quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Na Linha do Parque

Fim de semana de sol pra curitibano é parque. A gente que não tá acostumado com tempo quente, mal pode esperar pra se jogar na grama verde do Parque Barigui e cultuar todo aquele espaço aberto, cheio de crianças, encher os pulmões de ar, levar um violãozinho, fazer um churrasco e curtir a família e os amigos. Paz e descanso merecidos.
Mas onde eu disse que isso acontecia mesmo? No Parque Barigui? Não mais. Grama verde toda queimada de bituca de cigarro, espaço aberto só se você for se sentar em cima da ponte. Crianças, melhor deixar em casa... ar, só da fumaça do cigarro, do narguile e até da maconha. Violão nem adianta porque cada carro tem um “som” diferente e tudo no volume máximo. Churrasco virou batatinha frita e família definitivamente não tem lugar nessa selva que virou o Parque Barigui nas tardes de domingo.
É um desfile de bizarrice e baixaria. Bombado se enchendo de cerveja, meninadinha com shortinho aparecendo o útero, filas intermináveis no banheiro e briga de se agarrar pelos cabelos entre as damas. Garrafa jogada pra todo lado, falta de respeito, invasão psicológica, vadiagem ilimitada, cultura desapropriada. O espaço da família, da exposição, da feira, do bate-papo se tornou um ringue, onde, de um lado está a Guarda Municipal com “sprays” de pimenta em olhos de criança, do outro o pervertido inconsequente e entre os dois, o cidadão que tenta resgatar sua vida, sua rua, seu jardim, sua PAZ!!! Bons e velhos tempos em que passear no aprque era diversão garantida no pedalinho, risada perfeita no brinquedo, visita e compras de diversas cores, diversos sabores.
Bom mesmo seria, se na linha do tempo nada tivesse mudado, se na linha turismo não tivesse o descaso. Se a linha não tivesse perdido, tudo seria contido.

Angelica Carvalho

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