segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Uma noite em Buenos Aires


Julia saiu exausta da sala de reuniões da empresa onde trabalhava. Não concordava com os termos da reunião que acabara de ter com os gerentes e muito menos em fazer uma viagem de última hora para Buenos Aires, onde localizava-se uma das fábricas do grupo. Sabia que não seria bem recebida por seus colegas de trabalho da empresa hermana, devido às várias discussões via email a respeito das exigências absurdas feitas pela aduana brasileira, toda vez que traziam produtos da Argentina para revendê-los no Brasil.

Além da Argentina, a empresa possuía fábricas na Itália e no Peru, de onde os produtos eram importados para abastecer o mercado brasileiro. E era no Peru que trabalhava o colega de departamento mais acessível, gente boa e competente de todas as filiais. Daniel sempre estava disponível para ajudá-la no que fosse necessário e mesmo as tarefas consideradas impossíveis, dava um jeito de resolver da forma mais rápida e com muita competência. Formavam uma dupla perfeita.

Saber que teria que passar três dias em Buenos Aires em companhia dos colegas argentinos, que não faziam questão de cooperar em nada; e muito menos de atendê-la pessoalmente, deixava-a com a sensação de que esta viagem seria tempo perdido.
Chegou em casa, largou suas coisas em cima do sofá e foi tomar um banho, deixando a água cair sobre seu corpo para que aos poucos, pudesse relaxar. Assim que terminou, ligou para sua família, avisou a respeito da viagem de última hora e foi arrumar suas malas, pois teria que acordar cedo na manhã seguinte.

O primeiro dia em Buenos Aires foi longo, cansativo e frustrante. O gerente com quem Julia deveria encontrar-se não estava na empresa e não informou à secretária quando chegaria para a reunião. Então, reuniu-se com sua assistente e tentou tornar o dia o mais produtivo possível, enquanto pensava com seus botões: “O que estou fazendo aqui, meu Deus? Uma cidade toda lá fora para eu aproveitar e eu aqui, com estas pessoas arrogantes e incompetentes.”

No final da tarde, enquanto juntava suas coisas para voltar ao hotel, o ramal do telefone onde estava sentada tocou. Era a telefonista da empresa avisando que havia uma pessoa na linha querendo falar com ela. Julia achou estranho, mas atendeu a ligação.

- Sim?
- Julia? Hola, soy Daniel, de Peru. Como estás?
- Daniel! Que prazer falar contigo. Estou bem e tu?
- Bien! Estoy de vacaciones aqui en Buenos Aires y pense, ya que estás aqui también, podríamos aprovechar La oportunidad para conocernos personalmente y conversar um poco. Te parece?
- Claro! Ótima idéia! Quando?
- Mañana? Te recojo en El hotel al rededor de las 9 pm, ok?
- Perfeito. Até amanhã.

No dia seguinte, depois de mais um dia cansativo e inútil na empresa, Julia resolveu sair mais cedo do trabalho; para descansar um pouco antes de sair para o jantar com Daniel. Na hora marcada, ele estava lá para apanhá-la. Depois das devidas apresentações, mucho gusto para cá e mucho gusto para lá, deixaram o hotel e dirigiram-se ao restaurante.
Educado e gentil, Daniel fez com que o tempo passasse voando e com que a janta fosse agradabilíssima. Como gentileza mútua, ele pediu uma caipirinha para beber e Julia, um pisco sour. Ao final, levou-a de volta para o hotel e despediram-se, comentando que era realmente uma lástima que ela não pudesse ficar mais tempo para conhecer melhor a cidade - com ele, obviamente.


Já em seu quarto, Julia tomou um banho e arrumou suas coisas; pois no dia seguinte, do escritório da empresa, iria direto para o aeroporto.
Assim que se deitou na cama, seu celular deu sinal de mensagem. Era Daniel, agradecendo a companhia, dizendo que estava encantado com ela e que era uma pena que não tinham prolongado o programa daquela noite.
Julia riu sozinha e ligou para ele.
- Muito gentil tua mensagem, realmente é uma pena que não tenhamos prolongado a noite.
- Podríamos tomar outra caipirinha y pisco, preciosa
- Nem pensar! A esta altura da noite, somente café, um cappuccino.
- Perfecto. 8 minutos y te busco para ir a tomarmos um cappuccino en Recoleta.
- Como assim, oito minutos? Como tu sabes?
- Si, preciosa. Ocho minutos es El tiempo que demoro desde El departamento donde estoy hospedado hasta tu hotel. Besos. – e desligou.

Julia pulou da cama e imaginou-se como o Superman, quando entra na cabine e em segundos, troca de roupa... Oito minutos!
Entrou no elevador dourado e espelhado, ao estilo Art Déco, quando seu telefone tocou:
- Preciosa, estoy aquí.
Julia sentiu-se personagem de um filme hollywoodiano quando a porta do elevador dourado e espelhado (e brega) abriu, na recepção do hotel, e Daniel estava lá, à sua espera.

Era junho e estava frio. Ao saírem do hotel, Daniel imediatamente cobriu Julia com seu sobretudo. Fizeram um breve tour por Palermo Hollywood (bairro descolado da capital portenha) e escolheram um café pequeno e charmoso, na Recoleta, para sentarem um pouco. Daniel pediu vinho para beberem e aos poucos, já sob efeito etílico, a sintonia e o desejo entre os dois foi tornando-se visível. Riam juntos, divertindo-se, quando Daniel diz, afastando a taça de vinho que separava os dois:
- Desde que te vi reir, me dejaste hipnotizado – aproximando-se lentamente dela.
Julia não resistiu à investida de Daniel e também aproximou seu corpo ao dele. O beijo lento e quente aconteceu naturalmente, conduzindo-os a uma noite que se tornaria inesquecível para ambos.
- Pensei que tu não fosses me beijar.
- En realidad, tuve ganas de besarte desde La primera vez que te vi, pero me contuve – as mãos de Daniel passeavam por debaixo do vestido dela.
- Então, agora não há mais motivo para nos contermos.
- No, no hay. – respondeu Daniel, pegando Julia pela mão e dirigindo-se à saída do café.

Eram 3 horas da manhã quando chegaram ao apartamento onde Daniel passava suas férias. Dentro do elevador, ele perdeu totalmente o juízo, jogando Julia contra a parede, levantando seu vestido e colando seu corpo ao dela. Pegando fogo e sem separarem-se por um instante sequer, Daniel conduziu Julia para dentro do apartamento e depois para seu quarto, onde com cuidado e gentileza, acomodou-a na cama. Ela sentia a boca macia de Daniel percorrer seu corpo e sua mão abrir os botões do seu vestido, que em segundos, já estava no chão. Então, virou-se e deitou-se por cima dele, repetindo o gesto: enquanto beijava Daniel, tirava sua roupa.

Passaram a noite transando e quando já estava quase amanhecendo, pegaram no sono. Na metade da manhã, Julia acordou assustada, pois ainda tinha que trabalhar.
Devagar, recompuseram-se e vestiram-se. Daniel levou Julia de volta ao hotel, onde despediram-se combinando um novo encontro no aeroporto ao final do dia, já que Daniel voltaria ao Peru praticamente no mesmo horário que Julia retornaria ao Brasil.

Julia passou por seu último dia de trabalho sem se importar com a prepotência dos colegas argentinos, e no horário acertado com Daniel, estava no aeroporto. Fez seu check in, despachou sua mala, escolheu um café para sentar-se, e pegou seu celular de dentro da bolsa para avisá-lo que já estava lá. Mas o celular dela não tinha sinal. Do outro lado do aeroporto, Daniel também procurava por Julia, mas seu telefone também não funcionava.

Dica de restaurante (ero) exótico para ser visitado em Buenos Aires:
Te Mataré Ramirez - http://www.tematareramirez.com/
Pratos afrodisíacos, teatro erótico, show de jazz e bossa nova, cabaret, shows de dança, teatro de bonecos, exposição de arte.




Karime Abrão (colaboração na revisão: Camila Souza Silva)

11 comentários:

Anônimo disse...

Hot experience babe... rs

Adorei a história... vai que encontro um desses no carnaval heimmm.. rsrs

beijos e boa semana !!

Angelica

Anônimo disse...

Uau, olha as resoluções de ano novo da Ange: Playcenter em janeiro, Buenos Aires no carnaval... Machu Picho em março? rs (putz, acho que nem é assim que se escreve hahaha).
Beijo e hot experience pr'ambas.

Mario

Karime disse...

Na na, Mario Lopes. Carnavas é aqui...hehehe Porto não é Bue, mas pode ter certeza que será hot experience também. ;)
Tá servido ?

Bjos

Karime disse...

Se bem que... me gusta como piensas...Ange, eu e tu em Buenos Aires ia ser show, não ? Põe na lista aí!! Inverno em Bue, putz!

Anônimo disse...

Quem sabe? Bora??? kkkkk

beijoooos

absolutsubzero disse...

M. Lo

vou deixar uma reclamação aqui. que ocorre com os posts que não são publicados?

eu fiz um comentário e tive a informação que outra pessoa fez outro comentário e nada de ser publicado aqui.

bom meninas, qquer dicas de lugares hot em Buenos Fucking aires é só falar comigo. só uma recomendação, cuidado com os portenhos e nunca se apaixone por um portenho ;).

mario, vc anda com playcenter na cabeça :P.

é planos e mais planos, o da história da Ka parace ótimo, como também um louco turismo de aventura que eu quero fazer na Costa Rica. Só precisamos de muito dinehiro no bolso para realizar nossos desejos.

beijos

daniela

Luciane Portolan disse...

Amiga..tu ta te superando heim..ta cada vez melhor..o que é isso?? Pela riqueza de detalhes são fatos verídicos..Tudo de bom ...apresenta pras amigas rsrsrs

Luciane Portolan disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Ai, o Vóvis Legitimus lendo isso.....querédo!
Mas, é o que eu sempre digo: BUE É BUE!
Priceless, Preciosa!
Avassala!!!!!!

Karime disse...

hahahahaha!
Lu, arrisca um findi em Bue, quem sabe tu não encontra um latino por lá ?
Vv poderosa, pshhhhh! Vóvis Legitimus lê estas cousas e fica de cabelo em pé. Se bem que ele dá os pitacos dele nos meus textos também!

Bjos, migas"