.
Entrevistando um Sadomasoquista
Para elaborar este artigo entrevistei um amigo que é adepto do sadomasoquismo, uma maneira de sentir prazer através da surra. Para preservar a identidade dele, vamos chamá-lo aqui de Xenônio:
- É verdade o mito de que os sadomasoquistas aderem a este tipo de prazer porque levaram palmadas educativas quando eram pequenos?
- Eu não sei quanto ao resto do mundo, mas no meu caso e de alguns amigos meus que seguem a linha afetiva do sadomasoquismo, todos nós apanhávamos dos nossos pais ou avós quando fazíamos algo errado.
- Você acha que seus pais estavam certos ao darem as palmadas educativas? Elas seriam uma prova de amor?
- Sim, meus familiares tinham razão ao me oferecerem este tipo de corretivo. Se eu não recebesse este tipo de palmada, talvez hoje eu fosse um marginal. Por isso tenho certeza de que a palmada educativa é uma prova de amor. Tanto que a minha mãe sempre gritava, antes de me dar algumas chineladas: “Isto dói mais em mim do que em você!"
- O que, realmente, levou você a ser um praticante do sadomasoquismo?
- Para ser sincero creio que, realmente, foram as surras educativas que recebi quando era criança dos meus pais. Quando completei 21 anos de idade, as palmadas de amor acabaram. Mas eu sempre sentia falta. Naquela época tive contato com o sadomasoquismo e gostei. Hoje, tenho 40 anos e toda vez que faço algo de errado sinto falta de levar uma palmada.
- Alguns psicólogos acham que o sadomasoquismo é uma doença. Qual sua opinião sobre isto?
- Puro preconceito. Mas quero deixar claro que nem toda criatura que recebe palmadas educativas na infância vira sadomasoquista. Por exemplo, os meus irmãos receberam estas palmadas e não são sadomasoquistas.
Como Criar um Marginal
Este assunto me lembrou de um texto do pastor Johnson (sobrenome omitido para preservar sua identidade) chamado “Como Criar um Marginal":
- Ainda bebê nunca diga “não“ a ele.
- Não compre presentes apenas no Natal ou no aniversário. Satisfaça a vontade do seu filho sempre.
- Nunca dê palmadas educativas quando ele aprontar algo grave.
- Sempre dê razão ao seu filho quando alguma autoridade, como uma professora ou um policial, reclamar dele.
- Nunca ofereça conforto religioso, deixe que ele complete 21 anos para decidir isto.
- Não permita que ele ajude nas tarefas domésticas.
- Ensine seu filho dirigir, ainda menor, e dê as chaves do carro mesmo que ele não tenha carteira de motorista.
- Faça seu rebento experimentar bebidas alcoólicas desde pequeno e diga que não há problemas em beber socialmente.
- Pronto, ao seguir estas instruções você terá um perfeito marginal.
Conclusão
A palmada educativa tem o seu devido valor. Não estamos falando de espancamento, que é algo totalmente diferente. Fazemos referência àquela surrinha apenas nas nádegas, quando a criança apronta algo desagradável mesmo com os pais tendo chamado a atenção para o ato mais de três vezes.
Alguns psicólogos são contra a palmada educativa argumentando que ela só funciona no momento da travessura. Mas eles se esquecem que esta surra de amor gera algo chamado reflexo condicionado. Pavlov estudou este fenômeno com cães. Ele apertava uma campainha toda vez que dava comida para o cachorro. Então, ele notou que, mesmo não tendo alimento no local , o cão salivava toda a vez que escutava a campainha. A mesma coisa acontece com o ser humano, se todo o momento que a criança fizer algo errado levar uma palmada educativa, logo ela saberá que a atitude sapeca que cometeu é reprovada socialmente.
Existe uma única e verdadeira surra de amor: é a palmada educativa de mães e avós.
Luciana do Rocio Mallon
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
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4 comentários:
Polêmico, hein, Luciana. Beeeeeeeeeem polêmico. Como nessa semana já rolou muita discordância nos comentários de alguns posts, vou me abster de comentar. Mas que minha posição é um tanto quanto diferente da sua, ela é. E viva a diferença!
Beijo.
Mario
I'm appreciate your writing skill.Please keep on working hard.^^
Luciana, adorei!
a questao do sadomasoquismo ja e mais controversa, mas as palmadas educativas e as palmadas de amor, acho que sao o que estao faltando hj em dia. Por isso que temos tantas pessoas mal educadas e causando problemas no mundo. hj em dia se vc bate de leve no traseiro de uma criança e possivel que ela tire o celular do bolso dela e ligue para seu advogado ali na hora mesmo...acho que bater pra machucar nao e soluçao para nada, mas umas palmadas e algumas repreensoes ( castigos, tirar mesada, tv,computador, ect) nao faria mal a ninguem...meus pais apanharam quando crianças, eu muito pouco, pois me comportava bem por ter medo de apanhar so pelas estorias que meus pais contavam, meus sobrinhos apontam o dedo e batem boca com os pais e os avos...acho um absurdo.acabou o respeito.tenho medo do que serao as geracoes futuras...
mais gente tem que ler essa sua postagem...vou indicar!
Sou totalmente a favor da palmada educativa. Tenho um filho de 5 anos, e algumas vezes isto se fez necessário. Não porque perdi a cabeça, e sim porque ele precisa aprender a respeitar limites. Se eu não ensinar isso a ele agora, mais tarde "a vida" ensinará. Melhor ensinar com palmadas de quem ama agora, do que mais tarde eu chorar sobre seu caixão. Vejo o amiguinho dele, com a mesma idade e uma irmã 2,5 anos mais nova: sem limites, gritando, fazendo serem obedecidas suas próprias vontades. E a mãe... cadê? Está dizendo amém a tudo, gastando o que não pode para satisfazer os caprichos dos filhos, passando vergonha no shopping porque seus filhos não sabem se comportar, esquivando-se dos vizinhos porque seus filhos agridem as outras crianças... exatamente o que o texto descreve: criando marginais!!!
E qual a diferença entre estas crianças e meu filho? Meu filho tem uma mãe que conversa, explica, participa da sua vida, e às, vezes, se necessário, dá umas palmadas. E quando uma amiga lhe perguntou se eu batia nele, ele respondeu: "só de vez em quando, mas me bate porque me ama".
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