quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Novamente um dia de semana em que estreia uma nova Desaforada X. Angelica Carvalho, 35, é divorciada, mãe de dois filhos (lindos), formada em Publicidade, amante ardente do cinema e esposa da TV ( entenda-se TV como o marido chato, feio e gordo... mas rico!). Atualmente bancária no Banco do Brasil, aquele que tem 200 anos, mas que está em greve, deixando grande parte da população fula por ter que enfrentar filas intensas nas lotéricas. Mas ela avisa: "Isso é só um toque, tá? Não me processem". Bem-vinda, Angélica.

Histórias Que As Amigas Contam



Eu tenho que aproveitar esse tema: Atleta Sexual. Olha que bonito, dá até um ar de que as coisas vão ser ótimas, né? Não, não né.
Pra começar, tenho que dizer que nossa colega Luciana Mallon foi delicada à beça na sua matéria. Não a conheço pessoalmente, mas deve ser uma pessoa de bom coração... Segundo, esta é uma opinião bem feminina sobre o assunto, por isso, garotões, não me xinguem. E terceiro, aspas e parênteses são amplamente utilizados no decorrer do assunto. Os interpretem como acharem melhor, ok?
Pois é... mas como toda mulher moderna que gosta de uma happy hour, é fato que naquelas conversas de boteco, sempre surgem as histórias mais absurdas. Sim, porque as conversas casuais depois do terceiro chopp viram verdadeiras consultas psicanalíticas, mas essa é uma outra história. Não há de ver que num dia desses estava eu com mais duas amigas que me narraram justamente as experiências vividas tendo como base este tema? Ahannn, só que uma com uma visão diferente da outra.
Antes de contar, quero deixar bem claro que essas coisas só acontecem com as amigas da gente... claro!
A primeira estava num início de relação. Um cineminha, telefonemas carinhosos, um chopp na saída do trabalho... O cara não é lá essas coisas, deve ter uns 40 anos, corpo normal, loiro, olhos claros, bem ajeitado. Mas é bem colocado profissionalmente, parece que quer um lance sério e melhor: a-do-rou te conhecer, né amiga. Ela se empolgou, claro, se disser que não, está mentindo, e resolveu dar uma chance pro moço, depois de passar numa lojinha erótica e comprar aquela lingerie carésima (e abusadíssima).
O cineminha virou um jantarzinho regado a vinho, que virou uma esticadinha no ap do meliante, e depois de uns amassos pra lá e outros pra cá, o bicho larga um: “Vamos ficar mais a vontade?”. Ah, mas pedindo assim com jeitinho tem que ir né... Vão para o quarto, tudo muito delicado, beijinhos e carícias, até que... o cara deita na cama já todo pelado, olha pra guria e fala: “Arranca esse troço!”. Começou o fim do que era pra ser a noite dos sonhos... Depreciou a lingerie já de cara, mal sinal... Mas, deixa rolar, já está ali mesmo... O “amor” vira um sexo selvagem. O cara só não joga a menina pra cima porque arrisca causar um acidente na queda, vira pra lá, vira pra cá, sobe, desce, amassa, chupa, morde... e o bicho ali, firrrrrme, forrrrrte, não tem o que abata a espécie. Se depender do cabra, a humanidade procria o dobro do que já tem, e a menina ali, suando, sacudindo, se perguntando “peloamordedeusssss, será que eu reclamo ou agradeçooooo ??!!!”
Pois é... foi uma noite e tanto... ela teve uns três orgasmos e ele... bem, ele... nenhum. É, reparem. Nenhum... e ainda acorda no dia seguinte com tudo em cima, nem no tapa desce. Viril... né? Baita homão... pô... Te contei que ele falou pra um amigo em comum (pro azar dele) que toma Viagra ? Nãoooo?? Poxa, mas que gafe.
A segunda é o que há de mais comum. Manja aquelas pessoas viciadas em academia? Pois é, eu tenho uma amiga assim. Aliás, novamente tenho que dizer que só minhas amigas são assim... desastradas. Vai fazer caminhada, acorda cedo para um belo “jump”, é super ativa, adora um corpo sarado. Lógico, afinal malha pra isso. E literalmente malha, porque esses tempos atrás aí se engatou com um desses belos tipos específicos de academia: BBB, de bom, bonito e bem-apanhado. Músculos desenhados, aquela tatuagem que começa no dorso e vai terminar no curso, um rosto pintado a mão, bronzeado perfeito, olhos cor de esmeralda e uma boca.., ai, aquela boca... Bem, o moço é um rapaz que sutilmente chama a atenção, devo confessar. Não me pergunte sobre as capacidades intelectuais do moço, nunca conversei com ele... quer dizer, ela diz que ele sabe fazer palavras cruzadas mas... sei lá.
Enfim, pois quem não quer um “tempinho” com uma criatura divina como essa? Han? Que atire a primeira pedra quem nunca pensou num filminho pornô depois de olhar pra todo aquele “conhecimento muscular”. Foi lá a moça, interagir com o belo espécime, tão perfeito quanto um pedaço de bolo de chocolate em época de dieta. Tanto fez que ele caiu em sua performance e acabou convidando-a pra um... café... na casa dele!!! Uhuhuh...
Foi a garota, prontinha, maravilhosa, cheirosa, cheia de dúvidas, morrendo de medo de não agradar. Imagina, aquilo tudo só pra ela! Mas no ponto mais alto de sua criação, não bastasse todo colírio para os olhos, Deus lhe deu um dom a mais: o de maravilhoso cavalheiro. Ele a deixou a vontade, lhe trouxe biscoitos com café, pediu licença para ir até o lavabo e voltou com o sorriso mais brilhante e enxaguado. Ela, após o café, fez o mesmo. Foi ao lavabo, e dois minutos após, voltou à sala sorridente e com uma face espirituosa.
Ele não perdeu mais tempo. Tratou de levá-la pra conhecer seu quarto e ali mesmo iniciou um ritual de preliminar daqueles. Tá, não vou ficar detalhando aqui, porque daqui a pouco vira aqueles livrinhos da Julia ou Sabrina (eca). Tudo muito lindo, muito maravilhoso até que, dez minutos depois de iniciado o processo: “Espera, fica quietinha, não se mexe, não se mexe... ahhhhh !!!” (pausa para três segundos de silêncio).
Lembram daquela brincadeira: Estátua !! Pois é... Tudo bem, sabemos que isso acontece, só que aconteceu de novo na segunda vez e na terceira (reparem, ela tentou um terceira vez), ela teve que falar delicadamente: “Mas vamos com calma desta vez, né?” Ele foi com tanta calma que quando lembrou que não podia gozar, brochou !! Sim, pasmem!
Moral das duas histórias: Atleta sexual é o carvalho. Tudo história pra boi dormir. O garanhão da primeira história de “40 anos, corpo normal, loiro, olhos claros, bem ajeitado” virou “velho, barrigudo, polaco e careca”. O segundo de “BBB, bom, bonito e bem-apanhado” encontrou-se melhor com o “BBB, besta, bombado e brocha”.
Depois, mulher é exigente demais, dona da razão demais. Essa é apenas uma visão de uma situação, meu bem. Não estou dizendo que todos os homens são iguais (graças a Deus). Estou dizendo que para cada mulher inteligente tem um homem que a agrade. Não aceite imitações, não se deprecie com “mentirinhas”. Homem de verdade é aquele que sabe o que pode fazer e até onde ir com uma mulher. O homem que vai te dominar, bela, é aquele por quem você menos criou expectativa. E não, amores, não sou má... sou só um pouquinho desaforada !
Aliás... “Atleta” e “Sexual”, segundo as novas regras da Ortografia Brasileira nem deveriam estar na mesma frase, salvo em exceções: Beckham, Podolski, Canavarro, Figo...


Angélica Carvalho

5 comentários:

Anônimo disse...

Angélica, texto espertíssimo e divertido, mas me permita discordar um tiquinho (e já na sua estreia no blog): apesar das frustrações com os episódios citados, atletismo sexual não é lenda, não, hein. E acho que não é preciso ser O atleta, mas encarar como esporte é divertido. Até faxina fica melhor quando você encara como diversão e esporte. Mas, percepções particulares à parte, curti muito sua estreia no blog. Parabés, beijo e seja bem-vinda, Desaforada. ;-)

Mario

Tom Abrão disse...

Mais desaforada que a Angel, impossível.
Parabéns pelo texto.
Mil Beijos

Tom

Karime disse...

Guria, ri muito! Eu também falo "bicho" e ao invés de meliante, "sujeito" ou "indivíduo".
Adorei a descrição das duas situações e identifiquei muita coisa parecida ali, claro, de amigas minhas também.
Homem é dose. E mulher, mais ainda.
Bjo

Anônimo disse...

Dia desses num happy hour, iguais ao mencionado por você ouvi de uma amiga uma constatação no mínimo cômica. Dizia ela que era adepta convicta de Pequenas e eficientes empresas à grandes e ociosos negócios.
À espécime masculina de plantão, vale lembrar que enquanto tiverem dedos e língua, a situação pode acabar sendo a melhor broxada da vida da sua parceira. Desde que isto não se torne um hábito, relaxe e aproveite. Caso contrário é prudente procurar ajuda profissional.Adorei,Bjs.

Anônimo disse...

Muito bom. Eu adorei! Uma mescla de situações que sempre acontecem com a prima, da cunhada, da tia, da vizinha do 402. Hilário.
Parabéns.
Katia