quinta-feira, 24 de março de 2011


Um lugar ao sol






Liz Rosemond estava sentada no jardim ensolarado da casa dos avós em Londres quando, aos 9 anos, descobriu que poderia ir mais longe. Seu sonho de brilhar como uma estrela enchia seus olhos cor de violeta.

Tornou-se a mulher mais bonita de todos os tempos, com seus traços delicados e sobrancelhas espessas, uma verdadeira diva. Ficou amiga de Beryl Mason, Alexandra Del Lago, Alice Moffit, Lola Comante e tantas outras. Para estas velhas amigas, a pequena mulher de coração fraco tratou de não lhes deixar faltar nada, presenteando duas delas, Gloria Wandrous e Martha, com uma estatueta de ouro.

O glamour, no entanto, deixou-a liberta para as armadilhas do álcool e das drogas, presença comum em sua vida. Também, a coleção de jóias, que insistia em manter a tornavam um tanto excêntrica. Entre altos e baixos, a filantropia disfarçava os quilos a mais e a exuberância dos atos maquiava sua face entorpecida por medicamentos.

Gata em teto de zinco quente, o que buscou em seus oito casamentos? Felicidade, estabilidade... fidelidade? Não se sabe, mas com certeza ela era poderosa. Poderosa, como uma rainha. Não passou privação quando se tratou de homens, o desejo era apenas o primeiro passo.

O fato é que ela nunca temeu a morte. Viveu seus 79 anos intensamente, quebrando o pé aos 10 anos, caindo de cavalo durante filmagem, quebrando a perna esquiando, além de miomas, nódulos nas cordas vocais, bronquite, tumores e vinte cirurgias. Dama de rara altivez, Elisabeth Taylor foi mais que uma atriz. Foi uma verdadeira estrela que saiu do céu para brilhar nesse planeta e que agora volta para lá deixando na memória dos amantes do cinema, a figura de uma criatura única e que já não se produz mais. Frágil e forte, insana e sagaz, linda... e linda.



Angelica Carvalho




Fonte: http://entretenimento.br.msn.com/famosos/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=28100915&page=2

Foto: Divulgação

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