segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Respeito




O que você faria se o amigo de seu filho for gay?
Essa é a atual pergunta de nossos parlamentares, do Ministério da educação e Cultura, da mídia, dos educadores e em breve, de toda a sociedade. Com a elaboração de um kit que faz parte do projeto “Brasil sem Homofobia” lançado pelo MEC a ser aplicado nas escolas de rede pública, causou-se o furor de militantes de várias linhas, kit este vulgarmente chamado de “kit gay”, composto por três vídeos e uma cartilha, que demonstram as descobertas e o dia-a-adia de adolescentes gays. Segundo o MEC a intenção é promover campanha para que os jovens aceitem seus colegas gays, o que, por certo num país como o Brasil, despertou a ira de parlamentares ditos conservadores, religiões em maioria cristãs, educadores e da população que já teve acesso ao assunto.

A questão é, qual a didática aplicada nesta campanha? Seria fomento? Seria prevenção? Seria uma luta por iguais? O que ocorre, é que, num país tão grande e tão miscigenado como o Brasil, ainda há preconceito e muito, coube aos educadores repassar aquilo que nada mais é do que obrigação dos pais, ou seja, o respeito. Não importa a preferência sexual de uma pessoa para que ela seja aceita em sociedade, o que se faz dentro de quatro paredes, é problema de cada um, os sentimentos afetuosos de cada pessoa são ainda mais subjetivos, e não cabem à terceiros palpites e julgamentos. No entanto, possuímos uma sociedade preconceituosa, não apenas com o gay, mas com o negro, com o índio, com os amarelos, com os deficientes físicos e mentais, com os pobres, com as mulheres e com tantas outras pessoas, que são tão iguais e por vezes muito mais nobres que aqueles estereotipados como “perfeitos’”.

Se pararmos para pensar, a raça ariana é quem foi destruída há mais de 60 anos atrás, essa informação a maioria das pessoas possui, será ninguém percebeu isso ainda? Ou será que as pessoas julgam a Deus?Acreditam mesmo que Deus possui escolhidos, que ele que permite o dom da vida a cada ser humano, faria distinção entre seus filhos?


Nascemos todos iguais, com capacidade de pensar e agir, e não importa se é reduzida ou não esta capacidade, se a forma de manifestar o pensar, agir e sentir vai a desacordo com a sociedade imposta hipócrita, quando o ser humano para julgar as atitudes emocionais de uma pessoa gay, deixa de lado seu próprio julgamento, o preconceito faz com que se importe com a opção sexual desse ou daquele e deixe de enxergar as coisas boas que aquela pessoa já fez na vida, ao próximo, ao mundo. Não será a orientação sexual de uma pessoa que vai mudar seu coração, não é sua cor que vai alterar o bem ou o mal que existe dentro dela, muito menos suas capacidades físicas e mentais que vão dizer quão nobre de sentimentos ela será, e principalmente, não há preconceito algum no mundo que possa superar a missão de cada um neste plano, apenas atrasar a evolução daqueles que praticam.


O necessário não é aceitar ao outro, isso é uma obrigação do ser humano, mas respeitar, o que é crucial e não deveria ser necessária uma política governamental para isso, deveria vir do berço, afinal, quando você julga e palpita na orientação de uma pessoa, ela passa a pagar suas contas?

Fernanda Bugai



Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6344&catid=202

Foto: Reprodução. Blog do Prsilviovieira.blogspot.com

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