domingo, 13 de dezembro de 2009

Dia Do Palhaço



Esta semana comemoramos o dia de uma personagem que vive na infância e na vida de muitas pessoas. Dia 10 de dezembro foi o dia do palhaço! Esse ícone da história de tantas pessoas, pelo menos dos nascidos há algumas décadas.
Talvez hoje estejam um tanto esquecidos, mas, como eu gosto muito deste universo mágico e imaginário do circo pensei em escrever. Não é uma homenagem, mas sim uma lembrança na tentativa de não deixar passar ”batido” mais uma vez a data.
Quando se fala em palhaço, logo nos lembramos daquela figura cômica, com grandes sapatos, perucas estranhas, roupas coloridas e extravagantes, cara pintada com um grande sorriso e é claro, o velho nariz de bola vermelho. Quem não se lembra de quando criança ter conhecido o circo e dado boas gargalhadas com este célebre personagem? Também temos aquelas crianças que têm medo e acabam se assustando com aquela figura irreverente.
E eles estão lá no circo, nas ruas, no teatro, no cinema, nas festas e em tantos outros lugares. Não existe lembrança de infância melhor que a do palhaço, sempre tão divertido. As mesmas brincadeiras, os mesmos bordões, as mesmas trapalhadas, mas sempre tão boa a mesma alegria, sentir-se fazendo parte de um mundo mágico de encanto, onde a lei maior é a alegria e a diversão, que não deveria nunca ter hora para acabar.
No interior era assim, o circo estava na cidade! Era o mesmo que dizer que a alegria havia chegado, os rostos se tornavam mais radiantes e as crianças naquela expectativa para a grande noite. RESPEITÁVEL PÚBLICO! Estavam sempre em caravana, e o grande espetáculo não era grandioso e industrializado como as companhias circenses que hoje se apresentam. É uma pena que atualmente este encanto esteja se perdendo, que crianças sejam mini-adultos, que celulares e computadores sejam tão mais interessantes. E olha que nem faz tanto tempo assim, foi logo ali, dez, doze anos atrás...
Ah, mas não são apenas de alegrias as histórias desses astros, seu surgimento é indefinido, não se tem uma data exata para o aparecimento da personagem, mas certamente os palhaços atravessam os rompantes da história com sua magia, os bobos da corte que o digam. Hoje estão em vários lugares, no circo nos arrancam gargalhadas, nas festas nos ensinam travessuras, no cinema e no teatro tocam nossos mais profundos sentimentos.
E por falar no cinema e teatro, particularmente como grande fã e aficionada por ele, que me perdoem Carequinha, Piolin, Arrelia, Torresmo, Bozo e Croquete, mas eu não poderia deixar de citar meu ícone, ao meu leigo ver, o melhor de todos os tempos em se tratando das artes e das emoções, o grande “The Tramp”, no Brasil conhecido como nosso querido “Carlitos”, com seu humilde terno preto, chapéu coco e bigodinho, criado por Charles Chaplin, mas que adquiriu personalidade própria com seu jeito gentil, cortês, simples, ingênuo e, é claro, engraçadíssimo. Carlitos não precisou de voz e das cores para trazer um sorriso no rosto das pessoas logo quando não havia mais motivos no mundo para se sorrir, em meio a guerras e disputas de governos.
Em meio ao caos, nosso querido vagabundo de forma única mostrou ao mundo com sua irreverência que ainda era possível sonhar, e para isso não necessitamos de fortuna ou de muitas pessoas ao redor, a felicidade está dentro de nós, na forma de enxergarmos a vida. Como não poderia ser diferente, foi também este nobre palhaço que tocou no fundo do coração daqueles que tiveram oportunidade de vê-lo e os que hoje o buscam.
Só mesmo Charles Chaplin, em sua genialidade para perpetuar o mais simples e diferente dos palhaços. Foi uma pena Carlitos ter ficado no passado com a vinda da voz e das cores no cinema. O próprio Chaplin declarou que certamente haveria uma sala para o pequeno sujeito na era atômica. Triste, mas no pouco tempo que aqui esteve fez de Carlitos um ícone imortalizado, nada melhor para seu criador, afinal, não são todos que têm a sorte de partir no dia de natal...
Deixo, portanto, o muito obrigada a estes ícones que marcaram minha infância. A minha e de tantas outras pessoas, trazendo a alegria, as boas recordações e nos fazendo pensar. Infelizmente na era digital em que a inocência vale de muito pouco, eles ficaram um tanto esquecidos. Mas que a alegria do palhaço nos irradie a cada dia, não apenas nos 10 de dezembro.


Fernanda Bugai

4 comentários:

Anônimo disse...

Não sabia dessa data comemorativa, Fer. Aliás, acho que pouquíssima gente sabe - os próprios homenageados é bem provável que desconheçam sua existência, senão marcariam o dia com apresentações públicas pelo país e tal. Uma indicação legal para quem também gosta desses artistas é ir Jokers aqui em Curitiba, uma casa noturna de três andares, duas pistas, restaurante e bar que é toda decorada com adereços e roupas de palhaços da mais famosa companhia circense já surgida na cidade: os Irmãos Queirolo. São trajes muito bonitos e curiosos, e a casa é muito bacana também (coincidentemente estive lá ontem).
Beijo, Fer.

Mario

Anônimo disse...

Bom - dia !
Viva o Dia do Palhaço !
Curiosidade :
Aqui em Curitiba , há um bar na Rua São Francisco , em que as roupas dos Irmãos Queirolo estão expostas . No bairro Jardim das Américas existe uma praça chamada Queirolo com a estátua do avô destes palhaços .
Viva o nariz de palhaço , que é a menor fantasia do mundo !
Viva o Casseta e Planeta , também !
Com carinho ,
Luciana do Rocio

Karime disse...

Oi, Fê! Lembro da minha infância e de quanto eu achava os palhaços misteriosos. Perguntava sempre aos meus pais, se eles realmente eram tristes, pq tinham uma lágrima no rosto e a boca pintada em sinal tristeza. Ficava com pena deles. Adorava ir ao circo.
Bjo, Ka.

Anônimo disse...

Semana passada houve um protesto de palhaços em frente ao Congresso Nacional . O motivo da manifestação é que eles detestam ser comparados com políticos . Afinal , a profissão de palhaço exige respeito !
Com carinho ,
Luciana do Rocio .