quarta-feira, 9 de julho de 2008

Cachecol no inverno

Hoje temos a participação de uma Desaforada X. O texto não é bem sobre moda inverno, mas certamente é de aquecer o coração.


Parafraseando Lya Luft...

“por isso escrevo e escreverei: para instigar o meu leitor imaginário – substituto dos amigos imaginários da infância? – a buscar em si e compartilhar comigo tantas inquietações quanto ao que estamos fazendo com o tempo que nos é dado”.

Aprendemos a fazer tudo pela forma mais complicada e dolorosa. Viver na verdade, não é tão dramático como nos foi passado,e sabe por que nos mostraram assim? Para que ninguém tenha liberdade. Isso mesmo, dizer que a vida é dificil, que viemos aqui para sofrer é uma grande tática para nos prender em padrões, regras, instituições, crenças e medos. Cada um de nós tem condições suficientes, merece ser feliz e livre.
Livre para amar, para escolher o que é bom para si e não conforme reza a igreja, a família, a escola, a sociedade...enfim...escolher conforme toca o nosso coração.
Quando estamos com dificuldades, tendemos a mostrar isso em nosso semblante. Demonstramos nosso cansaço, nosso desespero, nossa frustração. Tudo errado . Coisas ruins atraem coisas ruins.. Se quer uma decisão acertada, coerente, madura, comece agindo dessa forma com você mesma, com seu corpo, no seu trabalho, com sua família, com seus amigos. Cuide da sua imagem externa. O interno e o externo têm uma relação de reciprocidade muito forte, portanto, invista sem medo no seu externo a fim de o interno absorver esse bem estar, essa beleza, esse cuidado.
Não tenha medo de decepcionar as pessoas, na verdade, são elas que criam expectativas, como nós também criamos e estamos sujeitos a decepções e frustações. Então , não se prenda ao que os outros esperam de você e também não espere nada deles. Sim, importante: não espere que te aplaudam por suas decisões, nem que te compreendam, apenas decida conforme sua consciência. Suas decisões estarão prontas para serem comunicadas às pessoas, na medida em que você se sente segura delas, tomadas com tempo, não em momentos conturbados, mas em momentos de tranquilidade. Você vai ver, vai sentir como será fácil se expressar sem rodeios, sem gaguejar.
Podemos ter consciência do quanto é dificil para o outro ouvir nossa verdade. Porém , sem se culpar por dizê-las. Não se contente em fazer os outros felizes se o preço for a sua felicidade. Isso é crueldade ... vai contra a sua natureza “divina”, além de ser temporário, porque mais tarde, você vai cobrar do outro a sua infelicidade.
Ame antes de mais nada você mesma.
Então, se presenteie, se cuide, se aprecie, se cheire, se toque, se dê carinho, se pinte, coma bem, coma colorido, tome bons sucos, beba muita água, ouça música , dance, leia bons livros, elimine de sua vida pessoas negativas, busque companhias agradáveis, chore de saudade, use lençóis limpos, tome sol ( é bom para energizar), use cachecol no inverno, use muito protetor solar, seja autêntica, exponha suas idéias, seja livre, voe longe ....
Seja, simplesmente seja.
Assuma o que você é e sempre foi, mas nunca se tocou que era.



Paula Diniz é jornalista e Desaforada X

6 comentários:

Anônimo disse...

Muito legal Paula! Agora vc também é Desaforadaaaaaaaaaa...
Adorei seu texto! Principalmente a frase - " Ame antes de mais nada você mesma." Precisava ouvir isso. Valeu as dicas. Seu texto esquentou meu coraçãozinho neste inverno quente de Curitiba. Gente se não cuidarmos deste efeito estufa não sei onde isso vai parar. Tá muito quente para inverno Curitibano. ;)
beijo querida!
Verô

Anônimo disse...

Bem-vinda, Paula, e parabéns pelo debut. Mas Verô, não está quente não, tem de subir mais a temperatura. Eu costumdo dizer (brincando, claro) que a única coisa boa do efeito estufa é o aquecimento global. hehehe
Enfim, não curto inverno, mas tudo bem, é o tema da semana.
Beijo, Paula.

Charlie

Anônimo disse...

Eu também acho Mario que tem que esquentar mais. Concordo que não esta quente, como eu (nós) gostariamos. Também não gosto de inverno, mas sim esta quente para um inverno curitibano. Vinte poucos graus não é temperatura de inverno aqui e sim - 1, - 2 par baixo. Blusa de neve nem usei ainda. rsrsrs
;)
Verô

Anônimo disse...

Eu só tenho curiosidade pra saber se a nossa desaforada X Paula consegue colocar sempre isso em prática. Ou se é aquele tipo de coisa que temos de repetir sempre pra tentar nos convencer?
Bem vinda, Paula.
Mazé

Anônimo disse...

Espero sinceramente que o texto tenha esquentado um pouquinho o coração de cada leitor ...A intenção foi das melhores ...

Mazé ..prazer...quanto ao conseguir colocar tudo em prática..não vou ser hipócrita e dizer que sempreeeeeee consigo trilhar o caminho correto e indolor, mas, juro, que tento. E afinal, acho que escrevemos naquilo que acreditamos, naquilo que gostaríamos de ser, fazer, sentir. O texto é a vida do nosso eu...Já, Verô, isso mesmo, " Ame antes de mais nada vc mesma ", assim consiguimos distribuir o amor. Acredito que amor que vem é igual a amor que vai ...Bjocas

Paula Diniz

Anônimo disse...

Paula, gostei muito do seu texto em geral e da sua visão de mundo. Coincidentemente temos visões parecidas em muitas coisas embora discorde um pouco do conceito de que devamos nos amar por inteiro para sermos capazes de amar aos outros como amigos, como amantes, como seres especiais...
Posso estar equivocado mas esse conceito me parece meio matemático demais, sabe? Usando uma figura de linguagem sabemos que seríamos capazes de subir uma montanha muito ingreme sozinhos, isso nos daria auto-confiança e uma satisfação enorme conosco mesmos. Ao mesmo tempo, podemos optar por seguirmos juntos com alguém e chegarmos ao mesmo lugar. A auto-confiança e satisfação seriam diferentes e os prazeres também - mas eles seriam compartilhados. Não quero sugerir caminhos, nem abrir clarões que já não sejam conhecidos de todos aqui. Mas é uma possibilidade real que desafia a matemática acima, não?

Sobre estar com o semblante sempre ok também concordo. Eu procuro também estar a maioria das vezes assim. Me faz melhor para mim e para os outros que convivem comigo. Mas é importante que exista um contraditório. A tristeza, a decepção e esses sentimentos ruins mas existentes nos ajudam também a sermos pessoas melhores....

Parabéns pelo texto e vida longa! Quem ama a vida tem de ficar pelo menos até os 100 anos nessa terra.

W.Allen