terça-feira, 3 de junho de 2008

O Valor da Bolsa Feminina

Após um período de separação no namoro, Mark e Ashley resolveram se reconciliar e pra comemorar, foram para a Bolívia.
Foi nessa viagem que Mark teve certeza que Ashley seria a mulher da sua vida.
Ao passar pra pegá-la em direção ao aeroporto, ela desce com uma mochila entulhada de coisas, pesadíssima. Ele, tenso, fala:
- Amor, nós estamos indo pra Bolívia, fazer trilhas, um monte de ladrão e pedinte. Você não acha que exagerou na bagagem?
- Sweet heart, estou levando apenas o indispensável pra nossa viagem. Além do mais temos dinheiro pra pagar um carregador. Um euro vale 12 bolivianos e eles vivem disso, tadinhos.

E assim foi. Em cada situação difícil, como falta de banheiro nos ônibus e nas paragens, Ashley tirava de sua mochila uma bolsinha menor da onde surgiam lenços higiênicos ou gel pra desinfetar as mãos. No passeio de 3 dias no deserto do Salar, ficavam hospedados de maneira totalmente improvisada, onde não havia luz nem chuveiros, apenas baldes de água; onde o sol esquentava o crânio no meio do dia e o frio congelava os pés à noite. Sempre, sempre, Ashley tirava de sua mochila alguma bolsinha com algo pra amenizar: headlamps pra leitura, toalhinhas higiênicas, mini-ventilador, garrafinhas de água, tabletes de cereais, comprimidos pra dor de cabeça, filtro solar, creme pra queimadura, manteiga de cacau, etc...

Mark começou a amar essas bolsinhas femininas e no fim da viagem, ele desabafa:
- Ashley, eu sempre achei a maior besteira vocês mulheres andarem com essas bolsas carregadas de cacarecos, mas agora eu começo a entender.
- É, só quando precisamos desses cacarecos que eles começam a ter valor. Nas bolsas femininas também guardamos coisas muito preciosas.
- Ai, amor, você pensa em tudo, né? Eu quero ter um filho com você e ser feliz pro resto das nossas vidas, juntinhos.
- Mark, sweet heart, isso eu já tenho guardado nesta bolsa aqui: a Bolsa Uterina. Uma bolsa estritamente feminina e que os homens mias invejam. Mas você terá de esperar uns 7 ou 8 meses. Tudo bem?

Mark olhou surpreso pra Ashley. Ele a beijou apaixonadamente e viveram felizes pra sempre...

Não!!! Nada disso. Ele entrou em estado choque, começou a tremer e a tossir convulsivamente. Ashley começou a bater em suas costas, tirou da bolsa seu celular já com o número da ambulância. Levaram-no pro hospital. Ashley ficou na recepção dando todos os detalhes e quando finalmente correu até a emergência médica, Mark tinha desaparecido. Ashley nunca mais o viu, desistiu dos homens e resolveu criar seu filho sozinha com suas bolsinhas. rsrs

By Mazé Portugal

9 comentários:

Anônimo disse...

Hahahaha! Tô rindo até agora. Muito criativo seu texto. Bolsa uterina foi ótimo. Mas pior é que é verdade, nos quatro cantos do mundo basta mencionar uma pequena vontade de procriar que nossos parceiros tem 47 tipos de ataques.
;) beijos
Verô

Anônimo disse...

meninas,

não é bem assim, poxa. tá cheio de homem ai super afim de ter beibes, o meu namo por exemplo... mas, sejamos sinceras, a gente dá conta de tudo sozinha sempre. de um filho não seria diferente, não é mesmo?

beijos da mô.

Anônimo disse...

Bueno, nesse blog cada vez mais feminino e, maybe feminista, quero dar meu depoimento para defender a classe... essa sensação de mark passou por mim também quando tive meu primeiro filho. Não pela divisão de tempo e espaço que isso pudesse causar na minha relação amorosa (ainda que ela seja inevitável) mas uma sensação de incapacidade numa idade tão jovem ... será que eu daria conta? Passados alguns meses, barriguinha crescendo, movimentos de "quero estar com vocês em breve" me fizeram refletir: como é que eu pude pensar até no pior( e eu pensei no pior), com uma coisa tão maravilhosa quanto essa??? Essa nova sensação me acompanhou durante toda a gestação e quando B nasceu. Alguns anos mais tarde foi a hora de J aparecer em minha vida... Não havia mais nada que lembrasse a angústia da primeira vez. Já estava enfeitiçado....

É preciso entender os sentimentos alheios, meus amores. Nós amamos vocês e temos receios sim de perdermos espaço. (e perdemos inclusive).

Aviso final: É impossível ser feliz sozinho....já dizia o poetinha.

Teddy Bear

Anônimo disse...

Garotas, se o pai de Hitler tivesse pelos menos uns três tipos de ataques, evitaria de trazer para o mundo uma criança que passaria a ser criada pela mãe, crescendo revoltada e disposta a rebater seus recalques contra toda a humanidade. Quando uma mulher pensa em ter um filho, geralmente lhe vêm à mente aquela coisinha pequenininha, bonitinha e fofinha, esquecendo que está é trazendo um novo ser humano, infinito em sua complexidade, imprevisível em suas atitudes e comportamentos. O homem tem sim de ter 47 tipos de ataques (no meu caso 57), e, se passar por eles seguro, aí sim, trazer um filho para o mundo. Filho não é questão de desejo, e sim de mérito.

Charlie

Anônimo disse...

É Mario cheguei perto. Perdi por 10hehe...
Gostei de ter iniciado este debate. Fazia tempo que as Desaforadas não ferviam.
Mô, não podemos levar tudo a ferro e fogo. Claro que temos exceções, como em tudo na vida. Falei aqui da maioria (dos que tem 57 tipos de ataques, como bem lembrou o Mario), mas sempre tem alguém que se destaca do pensamento da massa.. Agarra com unhas e dentes este seu namo, pois ele é artigo de luxo no mercado. O meu também veio com uns papos estranhos estes dias, dizendo que a vida estava meio sem sentido que mulher e filho fariam a diferença para ele nesta fase dos “enta”, digo (40). Deste não largo o osso. Rsrs...
Agora em uma coisa tenho que concordar com o Mario, filho é coisa séria para o mundo, portanto acredito que produção independente esta fora de cogitação. Temos que penar nas crianças a cima de tudo. Elas merecem ter uma família e um pai presente. Isso é essencial para uma boa educação e a boa para de um bom caráter.
Teddy sua opinião me é muito rica, pois acredito ser importante desvendar a cabeça do sexo oposto. Dia desses estive em um evento com muitas senhoras. Avós para ser mais específica. Amei e aprendi muito com muitas delas. Inclusive com uma que me veio com um papo sobre dicas de como “segurar marido”. Acredito isso não ser mais preciso nos dias de hoje, mas parei atentamente para ouvi-la. E assim me foi informado de que os filhos vão para o mundo, portanto NUNCA devemos deixar nossos parceiros em segundo plano. (...) Palavras sábias que pretendo levar ao pé da letra, quando casar e tiver meus filhos.
Só para fechar: Mario somos animais acima de tudo. E nossa principal missão aqui é procriar e perpetuar a espécie. Filosofias a parte adquirimos este mérito ao nascer.

Verô

Anônimo disse...

Parafraseando Gerard Schroeder: ninguém tem mérito algum por algo que recebe de graça.

Charlie

Anônimo disse...

Desculpa Mario, mas temos mérito sim, pois tem muita gente que nasce e não ganha este mérito. Por algum motivo que eu não entendo, que só Ele deve saber explicar. Temos esta capacidade que muitos não têm. Por isso acredito que sim, é um grande mérito ter a capacidade de procriar.
Verô

Anônimo disse...

Olá queridos,
Claro que ter filhos ou não, é uma questão de escolha. Hoje vc tem várias maneiras de prevenção, embora às vezes alguma pode falhar e se isso acontecer, é pq vc foi escolhido. E isso é um mérito, Mário....rs
E como dizia meu pai: - Não querer ter filho é EGOÍSMO.
E sem dúvida, hoje somos muito mais egoístas, pq não queremos nos fazer sofrer e talvez fazer sofrer esse novo ser. Pensamos mil vezes... E esse medo recai, no geral, no homem, pois o desejo na mulher é hormonal. Mas tudo depende da experiência de vida de cada um. Mazé

Anônimo disse...

Partindo do raciocínio de vocês, a Nicole Kidman tem mérito por ter olhos azuis, confere? E eu tenho demérito por ter hérnia de hiato. Ããããnnn, interessante, hein.
E, corroborando com o ponto de vista do seu pai, Mazé, podemos dar um chego nas favelas da vida e ver o contrário do EGOÍSMO: lá está cheio de gente generosíssima, né?
Puxa, apresende-se muito nesse blog. :-)
Beijo, garotas.

Charlie