terça-feira, 14 de dezembro de 2010



5 Sentidos




Não digo isso por maldade nem nada, mas tenho que falar: o ser humano realmente não sabe viver!E quando digo viver, é no sentido sexual da coisa. Muita gente, homens e mulheres, acabam criando numa relação sexual uma espécie de perfeição a ser cumprida, com começo, meio e fim como os filmes hollywoodianos melosos e sem uma puta graça ou um pingo de realidade. Sim, tem gente que cria o “sexo” perfeito e pensa que atingi-lo é o correto e que isso o trará prazer, quando na verdade, esse final sexual feliz onde os dois têm orgasmos múltiplos e são felizes para sempre é tão entediante como o jogo do Brasil na Copa, onde todos esperam que vá ganhar e no final, diante de todas as expectativas, eles brocham. É assim com a gente também.


O relacionamento bom é aquele imprevisível ou mesmo que planejado nos mínimos detalhes, ainda assim surpreendente. O que acontece é que não devemos nos esquecer de algo que comumente não existe em muitas relações amorosas e por conseqüência sexuais: usar os nossos cinco sentidos. Se não fosse para usar o ouvido, a gente nem precisava ter, não ? Nós, mesmo que humanos, ainda assim somos animais e temos instintos sexuais. Assim como o galo empina seu peito e canta para a galinha, assim como os leões rugem mais alto, os pássaros dançam exibidos e os lobos cheiram de longe o prazer de suas fêmeas nós, animais, queremos ouvir, sentir, cheirar e degustar o prazer.


Às vezes os casais nem sabem, mas pequenos detalhes dos cinco sentidos fazem a diferença: uma respiração mais ofegante e discreta ou gritos de loucura, um olhar mais provocante desde o restaurante até chegar em casa, uma apalpada generosa ou uma acariciada gostosa naquele lugar sem seu parceiro menos esperar, um gosto mais doce ou mais forte como o licor nos lábios ou mesmo um cheiro gostoso no cangote fazem toda a diferença antes, durante e depois da relação ou do relacionamento em si. Todos eles fazem parte. Não adianta ser uma baita de uma mulher ou um homem cheiroso, mas que não tem a pegada. Ou sempre ter um gostinho de menta na boca, mas não saber dar aquela olhada. Ou pior, fixar tanto o olhar, mas não ter coragem de tocar no outro. Para sentir amor, tesão, paixão e emoção é preciso misturar de tudo um pouco, desinibir-se e acreditar que somos animais, cheios de instintos que precisam ser colocados de uma vez por todas à flor da pele!


Bianca Nascimento

2 comentários:

Pâmella disse...

"Ou sempre ter um gostinho de menta na boca, mas não saber dar aquela olhada"
Amei essa parte! hshs Beijos, Biia

Anônimo disse...

Verdade concordo com você, um olhar, umas palavras ditas bem baixinho no ouvido , o calor da espiração no pescoço...putz !! Nossa é demais!!


Sis