quarta-feira, 30 de abril de 2008

Sex SAC


- Sex SAC, boa noite?... Sim, serviço 24 horas dos produtos Sexy Things, em que posso estar ajudando?... Ah, primeira vez que faz uso de nossos produtos? Fico feliz por... Sei... Na verdade estão estreando com produtos de sex shop, então... Claro, posso estar orientando na medida do possível. Posso estar sabendo quais produtos compraram? Como assim “todos”?... Um de cada, a senhora quer dizer... Tá, mas, assim, por que taaaanta vontade de comprar... Ah, vocês estão visitando a capital, é?... Resolveram aproveitar... Sei... Marido fazendeiro, é?... Ahãn, difícil vir pra cidade, né, estou entendo... Mas algum problema até agora com nossos pro... O que?!... Seu marido se engasgou com a calcinha comestível?!... Não sei, senhora, isso nunca aconteceu antes... Bata nas costas dele, isso, bata!... Saiu?... Ufa... Olhe, senhora, o sabor é só para ficar mais divertido, a calcinha não é, digamos, uma refeição, me entende?... O sabor é morango, senhora... Parece goiaba? Não, mas eu garanto que é morango, só temos esse sabor... Hmmm, não, se a senhora passar requeijão pelo corpo acho que não vai parecer Romeu e Julieta... Nunca estiveram tentando, pelo que eu saiba... Cueca box sabor queijo? Vou estar anotando sua sugestão, senhora... Certo, algo mais?... Quem é Matilde?... Ah, vocês estão em mais aí, é?... Sei, vieram de excursão pro motel... Parece divertido... Mas a Matilde está usando o que?... Ah, certo, eu explico, é simples: a senhora pode ver as instruções na embalagem... Como assim “veio sem embalagem”?... O que?!... Não, então a Matilde está usando é a embalagem... Isso, precisa tirar o produto de dentro primeiro... Ela gostou assim?... Bom, então deixa ela ser feliz... Algo mais?... Vazou a pilha do vibrador?!... Com ele em uso ou não?... Puxa, que desagradável... Bom, vou estar recomendando que a pessoa esteja lavando bem a região... Está com sensação de ardência?... Ah, não, senhora, então não é pilha, se é transparente é o lubrificante que vem no reservatório do produto, fique sossegada... Isso mesmo, parece um cuspe, se a senhora prefere definir assim... Ufa, cada susto... O que? Preciso saber como são essas bolinhas?... Certo, são bolinhas tailandesas de pompoarismo... pom-po-a-ris-mo... Isso... É para estar exercitando os músculos vaginais... Simples, a senhora deve estar introduzindo na vagina... Não, senhora, não serve para estar exercitando os músculos do ânus não, pode tirar daí... Ah, gostou assim? Bom, então deixa lá... Tem mais bolinhas?... Ah, essas outras são bolinhas chinesas... Não, não tem nada a ver com as olimpíadas... Também não servem para estar exercitando nada, essas sim a senhora deveria ter introduzida no ânus... Não, não precisa estar trocando agora... Isso, melhor dar para o Ademar usar na Édina, deixa com eles... Ah, o chicotinho? Não, ele não é para estar usando na fazenda, é para a senhora estar usando no seu marido... Não, não é por isso que veio uma máscara do Zorro junto. Nem é do Zorro a máscara. É para a senhora estar brincando de dominatrix... Do-mi-na-ah, deixa pra lá. Algo mais?... Como assim?... Minha senhora, o relax hair orgasmatec é para estar usando na cabeça... Não, senhora, na cabeça de cima... Isso, no cabelo, melhor dizendo... Não, nos pentelhos acho que não dá... No cabelo, cacete!... Não, desculpe, não gritei não, foi impressão sua... Mas entendeu, né? No topo da cabeça, para estar massageando... Certo, algo mais?... Olhe, acho que não vai pegar bem levar essa cadeira erótica para estar deixando na sala de visitas... recomendo que deixe no quarto mesmo... Ah, a senhora tem uma decoradora na fazenda?... Bom, se ela conseguir estar combinando com os demais móveis, problema nenhum... Principalmente se vocês estiverem tendo mais desses encontrinhos por lá, né, porque o quarto vai estar sendo pequeno, hehe... Hmm, acho que não, essa cadeira não deve servir para estar ordenhando a malhada não... Hmm, também não acho boa idéia estar botando o abajur peniano na mesinha de centro... Claro, imagina que petiscos a senhora vai estar oferecendo depois nessa mesa? Rosquinhas?... Recomendo que esteja deixando por conta da sua decoradora mesmo... Quem está brigando?... Por quê?... Diga pro Jair que ele não tem que dar pro Chico porque perdeu nos dados, esses dados eróticos são pra jogar entre homem e mulher... Já tá dando?... Bom, então deixa, né... Sabe o ditado: “sorte no jogo, azar no amor”, se bem que talvez este caso seja exceção... Podemos estar encerrando a chamada?... Ah, vocês compraram velas aromáticas também... Para estar fazendo que nem no filme da Madonna... Pegou fogo na cortina!?... Vocês têm de estar saindo rápido daí!... Isso, usem o extintor... Aquele troço cilíndrico que é grande, vermelho e tem um tubo preto... Não, senhora, esse é o vibrador... Tá todo mundo fugindo?... Esteja fugindo a senhora também, ué... Não conseguem desamarrar o Gilson?! Levem ele com cama e tudo!... E daí que é o prefeito! Depois vocês chegam na cidade e inventam que ele foi seqüestrado, vira herói e é até reeleito... Não, agora não é hora de estar tirando as bolinhas de pompoarismo, fuja com elas enfiadas mesmo... Não vão cair no meio do caminho... Então tire essa roupa sadomaso pelo menos... Ih, aquela cheia de botões e fivelas, né? Esquece, foge com ela então... O que?... Seu marido está fugindo com a boneca inflável?!... Senhora, infelizmente não posso estar resolvendo esse problema... OK... OK... Pode ir em uma de nossas lojas que vamos estar dando um desconto na compra do homem inflável... Agora, saia senão a senhora vai estar se fodendo... Eu sei que a senhora foi aí para isso, eu quis dizer, ah! Fuja! Fuja! Por favor... Por nada, amém, a senhora também... E tire esse vibrador da boca para estar chamando socorro, boa noite.


Mario Lopes

terça-feira, 29 de abril de 2008

Erotic Sweets

A minha primeira idéia para este tema era colocar um figurino de investigadora particular e visitar sozinha um sexshop, tentando vivenciar alguma experiência engraçada ou indiscreta.
Mas a preguiça e os compromissos falam alto, e apesar de estar morando a 2 quadras da Rua Augusta, conhecidíssima rua das prostitutas de São Paulo (agora menos), o sexshop mais próximo é muito pobrinho em termos de produtos e visual.
Então me lembrei da minha breve experiência no lado de trás do balcão. Sim, meus caros amigos, pra quem não sabe em 2004 eu fazia chocolates eróticos. E se alguém quiser uma encomenda grande ainda faço... rsrsrs
Tudo começou ao ver minha tia fazendo ovos de chocolate deliciosos e vendendo no bairro todos os anos na Páscoa. Aí, eu propus: -”Que tal usar todo esse seu talento pra ganhar mais dinheiro fazendo chocolates eróticos?!?” Ela primeiro enrubesceu e deu uma risadinha achando que eu estava brincando. Mas após uma hora convenci a católica tiazinha, compramos o material, montamos uma bancada numa feira de fim de semana dentro de um shopping perto da paulista e vendemos os EROTIC SWEETS no mês dos namorados.
Toda semana lá estava eu, transformando barras de chocolate em peitos médios crocantes, peitinhos, bundinhas, xaninhas que cobria com papel vermelho e um cabo verde, parecendo rosas, trepadinhas e pirilaus de tudo que é forma e tamanho com recheios variados. O que fazia mais sucesso era o de leite condensado.
E, claro, tudo com a supervisão da minha tiazinha ministra da igreja católica. Acho que naquele mês, ela deve ter quadruplicado as rezas na igreja. Lembro que nos primeiros dias, havia um pirilau de chocolate com tamanho de dar inveja a muito homem, esse ela não queria nem tocar. Tirava da geladeira e dizia: - “Vai, desse aí você cuida.” Até ela notar o quanto eu sou desajeitada e meteu a mão com tudo no tal do chocolate. Depois disso, não teve mais frescura.
A minha primeira venda foi simpática: um garoto dos seus 14 anos comprou um pinto-pirulito pra dar pra avó. Tinha um cara também que aparecia todo fim de semana, só quando o meu parceiro estava atendendo e sempre comprava a “tora”, mas cada semana com recheio diferente. Uma menina de 5 anos passou e olhou os bombons em forma de pintinho e soltou bem alto: - “Olha mãe, ossinhos!”
E várias pessoas, principalmente mulheres pegando cartão pra fazer futuros pedidos pra amigo-secreto, aniversário e festinhas íntimas.
Decepções: Parada Gay lá fora, várias bichinhas passeando pelo shopping, todas parando, falando um monte sobre os chocolates, mas comprar que é bom, nada, né bi?!
E quando atendi toda simpática um telefonema de homem, voz bem grossa, perguntando se podia fazer um chocolate em um formato de homem e mulher fazendo... digamos... bem... inenarrável... “Ah, desculpe, as formas já vem pré-prontas. Mas se um dia encontrar um fabricante de formas, darei a sua sugestão...”

Depois do dia dos namorados as vendas caíram, não cobriam o aluguel do espaço, cansei de toda semana ir até a casa da tia na zona lost, resolvemos então fazer só por encomenda. Até quase fechamos uma encomenda boa pra uma nova rede de motéis... Mas resolvi vender algo com o qual tinha menos trabalho e mais experiência: campanha política, onde quanto mais longe, melhor. Nunca mais coloquei minhas mãos em chocolate, apenas pra comer, claro. Três anos depois ligou uma mulher perguntando se ainda fazíamos chocolates eróticos, pois ela queria dar de presente pro marido, não tive dúvidas mandei o pedido pra minha tiazinha cristã.

By Mazé Portugal

segunda-feira, 28 de abril de 2008

As algemas do prazer

Tema da semana: Visita à sex shop...

Bem, ainda tem muitas “meninas” que não tem coragem de entrar em um sex shop... como se fosse o lugar do bicho papão rsss

Então resolvi escrever a estórinha de uma amiga que chamerei de Mary e Johny... pessoal o fato é real :-)

Trabalhávamos todos na mesma empresa e Mary e Johny começaram a namorar “escondidinho” e Mary como toda mulher queria apimentar o namorico...

Resumindo virei consultora da Mary :-)

Mary disse: - ”Ale o que eu compro para o Johny, quero impressionar, apimentar nossa relação...”
Ale disse: - Básico vai no sexshop e divirta-se!
Mary: - Mas Ale eu nunca fui e não teria coragem de ir sozinha... ai meu Deus não tenho coragem...

Eu como boa amiga fiz a minha fiz a boa ação, acompanhei a Mary no maior sexshop da cidade... não sou perita no assunto, mas sei me virar, isso faz alguma tempo... não tinhamos a facilidade da internet ainda rsss
Mary colocou os pés no “santuário do pecado” e seus olhinhos brilharam, parecia uma criança no parque de diversão... se esbaltou nos modelitos fashion de lingerie, fantasias, chicotinhos, máscaras e apetrechos básicos para uma noite de muita festa!

Mary se empolgou e fez bons investimentos... mas o melhor deles que o Johny nunca ia imaginar, porque Mary faz a linha loirinha, toda certinha e ainda mais no início de namoro, a tal da imagem a zelar "boa moça", "mocinha pra casar", bem esse é outro post.

Mary Comprou as algemas e sem frufru... aquelas verdadeiras ( a da foto acima) rsss

Saímos no sabadão cada um com seu respectivo “love” era a noite especial de Mary e Johny e as das “algemas do prazer” tínhamos bebido bastantinho, mas o importante que o casal estava no clima...

Na segunda-feira.... mando um e-mail para o Johny muito curiosa para saber como tinha sido a tal noite ... e para minha surpresa recebe a seguinte resposta.

Johny diz: - “Ale vou te matar”
Claro que não era o que eu queria ouvir rsss

Liguei na hora para Mary perguntando o que aconteceu?
Mary diz: - “Ale conversamos no almoço a estória é longa....

O almoço foi muito divertido e inesquecível rss
Resumindo: Mary na sua empolgação algemou Johny na cama que foi usado e abusado (até ai ele não reclamou nenhum pouco), mas um pequeno detalhe ocorreu depois da festa...
Mary não conseguiu abrir as algemas... (para quem não conhece tem uma chavinha que tem que ser girada) e como Mary estava com um teor alcoólico um pouco acima do normal e essa chavinha é muita chata mesmo, Johny teve uma experiência inesquecível...
lá estava ele peladão algemado na cama, imaginando o chaveiro chegando rss. (imaginem a cena rss)
Mas isso ficou só na imaginação... depois de algumas horas nessa posição, Mary conseguiu abrir a algemas do prazer, do pânico, da emoção e dessa estória inesquecível...

Aí fica a dica: cuidado com as algemas e suas chavinhas!

ahhh Mary e Johny estão casados e com uma filha lindona!!!

Bjks Aletéia (ALE)

domingo, 27 de abril de 2008

Câmera 7


Apartamento 403 – 02:17:03 AM
Câmera 1: sala – vista frontal
A porta se abre e os spots no teto se acendem. Fabi entra seguida por um rapaz de jaqueta azul cobalto. Ela o puxa pelo colarinho e o beija com gula. Ficam em pé sugando-se por meio minuto, enquanto as unhas vermelhas de Fabi passeiam pelas costas do rapaz e começam a puxar sua jaqueta para baixo.
Câmera 3: sala – vista lateral direita
Mão de Fabi afaga a bunda do rapaz.
Câmera 2: sala – vista lateral esquerda
Mãos do rapaz passeiam pela parte posterior das coxas de Fabi.
Câmera 1: sala – vista frontal
A jaqueta azul cobalto é arremessada no chão. Fabi puxa pela nuca do rapaz e o faz beijar seu colo. Ele lambe seu pescoço. Então a empurra contra a parede.
Câmera 2: sala – vista lateral esquerda
As pontas dos dedos do rapaz acariciam a parte interna das coxas de Fabi, subindo e descendo.
Câmera 3: sala – vista lateral direita
Mão de Fabi entra na calça do rapaz, apalpando sua bunda por dentro da cueca.
Câmera 1: sala – vista frontal
Com os joelhos, o rapaz se embrenha entre as pernas de Fabi. Suas mãos levantam aos poucos sua a saia da moça. Os dois se olham firmemente. Ela começa a levantar a camisa do rapaz, passando a desabotoar de baixo para cima. Som de respiração ofegante.
Câmera 2: sala – vista lateral esquerda
Os dedos do rapaz descem aos poucos a meia de Fabi deixando surgir a pele branca em contraste com o preto brilhante da saia de latex.
Câmera 3: sala – vista lateral direita
O quadril do rapaz vem e vai, para a frente e para trás, pressionando o sexo de Fabi. Gemidos.
Câmera 1: sala – vista frontal
Metade da camisa dele está desabotoada e Fabi leva o rosto até seu abdômen, mordiscando pouco abaixo do plexo.
Câmera 3: sala – vista lateral direita
Mãos de Fabi passam a afrouxar o cinto. Suspiros.
Câmera 1: sala – vista frontal
Fabi puxa a fivela do cinto, tirando-o de uma única vez. Passa o cinto pelo pescoço do rapaz e puxa sua cabeça. Beijam-se enquanto as mãos dele percorrem as costas e barriga de Fabi por cima do tailleur de riscas de giz.
- Quer me foder? Então me segue.
Câmera 5: cozinha – vista da entrada
Fabi vem puxando o rapaz com o cinto por trás do pescoço para dentro da cozinha. Joga a peça de couro no chão, com a fivela fazendo barulho no piso cerâmico.
Câmera 4: cozinha – vista lateral direita
Fabi senta-se na pia. Abre as pernas, reconfortando o amante entre suas coxas. Abraça-o arranhando suas costas por cima da camisa enquanto ele mergulha o rosto entre seus seios.
Câmera 6: cozinha – vista lateral esquerda
A garrafa de menta sobre a geladeira é pega por Fabi. Ela a abre e despeja um fio do verde líquido sobre seus lábios. O casal mistura a bebida com suas salivas em um beijo sedento. Fabi o afasta com a mão, desabotoa o tailleur e deixa a bebida correr por seu colo, passando por dentro de sua blusa branca de alcinha.
Câmera 4 : cozinha – vista lateral direita
O rapaz aperta a blusa sobre o peito de Fabi, esparramando a bebida por todo o ventre e seios, fazendo surgir os mamilos saltados por baixo do tecido agora transparente.
Câmera 5: cozinha – vista da entrada
A boca do rapaz lambe a blusa encharcada de Fabi, correndo seus lábios levemente pelo bico dos seios. Fabi afaga seus cabelos e fica arfante, gemendo alto.
Câmera 4: cozinha – vista lateral direita
As pernas de Fabi abraçam o corpo do rapaz. As mãos do amante a puxam com rudeza pelo quadril. Novamente rebolam juntos atritando seus sexos.
Câmera 6: cozinha – vista lateral esquerda
Fabi subitamente repele o rapaz com um empurrão. Ele parece não entender a reação.
- Agora eu é que quero sentir o seu gosto. Qual o sabor do teu pau?
Câmera 7: área de serviço – vista da entrada
Fabi pula da pia e se encaminha insinuante até a área de serviço. Ao fundo, o rapaz parece perturbado.
Câmera 9: área de serviço – vista lateral direita
Fabi procura algo em um cesto até encontrar um lenço de seda cinza. O rapaz se aproxima. Ela o puxa pela calça e o empurra contra a parede.
Câmera 7: área de serviço – vista da entrada
Fabi coloca o lenço sobre os olhos do amante. Amarra por trás da cabeça. Leva-o para o lado, fazendo-o tatear sobre um objeto que não sabe o que é.
- Senta, puto.
Atendendo a ordem, o rapaz senta na centrífuga.
Câmera 8: área de serviço – vista lateral esquerda
Fabi tira por completo a camisa do rapaz. Mordisca seu mamilo e o acaricia com a ponta dos dedos até empiná-lo. Vira-se de costas para o rapaz. Levanta a saia e esfrega a bunda em seu peito. Rebola e pressiona. Gemendo, o amante tenta tocá-la, mas Fabi se afasta e abaixa a saia novamente.
- Sentiu como molhei seu peito?
Câmera 9: área de serviço – vista lateral direita
Fabi fica de joelhos e abre as pernas do rapaz. Aproxima a cabeça de seu sexo. Ele tenta mais uma vez tocá-la e Fabi novamente se afasta. Conformado, o rapaz acena positivamente com a cabeça, em sinal de que entendeu a brincadeira. Fabi chega com sua boca bem próxima a seu membro, que lateja por baixo do jeans. Ela puxa fundo o ar, sentindo seu cheiro. Depois, solta o botão da calça e desce o zíper lentamente, dente por dente. O rapaz joga a cabeça para trás como que não agüentando mais de tanta expectativa. Surge então o branco da cueca, com o pau pulsando ereto por trás do tecido. Fabi ablaca-o com a boca, fazendo os dentes percorrerem de uma extremidade a outra, da glande aos testículos.
Câmera 8: área de serviço – vista lateral esquerda
Fabi se levanta.
- Consegue seguir meu cheiro?
Câmera 7: área de serviço – vista da entrada
Afagando os cabelos do rapaz, Fabi se aproxima levantando a saia e colocando a mão por dentro da calcinha. Masturba-se por alguns segundos à sua frente. Tira a mão e leva o indicador bem próximo ao nariz do amante. Ele cheira. Ela lambuza seus lábios. Ele lambe.
- Vem.
Câmera 4: cozinha – vista lateral direita
Fabi vai saindo da cozinha, conduzindo o rapaz pelo cheiro em seu dedo. Ele se levanta inseguro, puxa a calça para cima e se atrapalha de início, levando as mãos para a frente e caminhando pé ante pé, a fim de não tropeçar ou colidir em nada.
Câmera 1: sala – vista frontal
Fabi sai da cozinha ainda trazendo o rapaz com o dedo pouco abaixo de seu nariz. Ele chuta o fogão mas prossegue, passando pela porta da cozinha e chegando na sala.
Câmera 11: corredor – vista de cima
Fabi estica o braço e acende a luz do banheiro. Agora, maltrata o rapaz, baixando a mão e deixando-o sem sua bússola do sexo.
- E agora, consegue sentir meu cio?
Câmera 12: banheiro – vista da entrada
Fabi entra no banheiro. O rapaz continua a segui-la, achando o rumo certamente pelo som de sua voz e de seus passos. Fabi vai para perto do box.
Câmera 13: banheiro – vista lateral direita
Ela tira um tubo branco da gaveta da pia. O rapaz continua entrando no banheiro, apoiando-se no batente da porta. Fabi espreme o gel transparente do tubo em seu dedo. Dá para o rapaz chupar.
Câmera 12: banheiro – vista da entrada
Ele primeiro cheira o gel com estranheza.
- Sente. Chupa.
Câmera 14: banheiro – vista lateral esquerda
O rapaz se delicia com o dedo de Fabi.
- É abrasivo, gostoso, pra você chupar em mim.
Câmera 12: banheiro – vista da entrada
Fabi tira o dedo da boca do rapaz. Senta-se no vaso, volta a abaixar sua calça até as coxas e fica por um instante apreciando seu pau duro por baixo da cueca. Ele parece apreensivo com a ausência de novos estímulos. Fabi pressiona suas coxas, passeando com as mãos ao entorno. Depois, aproxima a mão do membro e o aperta delicadamente. Sente um novo pinote, retesando o músculo todo, o que a faz estimulá-lo com um passeio de ponta de dedos, tateando a carne rija. Aproxima o rosto e cheira o falo altivo.
Câmera 13: banheiro – vista lateral direita
Fabi se levanta e agora aperta com força o pau do rapaz. Ela então passa o gel na ponta da própria língua e a faz tocar de leve os lábios do amante. Ele abre a boca e Fabi a invade. Leva-o para trás com seu corpo.
Câmera 11: corredor – vista de cima
Sem cessar o beijo, os dois se encaminham para o quarto. Ele pisa na barra da própria calça mas mantém o equilíbrio.
Câmera 16: quarto – vista da entrada
Entram no quarto e caem na cama afoitos, ele no meio das pernas de Fabi, já impaciente, quase um animal. Fabi afasta seus bichos de pelúcia sobre a cama com um braço enquanto tira o lenço dos olhos do rapaz com a outra mão.
Câmera 18: quarto – vista lateral direita
O rapaz a ajuda a tirar os brinquedos de cima da cama. Um urso de pelúcia cai, com a cabeça se desencaixando e revelando a câmera 17.

Lan House Spider Web – 03:15:19 AM
A câmera de vigilância da lan house é observada por Fabi, enquanto André explora o website estrelado por ela. O ambiente está semi-vazio: só os dois e um trio de adolescentes com fones de ouvido participando de algum game de tiros e mortes sangrentas. Incrédulo, o rapaz indaga com um sorriso nervoso.
- Então, quer dizer que agora eu sou um pornô star em Portugal?
- Não seja convencido. A estrela sou eu.
André a olha com um rancor que beira o incontrolável.
- E por que só em Portugal?
- Ah, porque só lá que é divulgado.
- Eu tenho vários amigos em Portugal, sabia?
- Se eles forem punheteiros, podem estar tirando uma com a sua cara.
Fabi ri mas André não faz eco.
- E por que não dá para ver em outros países?
- É porque tem de pagar em Euros.
- Como se no Brasil não desse para pagar em Euros, né.
- Até dá, mas que eu saiba não tem ninguém daqui acessando.
- Sei.
- Só tem europeus. Ah, japonês eu sei que tem também. Mas tudo dekasseguis, porque senão não entendem o que a gente fala.
- Dá para ouvir o que a gente fala?!
- Claro. Além das câmeras, tem microfones pelo ap todo.
- Agora entendi toda a sua gemeção e “palavreado”.
- Reparou como também sou pedagógica? Eu praticamente narro a trepada. E ainda crio um suspensezinho.
- Nós não trepamos.
- Tá, narrei a pré-trepada então.
André fica indignado com o orgulho daquela garota despudorada e aparentemente sem escrúpulos. Não consegue deixar de sentir uma ponta de admiração. Pára de brincar de dar zoom nos móveis e objetos que visualiza no site para dedicar atenção integral a Fabi. Vira a cadeira de rodinhas e fica de frente para a moça que veste sua jaqueta azul cobalto.
- Tá, então agora explica detalhadamente. Quero entender tudo.
Fabi suspira, esfrega os braços para se aquecer e puxa o cabelo para trás da orelha. Parece calcular seus pensamentos.
- Há um tempo, uma amiga tentou me convencer a fazer programas pra ganhar uma grana. Eu nunca fui afim, porque...
- Tá, me poupe das suas justificativas morais. Prossiga com a parte técnica.
Fabi fica ressentida com a grosseria.
- OK, ela me levou num tal de Jamur, e eu perguntei se não tinha um lance do tipo peep-show, saca? Daqueles de tirar a roupa com o cara vendo do outro lado.
- Já ouvi falar.
- Então. Eu não queria trepar, sabe. Só me exibir pra ganhar uma grana.
- Acelera.
- Bom, foi aí que ele me falou dessa treta do ap. Disse que iriam encher de câmeras, e tudo que eu tinha que fazer era morar lá e andar com o mínimo de roupa possível.
- E pagam bem?
- Depende. O que você faz da vida?
- Sou agente de viagens.
- Ah, mais do que você eu ganho.
Fabi cai numa risada debochada que faz o balconista da lan house olhar de atravessado em sua direção. Ela se aquieta não pela censura silenciosa do rapaz que lê seu gibi entre expositores de guloseimas, mas pelo semblante grave de André.
- Desculpe, não quis ofender. É que eu tenho uma amiga da sua área, sei o quanto ganham.
- Não quero saber das suas amigas.
- Tá, OK, continuando... é assim: eu ganho um percentual pelos acessos.
- Quanto mais gente ligada, mais você ganha.
- Sim, e é por tempo também. O cara compra tipo uma, duas, quatro horas, é assinante mensal, etc.
- Interessante, belo business, hein.
- E também paga por cam. O pacote básico é sala, quarto e banheiro, três câmeras por ambiente. Mas tem outros pacotes que dão direito a cozinha, área de serviço, quarto dois e câmeras de detalhes. Agora, se o cara é muito mão-de-vaca, pode até ficar com uma camerazinha só se quiser. Vai de uma a 35 câmeras, a gosto do freguês.
- O que tem no quarto dois?
- Ah, você não viu, né? É cheio de fantasias e fetiches. Perdeu.
- E onde ficam as câmeras de detalhes?
- Ih, essas tem um monte. No teto, nos móveis, atrás do espelho, no ralo do chuveiro...
- No ursinho.
- Também. Só não aceitei botarem lá as câmeras escatológicas: dão mais dinheiro, só que acho muito nojento e é muita invasão da minha intimidade, pô.
- E só ganham dinheiro com assinantes?
- Não, tem patrocinadores, tipo produtoras de filmes pornô que vendem DVDs no portal. Ah, e também merchandising.
- Tipo aquele gel abrasivo.
- Isso.
- E eu nem ganhei royalties.
André balança a cabeça incrédulo com o esquema.
- E você tem de ficar lá o dia todo?
- Não. Eu tenho direito a oito horas fora do ap. Só que tenho de avisar antes pra audiência se programar.
- Que escravidão.
- Ué, oito horas eu passo dormindo e oito horas fora de casa. As outras ficam para... “trabalhar”. Com você é diferente?
André se surpreende, pois não havia pensado nisso.
- E você não pode desligar nenhuma das câmeras nunca?
- Só a 12, quando vou... ah, você sabe.
- A 12 deve ser de frente pro vaso sanitário.
- Sabe tudo.
- Mas as outras não desliga nunca.
- Não. Aliás, olha aqui no site: nesse mapinha sempre indica onde eu tô por causa dos sensores de presença.
- Daí, os visitantes sabem onde te seguir.
- Simples, né?
- E é por isso que você me levou para transar em todos os cantos da casa?
- Claro. Obriga os manés a pagarem pra acessar mais câmeras. Ficam curiosos e não vão querer parar de bater uma bem quando a coisa estava esquentando.
- Genial.
- Pára de ser cínico. E não me recrimine, não fui eu que bolei.
- Mas não era para você só andar com pouca roupa?
Fabi simula um cigarro com a caneta que vê sobre a mesa do PC.
- Veja bem, a concorrência é danada nesse ramo. Enquanto eu só andava peladinha, outras meninas faziam de tudo e eu ia perdendo meu Ibope.
- Daí, começou a trazer uns carinhas para incrementar a audiência.
- Exato.
- E deu resultado?
Fabi dá uma baforada imaginária com a caneta.
- Olha, tem dado uns picos cada vez que rola sexo.
- E quanto mais selvagem melhor?
- Como você viu, eu não poupo esforços.
André volta a passear pelo ap 403 selecionando câmeras e dando zoom pelo ambiente vazio.
- A luz lá nunca se apaga?
- Não é isso. As câmeras têm infra-vermelho.
- Se não tivesse quebrado aquela porra daquele ursinho, você nunca estaria me contando isso tudo, né?
- Justo. Ai, que vontade de fumar.
- Pouco sacana você, hein.
- Você é um ingrato. Eu te salvei.
- Ah, é? Obrigado.
- Sério. Quando eu vi que você percebeu que tinha uma câmera dentro do ursinho, cochichei “vamos sair daqui” pra você não fazer escândalo. Porque senão...
- Senão o que?...
- Olha, o Jamur me disse que as câmeras também me protegeriam de maníacos e de gente que descobrisse o esquema. Por isso, eu deduzo que se você fizesse uma zoeira lá no ap, os caras apareceriam em dois tempos.
- Que beleza, ela tem guarda-costas 24 horas.
- Olha, eu nem deveria estar te contando isso tudo.
- Por que contou então?
- Porque você ficou muito puto e veio de lá até aqui me exigindo isso.
- Só por isso?
- Não. Para te tranqüilizar também. Agora você sabe que foi visto só em Portugal.
- Que besteira. Internet não tem fronteira, não seja ridícula.
- Calma, não me ofenda.
- Então não fala bobagem.
- Tem mais: contei toda a verdade pra você perceber que pode confiar em mim.
- Claro, claro, não existe pessoa mais confiável do mundo do que alguém que te leva para a cama com duas mil pessoas te olhando sem você saber.
- Você conhece alguém que foi tão honesta a ponto de revelar que é uma filha da puta já na primeira noite?
- Filha?
Fabi retrai o corpo ofendida. André percebe mas não se sente na obrigação de fazer nada para se redimir. Então, prossegue com a inquisição.
- Você poderia ter mentido.
- Não faria isso. Eu confio em você.
André a olha surpreso, não esperava a resposta.
- A gente se conheceu há menos de seis horas, guria?
- E daí? Não tem gente que você não confia justamente porque conhece bem?
Mais uma vez, o raciocínio de Fabi deixa André desconcertado. Ele se aborrece em não poder discordar de alguém que parece merecer todo tipo de recriminação.
- Você então sai todas as noites caçando caras para transar?
- Não. Comecei há pouco tempo.
- Não quero saber quantos.
- Você é o terceiro.
- Eu disse que não queria saber.
- Juro.
- Tá, tá. Ei, mas quem é o dono do apartamento?
- Parece que é um roteirista.
- Que ótimo, agora vamos virar personagens de filme.
- Não. Ele nem sabe que fizeram essa zona. O apartamento é alugado.
- Pelo tal de Jamur.
- Justo.
- Gênio.
- E filme pornô nem precisa de roteiro mesmo.
Fabi chama a atenção de André para o site novamente, clicando com o mouse pelas ferramentas que manipulam recursos de visualização do apartamento.
- Mas olha como é bacana: dá pra dar zoom, ouvir as músicas que eu escuto lá... e quem tem o pacote master recebe torpedo informando quando eu estou em casa.
- Um luxo.
- Só. Tenho até fã-clube.
- Olha, já está dando nossa hora. Mas deixa eu te dizer uma coisa: se alguém gravou minhas imagens transando contigo e distribuiu por aí, juro que revelo todo o esquema e te processo.
- OK, você tá certo. Eu faria o mesmo.
- E mais: se eu te pegar à noite seduzindo algum amigo meu para levar pro esquema, te processo também.
- Se não for teu amigo tudo bem?
- Tudo, ué.
- Não parece ser uma reação muito íntegra, né?
- Íntegra... haha, olha quem está falando de integridade.
- Você está pedindo para eu não cantar seus amigos por ciúmes.
- O que?!
- É sim. Duvido que já te excitaram do jeito que eu fiz.
- Realmente, foi uma experiência incrível. Confesso que nunca transei por todos os cômodos de um apartamento numa só noite. A sorte é que não tinha sacada.
- Todos não, faltou o quarto dois.
- Ah, é. Dos fetiches.
- E nós não transamos.
- Sorte a minha, não paguei tanto mico.
- Eu gostei de você.
- Escuta, a gente tem que ir, tá vencendo a hora do nosso acesso.
- A gente fez um belo par. Você pode voltar lá outras noites. Pode vestir uma máscara se quiser.
- O que?! Cada proposta.
- Eu sei que você quer voltar.
- Olha, interessante essa sua faceta romântica. Mas não vai rolar. Sua audiência vai querer que você varie com outros caras. Logo vai receber e-mail pedindo que você faça com dois ou três, que faça uma suruba. E eu não vou me dar muito bem com o quarto dois, porque lá deve rolar sadomasoquismo, tô certo?
Fabi não sabe o que responder, apenas abaixa a cabeça lamentando.
- Deu nossa hora.

Rua XV – 04:17:01 AM
Fabi acende um cigarro enquanto André observa a câmera de vigilância urbana da prefeitura. No silêncio da madrugada, ele consegue ouvir o aparelho mexendo-se no interior da bolha de tom âmbar.
- Hmmm... eu estava quase matando o balconista da lan por causa de um cigarro, sabia?
- Fuma rápido porque tá frio.
- Eu não tenho pressa, não queria sair de perto de você.
- Já disse que essa faceta romântica não combina com você.
- Você me conhece há menos de seis horas.
Nada era mais irritante para André do que usarem suas próprias palavras. Ele olha para os lados apreensivo.
- Aqui é perigoso.
- O mundo é perigoso.
- Vai filosofar?
- Vou, se você quiser.
- Vou entrar no meu carro, você se importa?
- Claro que sim, que cavalheirismo é esse?
- Tá frio.
- Também acho, então me aquece.
- Garota, escuta aqui, logo vai amanhecer e eu...
Fabi pega de súbito a mão de André e aproxima de sua palma a brasa do cigarro. Ele chega a sentir o bafo levemente ardido da chama, percebendo estar a milímetros de sua derme alva e borrifada de pequenos pontos vermelhos pelo frio.
- Escute você. Se me interromper uma única vez, juro que atravesso sua mão com meu cigarro. Eu sou assistida todo dia o dia todo por sei lá quantas mil pessoas, mas sou a pessoa mais solitária que você já conheceu. Eu não escolhi você naquela boate para ganhar mais audiência, mas porque realmente te queria. Porque pela primeira vez na vida descobri que a audiência que eu mais desejava era a de um único homem. Agora, se você só consegue me ver como esses Internautas com uma mão no mouse e outra no pau, é porque tem mais é que se juntar a eles. E eu não tenho faceta romântica, eu sou romântica. Faceta é o que eu mostro para as câmeras. Nesta noite eu contei muitas mentiras, mas nenhuma delas foi pior que uma omissão: a câmera sete, a da área de serviço, é a mais reveladora de todas, porque às vezes eu vou pra lá, cubro a lente com um pano e abafo o microfone com a palma da mão, que é para ninguém me flagrar chorando. Se quiser, você pode ir para casa e comprovar. Quando não der para me ver em nenhuma das câmeras do ap, mas o sistema indicar que eu estou lá, aciona a sete: você vai ver tudo escuro, mas aumente o som que vai dar pra ouvir uns soluços bem baixinho. Essa sou eu.
André mira fundo nos olhos de Fabi, duas câmeras molhadas e com íris sinceras. Consegue se olhar por dentro e, na tela de seus pensamentos, observa medos diversos: de seu poder de magoar, de errar e, principalmente, de desperdiçar. Fabi puxa o cigarro para a boca e solta a mão de André, que cai pela gravidade (da situação). Dá a última tragada e arremessa a baga para o meio da rua. Um carro passa e a faz rolar para a beira de um bueiro. O vermelho do fogo se inflama com a adição repentina de oxigênio, depois se esmaece e some no negro do asfalto. André precisa dizer algo, mas não sabe o que poderia falar que não se confundisse com a seqüência de cinismos que perpetrou tantas vezes naquela madrugada. Fabi clama por um sinal de vida ou revolta, mas não de indiferença. A urgência a faz remexer nos bolsos à cata de outro cigarro. Mas André é mais rápido que seu Zippo.
- Você tem durex em casa?
- Claro.
- E papel e caneta?

Apartamento 403 – 05:28:34 AM
Câmeras 1 a 35: fim

Mario Lopes

sábado, 26 de abril de 2008

Quero meu milhão


Se o BBB fosse lá em casa eu ganharia um milhão!! Mas tenho certeza de que eu, e você também, merecemos este prêmio pois vivemos num eterno BBB. Somos personagens do verdadeiro SHOW DE TRUMAN!
É engraçado como este tema gera discussão. O que este programa tem de diferente? Ele é um retrato de nossa sociedade.. desde que éramos fetos na barriga de nossas mães. Lá, naquele espaço pequeno e cheio de água ela já ficava de olho em nós, cada mudadinha de lugar ou manifestação de vontade própria a mão na barriga era um aviso de que estava cuidando de nossos movimentos. Quando nascemos diversos olhares estavam a nossa volta... o dos médicos e depois dos pais, dos avós, tios, etc e de diversas pessoas que insistiam em espiar a amamentação, ver a troca de fraldas e até o banho..tem exposição maior?
Acha que acabou por aí? Não, não! Um pouco maiorzinhos outros personagens surgem para monitorar nossas vidas. Quem nunca teve um vizinho fofoqueiro? Aquelas senhoras que ficam o dia inteiro na janela de casa monitorando a nossa vida. Muitas chegam ao ponto de saber a roupa e a hora que saímos de casa. Não é mesmo?
Um outro exemplo é o trabalho. Sempre tem aquela pessoa que fica monitorando o tempo que ficamos na Internet ou quantas vezes vamos ao banheiro só pelo prazer de bisbilhotar. Estes são alguns exemplos mas outros inúmeros devem passar pela cabeça de vocês.
A única diferença das nossas vidas para o programa de televisão é que ao assistir o BBB você está sendo bisbilhoteiro e sabendo da vida do outro sem nenhum problema. Nenhuma pessoa vai dizer que você é fofoqueiro ou deve cuidar da sua vida..e sim vai ficar comentando com você os fatos cotidianos das pessoas que estão ali, do outro lado da tela. O que acontece quando estas pessoas saem da TV? Depois de um tempo a vida delas volta ao normal... hehehe na minha opinião o BBB da vida real deveria pagar mais que um milhão pois estar na TV é muito fácil, dura só 3 meses, e agüentar tudo isso desde que nascemos é a verdadeira dificuldade.
E VIVA NOSSO PRIMEIRO MILHÃO!!!

Josiany Vieira

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O BBB da Mônica no país das maravilhas...


Se o BBB fosse aqui em casa, a rotina dos ‘brothers’ seria muito diferente. A corneta, para pular da cama, tocaria às 06h da matina. Entre as 07h e 12h todos estariam sentados em bancos duros de uma sala de aula e estudariam diversas disciplinas, entre elas: língua portuguesa, filosofia, sociologia, ciência política, história e literatura. Teriam pausa de uma hora para o almoço (viu que boazinha que eu sou?!) onde uma alimentação saudável seria servida, de preferência, com hortaliças sem agrotóxico tiradas da horta da casa, cultivada pelos ‘próprios’. Se não plantassem e cuidassem, não comeriam. Justo, não? A tarde começaria com duas horas de meditação, cada um teria que permanecer em silêncio, examinando o seu eu interior, ao som de algum mantra zen-budista. Após a meditação, um pouco de diversão, afinal, ninguém é de ferro... Jogos de estratégia, como o WAR, por exemplo, ficariam disponíveis. Depois do jantar, que seria servido lá pelas 19h, hora do banho (de no máximo 10 minutos) e depois cama, claro. Dormir cedo seria uma regra da casa e conversas noturnas não seriam permitidas. O vencedor do BBB da casa da Mônica seria aquele que tirasse as notas mais altas nas provas finais, e que conseguisse cativar todos dentro da casa, com sinceridade, é claro. Será que o meu BBB daria audiência?!


Mônica Brother W.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Carta ao George





Se o BBB fosse lá em casa, EU PEGAVA O ALEMÃO.
Hehe, brincadeirinha, não vou escrever só isso, não se preocupem.

Se fosse possível escrever à George Orwell, eu diria:


Curitiba, 24 de abril de 2008.

Querido George Orwell,

Sou sua admiradora. Tive o privilégio de, já no início da minha graduação, ler seu livro 1984. Aprendi muito com a obra, apesar de, em muitos momentos, me sentir levando socos no estômago. Pesadinha, hein, George. Ler antes de dormir não tinha como. Hoje, vivo no início do novo século e posso dizer que, na cultura e na tecnologia, muita coisa mudou dentro do que você previu, mas de um jeito diferente. Participo de um “folhetim online”, ou seja, uma manifestação literária por um canal chamado Internet, que liga pessoas do mundo todo. O tema desta semana é sobre um programa de TV que leva o nome de um de seus personagens, O Grande Irmão. Perdoe-me o anacronismo, mas gostaria muito de poder, nesta carta, mostrar um empreendimento que existe nos dias atuais com uma idéia similar à sua, de pessoas vigiadas tal qual acontecia com O Grande Irmão.
Na década de 40, você genialmente contou a história de uma sociedade do futuro, na qual as pessoas não teriam privacidade em virtude de um sistema de vigilância que as controlava 24 horas por dia. Há pouco, no início dos anos 90, uma empresa holandesa chamada Endemol tirou da sua obra o nome para um programa de TV que virou franquia em muitos países.
Ao contrário do seu livro, este é um programa muito criticado pelos intelectuais da atualidade. Sobre a discussão do efeito cultural do Big Brother, não acho apropriadas as críticas que invalidam o programa enquanto forma de entretenimento. Claro que não é nada fantástico ou inteligente, mas há quem goste e se divirta em invadir a privacidade alheia. Ou até por que não dizer o gosto pela intriga, pela torcida organizada deste ou daquele personagem. Sei lá, isso também não importa, mas temos que admitir que o Big Brother Brasil tem tanta finalidade cultural quanto uma novela, ou seja, nenhuma! A propósito, novela é outro folhetim moderno que vem da TV para preencher o tempo das pessoas, e que você talvez ouvisse nas rádios, só que com o nome de soup opera.
E se o povo estivesse assim tão preocupado com a cultura, não teríamos os índices astronômicos de audiência que as novelas têm. Aqui cabe um parêntese: é a mesma história dos reclamões de plantão que dizem que os jornais só publicam violência e desgraças. Ora, é o que parece que todos querem ler. O ovo nasceu antes da galinha ou a galinha antes do ovo? Ai que bagunça. Vamos voltar ao tema.
O Big Brother ainda tem um atrativo a mais. A tecnologia a favor do poder da escolha do público. Isso é novo ao entretenimento dos telespectadores. Nas novelas, as pessoas identificam sempre o vilão, como acontece no Big Brother, mas nelas o telespectador está na mão do autor, torcendo para que seu personagem favorito se dê bem no final e para que o vilão morra, enquanto que no programa há possibilidadede votar e eliminar o vilão de cada um, dando a impressionante sensação de tarefa cumprida, de vingança. Aqui entra o lado genial do BBB. O lado capitalista da brincadeira. Fora as publicidades e merchandising que o BBB gera, imagine quanta grana este programa de sutis similaridades com a sua obra gera? É claro que o quarto poder, com uma ferramenta como esta, tem um acordo com as operadoras de telefonia. De R$ 0,30 o custo de cada ligação, 50% devem ficar com eles (ou quase isso) com certeza. Quantos milhões de "votos" são feitos por semana? Coloque isso em cifras. Bom, para você a conta talvez não gere nenhuma constatação prática, já que não conhece nossa moeda, mas saiba que ficaria impressionado, George.
Prefiro não defender ou atacar o programa de forma veemente, apenas confesso que assistia quando podia e que, pelo lado cultural, ele não me proporciona absolutamente nada, mas existem coisas engraçadas e divertidas. É tão nocivo quanto uma novela. Só que o melhor é que dá para assistir antes de dormir, George.


Verônica Pacheco


quarta-feira, 23 de abril de 2008

Que BBB que nada, o melhor é SDI (Sex, Drugs and Industrial)

E o tema da semana é se o BBB fosse lá em casa.

Pra mim, um tema difícil porque a) não sou muito chegada em câmeras, tirando algumas exceções b) nunca assisti um episódio inteiro dessa chatice...Big Bosta Brasil
Fiquei pensando, pensando e, desde que esse maldito programa começou sempre tentei imaginar a seguinte situação: se eu fosse pro BBB 1) não iria pois nao estou dentro dos padrões 2) se fosse seria eliminada na 1a semana por reclamar demais e ser anti-social 3) ia tomar um porre e xingar toda aquela gente idiota...

Na verdade eu nunca aturei ver um programa inteiro, sempre vi de relance puramente por uma questão antropológica mesmo. Desse último não vi nem rastro, sinceramente para o meu gosto é tudo muito chato e enrolado, sou mais um seriadinho de investigação policial. Mas voltando à temática:
Se o BBB fosse aqui em casa eu seria a primeira a ser fuzilada no paredão pq certamente irritaria os telespectadores com minhas manias:
a) ouvir música (as minhas músicas) praticamente o tempo todo e ainda cantar;
b) ficar quieta por um bom tempo lendo e/ou escrevendo;
c) passar muito tempo na internet
d) imagina então quando eu tivesse que escrever um paper coisa que leva horas a fio?
e) e as minhas discussões sobre sci-fi, metafísica e teoria literária com alguns dos meus amigos, o povo ia querer morrer...
Em suma, o programa seria uma verdadeira nerdice...rs que pra mim é muito divertido mas provavelmente pra maior parte das pessoas pode soar como um tédio completo.

Outra coisa que poderia ser muito mais interessante era um BBB mais trash com pessoas a) bizarras b) drogadas c) pornozão hardcore BDS&M incluindo as alternativas anteriores....rs ah sim e a trilha sonora não seria Pitty, nxzero e sim muito my life with the thrill kill kult, combichrist, suicide commando... dai sim :)



Por fim, se eu tivesse que escolher alguém pra rolar um BBB aqui em casa, seria com esse moço da foto ai em cima, meu muso UHU! Andy La Plegua (vocalista do combichrist) é lindo assim ao vivo - posso falar porque já vi esse norueguês bem de pertinho e quase desmaiei com a obra completa na minha frente (a uns 15 cm de mim) ...rs ainda mais mandando ver no jack daniels.... A morenaça belzebu que posou com o deus nórdico pra um ensaio do site Blue Blood é nada mais nada menos do que a esposa de Andy, a modelo Kellie. Esse BBB eu pagaria no payperview com muito sex, drugs and industrial (combichrist)

Lady A.

UPDATE: compartilho com vcs a trilha do meu private BBB

terça-feira, 22 de abril de 2008

O vencedor do meu BBB

Após inúmeros anos aguentando esse programa de TV sofrível, mas assustadoramente assitido pela população, já é possível apontar algumas características básicas para aumentar o ibope e chegar a ser um vencedor do Big Brother Brasil: Ser cativante, fofo, sexy, queridico com personalidade, arranjar um(a) namoradinho(a), mostrando toda a sua sensualidade e paixão pras câmeras...Então, não tem pra ninguém, se o BBB fosse lá em casa, o grande vencedor seria FLOPY!!!









Confraternizando com os brothers

Prova da comida
Prática mais comum de todos no programa: morgar

E... namorando...............E...............oh.......................
De novo?!?!?!
By Mazé Portugal
PS: Estas imagens são de direito exclusivo, não podendo ser copiadas e usadas em outros sites. Tenho de preservar a imagem do meu vencedor.rs

segunda-feira, 21 de abril de 2008

BBB a sigla!

Tema da semana: Se o BBB fosse lá em casa...

BBB - Muita festa, comida e bebida à vontade uhhh seria tudo de bom na minha casa ou melhor ainda na “pobre” casinha da Globo...

Particularmente nenhum BBB me atraiu em nenhuma edição!! não vou nem comentar sobre BBB, pois espero que essa tenha sido a última edição! Espero que acabe!!! BBB já encheu o saco!!! BBB – Bom, Bonito e Barato... uhhh AMO uma promoção BBB roupinhas, bolsinhas, sapatinhos, pulseiras, brincos, colares, coisinhas para minha casa... uhhh completamente irresistível... BBB – Beijo, Bem, Bonzão... uhhh gente tem coisa melhor do que um beijo bemmmm gostoso... um não, milhões de BEIJOS! e depois poder levar para casa... BBB – Bum Bum Bem Bonito – ahhh quem não resiste a BBB bem bolinha (redondinho) fofinho... ótimo para dar deliciosas mordidinhas ahhaha completamente irresistível !! e ainda na minha casa 24 horas por dia aahahahhah BBB – Bonito, Bacana, Bondoso, Belo, Bicho Grilo – são algumas características fundamentais para o início de algo bem interessante.... que pode terminar sem dúvida na minha casa ehhehehhe!
BBB – Bota, Brinco, Blusa – kit básico para uma balada! sair da minha casa arrasando e voltar com BBB's!!!


Bjks Aletéia (Ale)


sábado, 19 de abril de 2008

Assim não dá para querer gozar

100 coisas que os homens odeiam que as mulheres façam antes, durante ou depois do sexo:

1) Quando uma mulher diz ficar embaraçada ao falar sobre sexo só para se passar por boa moça.
2) Quando usa decote generoso, minisaia de dois dedos ou calça justa, justíssima, JUSTÍSSIMA, e te chama de tarado se você fica olhando.
3) Quando usa fio dental na praia mas fica se escondendo de você se está usando calcinha daquelas que parecem calçolão usado pela avó.
4) Jura ter uma calcinha sexy de rendinha, toda cavadinha e transparente, para usar em ocasiões especiais, mas parece que as tais ocasiões especiais nunca chegam (pelo menos não com você).
5) Pede para você usar uma cueca de sex shop que te deixa mais ridículo do que atraente (tipo com uma gravatinha borboleta na frente do bilau e com "me aperta" escrito na bunda).
6) Assume já ter praticado topless numa praia na Europa ou mesmo naturismo num balneário lotado bem perto de onde você mora, mas não te mostra nem a manchinha de sol que surgiu no ombro.
7) Diz não ter nenhum tabu em sexo mas, quando você pergunta "já fez isso?" ou "já fez aquilo?", faz cara de nojo e te olha como se você fosse uma aberração sexual.
8) Quando namora com você e, numa reunião descontraída entre amigos, resolve falar abertamente que toparia sexo grupal, justamente perto daqueles caras para os quais você jurou que ela era comportada até demais.
9) Quando sua namorada diz que toparia um swing (sem especificar com quem) num inocente jantar com um casal de amigos.
10) Quando te anima dizendo que toparia um menage-a-trois, mas daí arremata que só rolaria se o tal terceiro elemento não fosse elementA.
11) Assume que já teve um affair com outra garota, mas, para não ficar em situação diplomaticamente complicada, acaba jurando que foi só quando era criança e sem tirar a roupa.
12) Diz que acha sadomasoquismo abjeto, porém ri mordendo os lábios cada vez que vê na TV alguma situação envolvendo salto alto, chicote e máscara, ou um clip da Madonna.
13) Afirma não curtir sexo e drogas mas fica saltitante se sabe que alguém no camping tem um baseado (ou adora ficar de pileque para transar, sem classificar álcool como droga).
14) Quando está quente diz que prefere transar no frio, quando está frio diz que prefere transar no calor.
15) Transa de luz apagada da primeira vez só para não ser vistas fazendo coisas de "vagabunda" ou para não ser flagrada com suas gordurinhas ou celulites (que homem nenhum nunca identificaria sem uma boa lupa ou um "olha aqui como eu tenho" apontando exatamente o ponto).
16) Quando te convence de que seria especialíssimo transar em um motel aconchegante, mas, quando você a leva em um, faz tantos comparativos com outros motéis e descreve tantas coisas nas suítes pelas quais já passou, que você se sente levando uma criança pela milésima vez no parque de diversões.
17) Quando no motel tem sauna, hidro, escorrega, o escambal a quatro e ela só quer saber de transar... "na cama porque é mais confortável".
18) Diz que não existe comida afrodisíaca mas, quando sai naquela noite que você sabe que não vai dar pra ninguém só por birra, ficam de "hmmm... cerveja/azeitona/parmesão (ou até rolmops) me dá um tesão...".
19) Diz querer transar em lagoa, mato, relva, floresta, duna, cachoeira, mar, capô de carro, banheiro de boate, caverna do Bin Laden, prédio em construção, mas, na primeira oportunidade, se retrai com um: "ai, mas é muito perigoso".
20) Como a grande maioria das mulheres, diz que o lugar mais estranho em que já transou é a escadaria do prédio ou o elevador, mas, contrariando todas as estatísticas, você nunca flagrou ninguém transando em tais lugares, flagrou?
21) Diz adorar transar no carro, mas sem especificar que tem de ser com ele parado, com música da Sade no CD player, num drive-in da moda e com milk shake de morango esperando de sobremesa.
22) Diz gostar de transar pela casa toda, e você descobre que é verdade, contanto que tenha um colchonete em cada cômodo.
23) Antes de fazer sexo oral olha para você e diz “só não vai gozar, hein”.
24) Não permite que você pratique o método Eliana (dos dedinhos) nem com KY, sabonete ou uso do dedo mínimo (só aceita mesmo se for o dedo mínimo da mão esquerda do Lula).
25) A garota diz adorar literatura erótica, contanto que não tenha palavras obscenas como “pau” e “xoxota”, ui.
26) Você diz algo sensual e ela pede para você ser menos vulgar.
27) Ela pede uma massagem, você se entusiasma, compra incensos, CD com música new age, prepara o ambiente com almofadas, bezunta as mãos com óleo aromatizado de cravo e daí descobre que ela só quer uma pressão dos indicadores nas têmporas para acabar com a dor de cabeça.
28) Você confessa que costuma despir uma mulher com os olhos e ela fica brava, daí você descobre que é porque não estava, no ato da revelação, usando calcinha formando conjunto com o sutiã.
29) Ela confessa que já se estimulou pensando em você, mas se nega a contar como eram os tais pensamentos, mesmo depois de você ter revelado, tim-tim por tim-tim, como a havia homenageado na noite anterior.
30) Diz que sempre fica excitada e arrepiada bastando um mínimo toque seu, mas mesmo depois de uma hora de preliminares, insiste que faltou estimular mais antes de partir para dentro.
31) Confunde ser sexy com parecer vagabunda (e, pior, acha que há problema em parecer vagabunda).
32) Você pergunta o que ela tem de mais sexy e a garota responde de um jeito enigmático: "descubra você". Você fica curioso, procura, pesquisa, investiga, sai com ela, ficam, transam, a curiosidade aumenta, namoram, noivam, casam, envelhecem, e, quando já está no leito de morte, você se nega a querer saber a resposta mesmo podendo ser este seu último pedido (a não ser que você tenha tara por vovó sexy).
33) Você revela que já se masturbou para ela, e a garota simula estar enojada, quando você sabe que, na verdade, está orgulhosa, tanto que não vê a hora de contar para todas as amigas (estas sim vão passar a te olhar com nojo).
34) Ela diz que confia em você plenamente, mas nunca se deixa ser fotografada ou filmada transando, mesmo com você deixando a câmera com ela para depois deletar as imagens.
35) Afirma curtir saber do seu lado voyeur mas, na primeira oportunidade que você tem de flagrá-la pelo vão da porta se despindo, dá uma intimada colocando a toalha sobre o corpo e indagando: "o que você tá olhando aí?!".
36) Você a despe botãozinho por botãozinho lentamente e ela: "tira de uma vez". Em outra ocasião, você quase rasga a roupa de tão rápido que a tira e ouve: "um pouco de delicadeza não seria nada mau".
37) Você vai tirar a calcinha com os dentes e ela pede para que pare porque tem medo que arrebente o elástico.
38) Ela sai de saia e sem calcinha para o caso de poder aproveitar uma oportunidade de excitar, tipo levantando e mostrando que está sem nada enquanto você dirige. Deixa você de pau duro, mas quando rola uma parada de "emergência" para transar num lugar insuspeito, como banheiro de boate, pinta medo ou nojinho do ambiente e você acaba o dia tendo de fazer justiça com as próprias mãos.
39) Pede para ver filmes pornôs, a fim de pegar inspiração e conhecer idéias novas, mas ao invés de praticar o que está vendo não tira os olhos do mastro monumental do “artista” que está na tela.
40) Revela que eventualmente sonha com sexo mas, quando você pergunta com quem já sonhou, vem a resposta "ah, não posso dizer" - se ela é sua esposa, saberá que sonhou com seu melhor amigo; se não é, saberá que sonhou com você, mas que está fazendo doce.
41) Você pergunta o que a garota faz de mais ousado em termos de sexo e ela responde "você nem imagina". Quando chega na hora da cama, daí você descobre: sexo oral.
42) A mulher aplica silicone ou faz lipo e, pronto, acha que é o que basta para ter se tornado uma máquina sexual (o cara agora que se vire).
43) Mulher que lança mão de padrões impossíveis só para se fazer de exigente ou experiente: pau de mais de 40 cm (quando mole), bíceps do tamanho do corcovado, barriga que dá pra passar roupa em cima e todo o descritivo de go-go boy de boate gay - só que hetero.
44) Quando você pergunta qual a zona mais erógena do corpo dela, vem a resposta: "todas". Só que, depois de algum tempo (e baixado o entusiasmo da falsa promessa), você descobre que ela só tem uma: o bolso.
45) Ela diz que acha o pinto feio mas não tira da boca (talvez para não ter de olhá-lo).
46) O beijo de língua é mecânico, sem intercalar a velocidade e a intensidade dos movimentos, parece que é uma carne desgovernada penetrando a sua boca com truculência e sem nenhuma feminilidade (sim, língua tem sexo). Pior ainda se não sabe aplicar a maciez dos lábios, a ponta da língua, a massagem na gengiva e céu da boca, enfim, não sabe usar dos mecanismos bucais em múltiplas aplicações. E não permite que você use.
47) Diz gostar de encenações, como fingir estar sendo estuprada, contanto que o estuprador seja gentil e peça cordialmente para fodê-la, ops, digo, para fazer amor.
48) Mulher que não gosta de levar nem um tapinhazinho. Nem na bunda. Porque acha que você a está humilhando, cuspindo nos direitos conquistados em décadas de luta feminista, fazendo pouco caso dos méritos das mulheres, sendo chauvinista e machista, usando de truculência e subestimando o poder do sexo oposto. Um pulha.
49) Acha que você é um pedófilo se assume que gostaria que ela fizesse depilação da xoxota.
50) Diz que não tem nenhum fetiche, mas se molha toda quando vê Don Juan de Marco. Você tira dela a confissão de que gosta de capa, botas e máscara, gasta uma naba na fantasia e, quando surge com ela, ouve "ah, mas você não é o Johnny Depp, né".
51) Quando você broxa e ela diz "calma, relaxa" ou "calma, eu entendo" ou "posso fazer alguma coisa?" ou "como é que você dá uma dessas?" ou "posso te chupar pra ver se sobe" ou... ah, enfim, quando você broxa e ela fala qualquer coisa.
52) Diz que já fez de tudo em termos de sexo, mas muda de calçada quando passa por frente de uma sex shop.
53) Afirma morrer de curiosidade para praticar todo o Kama Sutra, mas fica toda irritada a cada vez que você tenta sair do papai-mamãe.
54) Morre de vontade de transar quando está menstruada, mas não assume com medo de que você a ache anti-higiênica ou bizarra.
55) Chama você para uma rapidinha e depois reclama que demorou pouco nas preliminares (talvez o nome devesse mudar para “demoradinha”).
56) Gosta de transar sem tirar a roupa, tipo virando a bundinha de lado, levantando a saia e afastando a calcinha, mas fica uma fera se respinga uma gotinha no traje que está vestindo.
57) Gosta de ficar por cima, mas só se for de frente para você, porque morre de vergonha que, de costas, você veja o “outro lado do mundo”.
58) Não suporta posições mais submissas, como ficar de joelhos ou amarrada, e ainda dá uma trauletada: “tá pensando o que?! Que eu sou tua escrava?!”.
59) Afirma que é capaz de passar horas transando, mas, antes de fechar 60 minutos contigo, reclama que já está toda assada.
60) Depois de gozar algumas vezes, cisma que também tem de te fazer gozar, nem que seja te masturbando como se o seu pau fosse uma coqueteleira.
61) Jura que já transou com caras que gozaram seis ou sete vezes, logo depois de você ter gozado a primeira (e única) vez na noite.
62) Garante que já acharam seu ponto G, mas não sabe onde fica, não se esforça em te ajudar a achar e ainda arremata: “poucos conseguem encontrar mesmo”.
63) Narra transas que beiram o sobrenatural, com orgasmos múltiplos fortíssimos, cópula com poderosos atletas sexuais, uma quantidade incomensurável de posições na mesma noite, etc, só para que você tenha que dar o máximo de si (e do seu pau) sob pena de passar vexame se não levá-la ao nirvana.
64) Diz já ter feito, e adorar, sexo tântrico, mas quando você começa com massagens erógenas nas preliminares e busca estímulos mais sutis, ela exige que você “bote pra dentro de uma vez, pô!”.
65) Você a flagra chorando de êxtase depois do gozo e ela, para garantir que você não ficará se achando, diz que “ai, essa gripe me mata”.
66) Diz, na hora da raiva por causa de uma briguinha, que fingiu ter gozado na noite anterior (mesmo tendo acordado metade da vizinhança e se debatido na cama mais do que a menina do filme O Exorcista).
67) Morde e te arranha inteiro, até ficar todo marcado nas costas e braços, mas fica indignada se você deixa nela uma marquinha de chupão na virilha ou dá uma mordiscadinha no mamilo.
68) Apenas você rebola e ela só passa a fazer o mesmo naquela hora que você pede pra ela ficar quietinha porque está quase gozando.
69) No 69 se retrai toda (ou pára de fazer) se você resvala no ânus dela.
70) Se você soca forte, diz que deveria ser mais delicado; se é delicado, diz que deveria socar forte.
71) Fica irritada se você dá lapadas (esfregar o pau no rosto dela) e contra-ataca: “imagina se eu esfregasse minha xereca no seu rosto” (como se você achasse que isso pudesse ser algo desagradável).
72) Quando você pergunta de quais preliminares mais gosta, ela responde: “todas”. Daí, você se empenha em praticar “todas” e ela então solta: “faz em mim aquelas tais de preliminares pra eu ver se é bom”.
73) Afirma que sua especialidade em sexo é o boquete (é a resposta dada por 99% das mulheres, pode confirmar, só que daí você descobre que isso é dito por nunca terem pensado no assunto antes de ouvir a pergunta).
74) No sexo por telefone, deixa só você falando ou, pior, deixa só você falando e nem ao menos geme.
75) Fica escandalizada com a vizinha que grita quando transa, mas você saca que é pura inveja. Então a leva para uma casa isolada no meio do mato e ela ainda se nega a gritar, para não parecer com a vizinha, “aquela vagabunda, hmpf!”.
76) Ela fala palavrão o dia todo, mas, na hora de transar, não admite que você use termos alternativos aos científicos: vagina, pênis, ânus, sêmen, nádegas, etc.
77) Diz que gosta de ouvir coisas sacanas, mas te enche a mão na cara se você a chama de “minha safada”.
78) Gosta quando você faz oral, mas fica indignada se você cheira a calcinha ou lambe o forro.
79) Gosta quando você, em público, sussurra no ouvido dela que está de pau duro, mas ela nunca faz o mesmo quando está molhada.
80) Quando você indaga as coisas que ela mais gosta, recebe como resposta: “ué, descubra pro si próprio”.
81) Nega que se masturba, porque acha que isso pode ser sinal de que ela é uma mal comida.
82) Gosta de ver você se masturbando para ela mas se nega a fazer o mesmo por dizer ter vergonha.
83) Jura que nunca tentou auto-estimulação anal, nem mesmo embaixo do chuveiro.
84) Fica esfregando os peitos no seu rosto (oba!), mas, só pra te sacanear, não te entrega o bico do seio (grrrrrrrrrrr!) – isso é divertido por algum tempo, mas lá pelo décimo minuto começa a dar nos nervos.
85) Gosta de masturbar você, contanto que tenha uma toalhinha no criado mudo para estancar o jato na hora do gozo.
86) Mesmo depois de muitos e muitos minutos de você brincando com a língua no clitóris, ela puxa sua cabeça em direção a ele toda vez que você pensa em continuar a explorar outras áreas de seu corpo, até a boca começar a amortecer ou dar um mau jeito no maxilar.
87) Ela diz que é nojento engolir seu esperma, mas não se dá conta do quanto você bebe da lubrificação íntima dela quando pratica sexo oral.
88) Gosta de ser masturbada em público, sem ninguém ver, mas daí você percebe que ela aprecia a brincadeira principalmente quando vocês vão naquele restaurante que tem um garçom bonitão.
89) Gosta tanto de ser masturbada que quase te deixa com câimbra no indicador, mas, na hora da contrapartida, diz que sofre de tendinite.
90) Ao invés de chupar o pau como um picolé, morde como uma salsicha.
91) Ao colocar o saco na boca, faz sucção, puxa e quase esmaga com as mandíbulas.
92) Acha que a glande é mastigável.
93) Diz que sexo anal é errado porque ali não é lugar de se penetrar (como se a boca fosse feita para isso).
94) Quando você goza no rosto e peitos, ela corre para o banheiro lavar como se tivesse derramado ácido sulfúrico sobre seu corpo.
95) Diz que está deixando o sexo anal para quando casar (como se cu tivesse hímen).
96) Diz não gostar de ser lambida no ânus porque ali é anti-higiênico (até parece que a xoxota é asséptica como uma mesa cirúrgica).
97) Diz que não gosta de ser cheirada intimamente, como se ao fazer sexo oral você pudesse trancar a respiração.
98) Reclama que quer fazer de jeitos novos e, quando você faz de um jeito novo, reclama que você deveria muito bem saber como ela gosta.
99) Acha que ir em sex shop é coisa de anormais.
100) Foge de perguntas sobre sexo ou discussões sobre o tema não por ser pudica, mas porque sabe que não é bem resolvida no assunto e prefere não encará-lo de frente (nem de costas, nem de quatro, nem de ladinho, nem de bruços...).

Mario Lopes

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Não dá para gozar

Fiquei uns dias pensando no tema e decidi contar duas historinhas:

Era uma vez...

História 1: Três mulheres, uma noiva, uma casada e uma amante, estavam conversando sobre seus relacionamentos e decidiram agradar seus homens. Aquela noite todas as três iriam testar a sensualidade e o poder que exerciam sobre seus companheiros, usando corpete de couro, máscara nos olhos e botas de cano alto. Após alguns dias, elas tornaram a se encontrar. Cada uma relatou a sua experiência.
Disse a noiva: - Naquela noite, quando meu noivo chegou em casa encontrou-me usando o corpete de couro, botas com 12cm de salto e máscara sobre os olhos. Ele me olhou intensamente e disse: 'Você é a mulher da minha vida, eu te amo.' Então fizemos amor a noite inteira.A amante contou a sua versão: - Ah, comigo também foi parecido. Naquela noite encontrei meu amante no escritório. Estava usando um corpete de couro, mega saltos, máscara sobre os olhos e... mais nada! Usava uma capa de chuva para cobrir meu corpo. Quando eu abri a capa, ele não disse nada... Seus olhos me devoraram... me agarrou e tivemos sexo a noite toda.
E aí a casada contou sua história: - Naquela noite eu mandei as crianças para a casa da minha mãe. Arrumei-me como combinado: corpete de couro, super saltos, máscara sobre os olhos. Então resolvi incrementar o visual. Aproveitei para inaugurar um perfume novo e um batom vermelho que nunca tinha usado antes. Lembrei-me de um comentário que meu marido fez sobre a sensualidade da roupa íntima preta e coloquei a que acabara de comprar... um fio dental com um lacinho de cetim em ponto estratégico. Quando meu marido chegou do trabalho, abriu a porta e me encontrou em pé no meio do quarto fazendo caras e bocas. Olhou-me de cima abaixo e disse: 'E aí, Batman, o que temos para o jantar?'
Moral da história: realize suas fantasias antes de casar ou nunca conte para as amigas histórias trágicas como essa.

História 2: Festa de ano novo, chuva de fogos, várias bebidas e muitos desejos para o próximo ano. Em cena, vários casais reunidos, alguns que se conheceram ali, naquela noite, outros que já se conheciam há algum tempo mas a magia do novo ano os fez ficar juntos pela primeira vez. O grupo também tinha aquelas pessoas solteiras e um casal extremamente apaixonado, que foi passar sua primeira virada de ano junto com os amigos. A festa estava animada com direito a música e muita bebida. O casal se beijava, se abraçava e o calor daquele momento foi deixando os dois excitados. Após algumas cervejas, caipirinhas e bebidas tradicionais das festas de fim de ano, o casal resolveu ir para seu quarto. No caminho, a moça estava torcendo para que o trajeto acabasse logo, para que ela finalmente conseguisse ficar a sós com seu amor. Chegando ao quarto a moça arrumou a cama, apagou as luzes e os dois deitaram. Neste momento ela estava louca de vontade e quando foi beijar seu namorado eu exclamou: “Hoje não adianta me beijar, subir em cima de mim, arrancar minha roupa. Hoje não adianta nada, estou bêbado!”. O homem virou para o lado e começou a roncar em segundos...
Moral da história: Homem, sexo e cerveja não combinam. Ou o homem bebe ou ele transa!

De qualquer maneira, nas duas histórias, assim NÃO DÁ PRA GOZAR!



Josiany Vieira

GOZE-SE


Vamos ser sinceras, meninas. É muito fácil culpar os outros. É muito fácil culpar ‘ele’ por que você não conseguiu gozar. Claro, existem mil motivos e neuroses que nos perturbam e nos fazem perder o tesão. Aqueles motivos clássicos que todas sabemos de cor, por exemplo: o Homem Pão Duro. O cara leva a moça para jantar e reclama dos preços do cardápio; ou o Exibicionista, que antes da transa fica narrando seus grandes feitos; ou, pra piorar, aquele cara que no primeiro encontro vai te buscar de camiseta regata, tênis branco e pochete, com cheiro de perfume barato (ou sem perfume). Enfim, tenho certeza que todas nós poderíamos fazer uma lista com mil itens de situações que nos fazem broxar.

Mas, você saberia dizer qual é a sua parte de culpa por não conseguir chegar lá? Já pensou nisso? Afinal, o que a mulher mais precisa é de concentração, claro, além do estimulo e tals... Mas, se algo faz a mulher perder a concentração, FODEU (não que isso seja uma verdade absoluta, mas, é o que rola na maioria das vezes...). Imagina a transa perfeita, tudo indo bem, e, de repente chega alguém em casa, bem quando você ta quase chegando lá, você escuta aquele barulho de chave entrando na fechadura, as vozes se aproximando, e pronto, parece que um balde de água fria caiu sobre sua cabeça. Daí, você faz aquela força mental danada pra não deixar a peteca cair... Ou então, quando a cama começa fazer um barulho tão grande, tão grande, que você acha que o prédio todo está ouvindo e pensando: “olha lá, a vizinha do 62 está tirando a barriga da miséria hoje”. Você pode estar falando aí, do alto da sua cadeira de rodinhas “áhhhhhhhh, mas eu não me importo com os outros”. E eu, do alto da MINHA cadeira de rodinhas, digo: “DU-VI-DOOOOOOOOO”. Eu (na maioria das vezes) tou cagando para o que os outros acham, mas, não é nada confortável quando o vizinho sabe que você deu a noite toda e pior, quando no outro dia, você tem o azar de pegar o elevador com ele. Ainda com as bochechas meio coradas, de tanto ‘exercício’ que praticou a noite toda. Bom, já tou fugindo do tema, voltemos...

Quilinhos a mais, nos fazem perder o tesão por nós mesmas, nossas pererecas sem depilação, espelho no quarto com a nossa barriguinha caindo. Ah, outra coisa, na frente do espelho... quando você ta ‘saltitante demais’, sabe? Parece uma égua galopante e de repente, você se olha no espelho, e os teus peitos estão pulando, meio sem sincronia, você tem vontade de parar de trepar e cair no chão de tanto rir. Buscar a camisinha e não achar nunca dentro da sua bolsa que mais parece uma mochila de 90 litros daquelas que as pessoas usam para acampar. Lembrei de outra boa: quando você quer dar uma de fodona-boazuda, que sabe tudo do kamasutra e jura que consegue fazer aquela posição com as coxas na orelha, sabe? Daí começa a dar uma câimbra fortíssima, o ciático trava e você começa a uivar de dor e acha que nunca mais vai conseguir sair daquela posição. Hahahaha.

Bom, a minha intenção aqui era tentar, de uma forma divertida, fazer com que a gente não culpe tanto os outros quando as coisas não acontecem da forma como gostaríamos. Sabe, aquela coisa que a nossa mãe sempre fala, “olhe mais para o seu umbigo, minha filha”... Mãe sempre tem razão. Ah, e também, tente não levar as coisas tão a sério, principalmente, você mesmo.




Mônica Gozadora Wojciechowski

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Molhada, mas não como eu queria.



Assim não dá para gozar com este tempo cu de Curitiba. Acordar todo dia com este céu cinzento não ta com nada. Curitiba é linda, para quem não conhece. Uma ótima cidade para se morar. Temos parques, praças. Ótimas oportunidades profissionais, boas faculdades. A cidade é limpa e tem um excelente meio de transporte público. (...) Mas o clima não é dos melhores. Nublado e cinza como o de Londres. A única diferença é que lá o clima é considerado um dos mais estáveis do planeta e aqui, volta e meia, faz as quatro estações no mesmo dia. Logo pela manhã uma geada de rachar. O sol meio tímido mostra a cara temperamentalmente ao meio dia. Já a tarde venta e chove torrencialmente e à noite faz um friozinho de dormir com meias de lã. É normal encontrarmos armários ambulantes pelas ruas da cidade. Um cabide de guarda chuva outro de casaco grosso e pesado, e assim sucessivamente.
O povo é meio a cara do tempo. Claro, pois não dá para ser feliz com a vida cinza constantemente pelos quatro cantos. Somos conhecidos por ter um temperamento frio e distante. Mas também, que alegria que pode dar a qualquer ser viver em uma cidade assim? Tudo bem que, como descrito acima, a cidade é ótima, mas com o hábito diário de abrir a janela de casa e ver um céu nublado não dá para ser feliz, gozar então... Bom, daí só com um bom cobertor de orelha, claro.



Verônica Pacheco

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Saga Íntima



XMMXCS 2215-1738: este é o nome do enxame de galáxias mais distante do universo. Localiza-se a dez bilhões de anos-luz da Terra. Tendo feito descobertas com nomes e conteúdos tão complexos e a distâncias absolutamente inimagináveis, como o homem poderia estar falhando em outra tão próxima? Todos os dias, dobrando a esquina, parando no sinal vermelho, caminhando por escritórios, casas e corredores, desfilando, debochando de sua incapacidade, ridicularizando todos os seus esforços, bem debaixo do seu nariz (muitas vezes literalmente).Mas, depois de décadas de estudo e mistério, e graças aos exacerbados avanços da nanotecnologia, o homem estava próximo de decifrar este que é um dos maiores enigmas do universo: o Ponto G. Com equipamentos e estudos de biomecânica desenvolvidos desde antes dos tempos da Guerra Fria, um seleto grupo de cientistas internacionais montou, em Belgorod, na parte ocidental da Rússia, um veículo microscópico, munido de uma minúscula câmera digital e um disparador de ondas em alta freqüência. Foi implantado em uma jovem de nome não identificado. Sua escolha se deu após muita pesquisa, ampla triagem, entrevistas individuais e coletivas, testes físicos, exames ginecológicos minuciosos e outros estudos que pudessem afirmar ser ela a mulher padrão, em termos globais, quanto ao comportamento e estímulo sexuais. Nem frígida, nem ninfomaníaca: 103 relações sexuais por ano, 18 minutos na média de tempo em cada relação, 53% de índice de satisfação sexual e 52% de vezes não atingindo o orgasmo.A pequena nave foi introduzida no corpo vaginal pelo ginecologista tcheco Jansen Trefulka logo no início da manhã, com a paciente (evitaram o termo cobaia) em jejum e depois de uma noite de dez horas de sono inspecionado a cada 15 minutos, pois teria de permanecer constantemente acordada para monitoramento de suas reações e batimentos cardíacos. Era também fundamental que ela estivesse consciente, pois o estímulo não poderia ser fruto de um sonho ou pensamento excitante. O ambiente, embora absolutamente asséptico, não lembrava em nada um laboratório de pesquisas: era um quarto com uma cama de casal confortável. Lençóis e paredes em tons pastéis para não haver influência de fatores ambientais (objetos em cores quentes estavam absolutamente fora de questão, mesmo que fossem equipamentos de pesquisa). Até a temperatura era mantida em equilíbrio, nem quente, nem fria.Pela câmera instalada no teto, logo acima de cama, os cientistas observavam as reações faciais de Eva (pseudônimo que lhe foi dado de última hora). Seus cabelos extremamente negros cobriam a face de pele clara quando ela virava-se de lado. Os pesquisadores pensaram em avisá-la pelo microfone, mas a própria Eva logo se deu conta de poder estar atrapalhando os estudos, voltando então a ficar com o rosto de frente para o teto. Todos temeram que aquela posição fixa e o ambiente formal do quarto, apesar dos esforços em deixá-lo aconchegante, travassem as emoções de Eva. Mas sua respiração, batimentos cardíacos e grau de constrição de músculos e vasos sangüíneos demonstraram que ela estava se sentindo à vontade.Nada de música, massagem, aromas ou qualquer outro estímulo para deixá-la relaxada. A ingestão de qualquer remédio, álcool ou mesmo tabaco foi proibida nas 48 horas que antecederam o início da pesquisa. Chegaram até mesmo a orientá-la a não pensar em homens, bonitos ou feios, enquanto durassem os trabalhos. A intenção era pura e simplesmente descobrir se de fato havia um botão em Eva capaz de fazê-la explodir em orgasmos, independentemente das circunstâncias ao redor. Seria a revolução, conforme afirmava o líder da equipe, Oleg Tsiolkówsky, o magnata russo que financiou o projeto, mas que nunca estava presente nas pesquisas (inclusive nesta). Susumu Emoto, o mais marqueteiro do grupo de quatro cientistas internacionais, já planejava cápsulas estimulantes e dispositivos intra-vaginais dotados de pulsões com precisão cirúrgica. Já Craig Wakefield elaborava mentalmente um livro intitulado “A Democracia do Orgasmo”, dando conta de todos os atalhos para se chegar ao nirvana. Por sua vez, Hanz Schwärzler, primo do Duque de Liechtenstein (a quem cogitava vender os segredos resultantes do projeto), lançava-se em sonhos de megalomania: “seremos maiores que Kinsey, Johnson e Masters juntos”, bradava. Por fim, Trefulka sustentava uma série de temores passíveis de ser tanto coerentes quanto estapafúrdios: poderia a descoberta dispensar os homens no ato sexual devido à maior facilidade de auto-estimulação feminina? Ou poderiam os homens criar artifícios tecnológicos capazes de escravizar ou aliciar as mulheres a partir do comando do Ponto G? E quais eram os riscos de haver dependência física na estimulação constante do tal ponto? O fato é que a curiosidade sobre o maior enigma da humanidade era mais forte do que temores ou bom senso. Sob o pretexto de fazer a ciência navegar longe das amarras que quase condenaram Galileu (que decifrou o universo mas nunca sequer ouviu falar em Ponto G), o quarteto abaixou as luzes do quarto-laboratório, ligou o infra-vermelho da câmera no teto e acionou os equipamentos da G1 – nome do minúsculo dispositivo que boiava sem rumo no corpo de Eva.As luzes externas da G1 são acionadas. A primeira visão desanima Wakefield, pois a nitidez das imagens do tubo vaginal é baixíssima. Mas o trabalho principal não é visual, é tátil. Liga-se então o disparador de ondas em alta freqüência. Primeiramente, na tela do computador, é construído um holograma de todo o canal vaginal. Uma vez mapeado, a G1 passa a disparar as ondas de alta freqüência, rastreando as paredes do tecido em 360 graus ao redor de si, partindo da entrada da vagina (em ponto próximo às glândulas de Bartholin, responsáveis pela secreção de líqüidos na estimulação sexual) e prosseguindo em direção ao colo do útero. Um trabalho exaustivo e demorado, explorando cada micromilímetro daquele universo cilíndrico e de relevo irregular. Eva nada sente. Nem prazer, nem incômodo, nem mesmo cócegas. O único estímulo que tivera naquela manhã se deu durante a introdução do dispositivo, quando Trefulka, sem nenhuma intenção, pressionou seu clitóris por breves segundos. Apática e já entediada após três horas e nove minutos de busca infrutífera, sua respiração e batimentos cardíacos começam a entrar na freqüência próxima do sono.Após metade da cavidade vaginal ser meticulosamente inspecionada, o quarteto já teme estar compondo a pantomima científica de um embuste colossal. Mas pelo menos teriam o mérito de desmentir o mito, de derrubar a lenda com análise absolutamente rigorosa. Já seria um grande feito, sem equivalentes históricos. Nem mesmo descobrir (ou matar) o Monstro do Lago Ness poderia fazer sombra. Logicamente que deveriam repetir a pesquisa com outras mulheres, mas sabiam que Eva era um exemplar (esse termo usavam sem pudores) saudável e absolutamente dentro dos padrões normais de sexualidade. O erro em sua escolha era de uma probabilidade remotíssima. Mas eles sabiam que a “glória” de fincar o pé na história como os cientistas que comprovaram a inexistência do misterioso ponto era um prêmio-consolação. Pior que isso, era uma maldição. Seriam lembrados por homens e mulheres do mundo todo como o quarteto que implodiu um enigma fascinante, que acabou com a brincadeira, que zombou da humanidade ao dinamitar um caminho que era mais divertido do que o próprio destino. O cidadão comum teria de voltar seus olhos novamente aos céus, contentando-se com o mistério de existir ou não uma raça alienígena, imaginando se pelo menos as fêmeas da espécie teriam Ponto G. Seria resgatada a hegemonia do clitóris, mesmo tendo Freud afirmado ser o orgasmo vaginal aquele verdadeiramente delegado às mulheres sexualmente maduras. Pessoas de todas as nacionalidades apontariam os integrantes do quarteto com ira nas ruas, talvez tivessem até de criar uma nova identidade, mudar o rosto em algum colega cirurgião plástico. E o mais vergonhoso para um profissional da alta pajelança: nada lucrariam com o feito.Terminado o intervalo de almoço, voltaram todos a seus postos. Eva comeu uma pequena porção de pelmeni, uma espécie de ravióli russo, coberta por uma rala camada de nata - para não pesar no estômago e fazer a oxigenação descer para a digestão, gerando sonolência. Eva bebe um pequeno gole de água que desce gelado ao passar pelos dentes recém-escovados. Deita-se e espera. Ela nada sente, mas, no silêncio interno do seu corpo, a G1 é novamente acionada. Desta vez com a imagem parecendo um pouco mais nítida nos monitores. O tempo corre, a G1 inspeciona, Eva tenta lembrar das bolsas que cobiçara nas férias passadas no balneário de Koktebel, em Odessa, para evitar pensar em homens. Um exercício difícil porque queria as bolsas para ficar mais elegante, e queria ficar mais elegante para conquistar homens. Resta apenas ¼ do duto vaginal. Os quatro pesquisadores já estão se acostumando com a idéia da derrota. Eva concentra-se para não cair no sono. Já esqueceu das bolsas. E dos homens. Gostaria apenas de estar em casa, cuidando de seu gato angorá e preparando o pelmeni que aprendeu com a mãe, pois a porção do almoço ficou devendo. Até que, de súbito, sua pupila se dilata ao mesmo tempo em que ela emana um “uh!” seco, quase involuntário, acompanhado de uma leve contorção do corpo e colisão dos joelhos e coxas. Schwärzler é o primeiro a perceber, testemunhando a reação pela câmera. Trefulka flagra o salto repentino dos batimentos cardíacos. Wakefield confirma o estímulo pela marcação de respiração mais ofegante e manifestação de calor repentino na região pubiana. Emoto nota que aquele breve e misterioso momento foi acompanhado de uma ligeira microdescarga elétrica, gerada pelo próprio corpo de Eva. Constatam que não se tratou de um orgasmo, mas que foi, sim, uma forte pulsão de libido. Pela câmera da G1 não se consegue visualizar muito. A nave parece estar à deriva. Os líquidos íntimos de Eva são liberados em profusão, numa corrente que quase tira a G1 de controle. De repente, conseguem visualizar algo: um minúsculo ponto em relevo. Sua cor parece oscilar entre o púrpura e o azul, destacando-se saliente em meio à carne vermelha. A bojuda partícula chama a atenção no relevo rugoso por sua convexidade absolutamente uniforme, uma semi-esfera saltando reluzente para fora do tecido vaginal. Uma protuberância mínima, algo como um pixel na tela de um computador. Pareceria um microematoma, não fosse sua delicada e misteriosa fluorescência rósea. Tudo indicava estarem diante da terra prometida de Ernest Gräfenberg.Wakefield segura o joystick tentando controlar seus reflexos. Nunca, nem mesmo em sua primeira cirurgia, se sentiu tão nervoso. Esforça-se para não tremer. Consegue então aproximar a G1 da minúscula bolha, que por sua vez parece encarar a nave de forma serena e ao mesmo tempo desafiadora. Todos os quatro se precipitam para a frente do monitor principal, esticando seus pescoços a fim de apreciar a relíquia científica. No quarto, Eva tenta se recuperar do breve momento de êxtase. Ofegante, busca decifrar o que se passou. Pálpebras semi-cerradas, peito arfando e a expectativa de um novo estímulo. Segura firme o lençol, apertando-o com toda força, a ponto de sentir doer os nós e pontas dos dedos.Na sala de controle, Emoto se entusiasma, mas fala de maneira contida aos colegas que é preciso aplicar novo estímulo com as ondas de alta freqüência. Schwärzler e Trefulka consentem, olhando para Wakefield ansiosos. Wakefield dispara o botão. Novo estímulo. Eva novamente se contorce, agora de forma mais demorada e intensa. Mesmo sabendo estar sendo observada, ela não consegue se conter. No monitor, o ponto se encolhe e se expande. A lubrificação íntima chega a níveis altíssimos. Emoto então assume o segundo joystick. De forma heróica consegue manter o controle da nave, aproximá-la do ponto e cravar duas micropinças no tecido vaginal, fixando a G1 bem em frente de seu alvo. Eva começa a suar. Os joelhos tremem. Entre perplexa e excitada, olha boquiaberta para a câmera no teto, como que esperando pelo golpe de misericórdia. Quase implora com os olhos.Emoto agora ordena um aumento de freqüência para terem certeza do que está acontecendo. Schwärzler dobra o estímulo. Mas Trefulka gira o botão para a potência máxima. Wakefield olha para os colegas temeroso, recebendo em troca ares de intimidação. Sente então que a expedição chegou de fato ao clímax em todos os sentidos. Ele já não pode mais disfarçar o tremor de seu dedo em cima do botão, quase não consegue pressioná-lo. Então, fecha os olhos e dispara.Eva lança o tronco para cima num sobressalto instantâneo, com os olhos fechados e a cabeça pendendo para trás, numa convulsão que surpreende os cientistas. Saltam os bicos dos seios, as coxas se comprimem, a barriga se recolhe, os músculos de todo o corpo se retesam, um arrepio de febre parece chegar a inflar o lençol. Wakefield pega o telefone vermelho para chamar o socorro dos paramédicos, mas é impedido por Emoto. Eva parece possuída, grita e se contorce violentamente, esfregando costas, pernas e braços por toda a área do colchão. Trefulka esboça um sorriso nervoso, com os olhos grudados na tela. Mas, repentinamente, passam a observar no monitor uma reação não prevista: o pequeno ponto estimulado se encolhe até deixar de ser uma protuberância, sua cor muda para o roxo e, em seguida, para o vermelho, confundindo-se com todo o tecido vaginal. No holograma, ele também some, como se nunca tivesse existido. A G1 volta a ficar agitada pela turbulência ao seu redor, mas agora não só pela abundante secreção de líquidos. Toda a cavidade vaginal parece querer expelir o micro-objeto. Ela se comprime e se expande vigorosamente, como se tivesse vida e vontade próprias. As pinças não conseguem mais segurar a G1 e ela é então projetada para a maré íntima de Eva, ficando mais uma vez à deriva. Nem Wakefield nem Emoto conseguem manter o controle, deixando o dispositivo navegar ao sabor do fluxo. Trefulka pensa em pedir calma pelo microfone, mas Schwärzler segura sua mão no botão on/off ao notar que não há mais o que fazer. Sem entender, os quatro estudiosos apenas observam, impotentes, a pequena nave sendo expelida do corpo vaginal, entrando logo depois em curto-circuito.Enquanto isso, do outro lado do planeta, o mecânico Rafael também procura o Ponto G de outra Eva, sua namorada. Deitados na grama, lendo poesia.


Mario Lopes