segunda-feira, 11 de abril de 2011



MONACI – Vamos colaborar







Adotar é um gesto de amor e devoção, trazer para si um filho que não foi gerado no seu ventre, que não tem suas características genéticas, pode ser uma das ações mais humanas de nosso planeta, é mostrar que existem pessoas boas no mundo, que apesar da crueldade que vemos, o bem sempre prevalece, mais que ter para si é doar-se.


Mas a adoção não é um processo fácil, longe do que ocorre nas novelas, não basta escolher uma criança e levá-la para casa, antes disso, é necessário todo um trâmite judicial e extremamente burocrático, aonde além de realizar um cadastro nacional de possível adotante, as famílias entram numa longa fila de espera, passam por um processo jurídico, social e psicológico, para então poder tentar a adoção, o convívio coma criança ou o adolescente, para tudo isso, existirão pareceres do serviço social, do ministério público e claro do juiz da vara de infância e juventude de cada município.



Isso tudo, no papel, ou melhor, no ECA – Estatuto da Criança e Do Adolescente, bem como em nossa Constituição Federal, parece ocorrer num estalar de dedos, ainda mais quando salientado pelas nobres mídias televisivas.a realidade é cruel e dolorosa, a espera é longa, chegam-se a dois ou três anos para adoção de um menor, não importa sua idade, a culpa não é única do Judiciário, afinal, sabemos da sobrecarga que existe, dos trâmites burocráticos que visam assegurar a dignidade e integridade destes menores, mesmo assim dói, às famílias e principalmente às crianças que por vezes, vêem seus candidatos a pai e mãe desistirem, sim como quem desiste da longa fila do cinema ou da inauguração de uma loja, muitas pessoas não suportam esperar, outras sofrem mudanças de vida e destino e não suportam a carga da demanda e espera por uma decisão judicial.


Muito pior que a espera, que a dor, do menor e da família, ocorre quando esse menor é soropositivo, sim os menores infectados pelo vírus HIV são adotáveis e existem muitas dessas crianças e adolescentes esperando por um lar, são pessoas que precisam de cuidados, que em sua maioria foram vítima da rejeição, da imprudência ou da covardia de seus pais, e tal qual os menores imunológicamente estáveis, também esperam por um lar, e o trâmite é o mesmo, a espera é a mesma, e muitas vezes estes não se desvencilham de suas famílias, prejudicando a adoção, por n motivos possíveis.


Por isso, uma família de Curitiba, cansada de delongas esperas lança O Movimento Nacional Das Crianças “Inadotáveis” – MONACI, em prol das crianças portadoras do HIV, para tentarem dessa maneira fazer mais 04 coraçõezinhos felizes e que estas quatro crianças possuam um lar, mas ao que tudo indica, o judiciário é falho, seja pela sobrecarga, seja pela inobservância legal, e sem a intervenção da mídia poucos resultados se encontram.


Vamos ajudar o futuro dessas crianças, vamos ajudar a divulgar, vamos exigir atitudes, vamos fazer crianças e adolescentes felizes, com oportunidade de possuir uma família e ter pessoas a quem chamar de pai e mãe!


Fernanda Bugai




Fonte: http://promonaci.blogspot.com/ Foto: Divulgação

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