quarta-feira, 16 de julho de 2008

Thank you for the music

Tenho uma série de vícios e manias, como todo mundo... rs Vício de comprar livros (e mania de cheirá-los dentro da livraria). Vício de ficar horas na internet e mania de testar aplicativos. Vício completo em categorizar coisas e pessoas e horas depois, desconstruir essas mesmas categorizações. Mas, sem dúvida, meu maior vício sempre foi a música. Desde que eu me conheço por gente, mais ou menos como na canção:

Mother says I was a dancer before I could walk
She says I began to sing long before I could talk
And I´ve often wondered, how did it all start?
Who found out that nothing can capture a heart
Like a melody can?
Well, whoever it was, Im a fan
(Thank you for the music - ABBA)

A música sempre foi uma grande companheira para mim que, apesar de muitos não acreditarem ou desconhecerem, sou bastante tímida para coisas fora dos meus conceitos - em especial socializações obrigatórias que as vezes são impostas sobre nós. Além do mais, ela sempre me proporcionou essa facilidade de me refugiar no meu mundinho próprio e intenso. A música e a sensação de poder que pode decorrer dela.

Music is power
let it flow through your mind
your just like a flower
in the deep sunshine
(...)
cuz music is the mantra
unwinding your head
music is the question
to things unsaid

(Music is power - richard ashcroft)



Irmã de dois músicos, sou quase como o personagem de Nick Hornby em alta fidelidade (tanto faz se o livro ou o filme). A música me protege dos males do mundo, me mostra a porta de entrada de outros universos e culturas, música gera identificação - e pra mim senão gerar ela não é boa o suficiente, mas tb gera estranhamento e compreensão; entretenimento; melancolia; música faz a gente ficar com saudade do melhor amigo ou enxergar aquele ex como um grande babaca. Música sempre salva meu pior dia e aprimora os dias já felizes. Por causa da música eu fui fazer jornalismo, por causa da música eu decidi teorizar. Música pra dançar, música pra chorar, música pra cantar junto no show, música pra dar mosh, música pra ouvir no quarto trancada, música pra escrever, musicoterapia, música pra se despedir.

Sempre a música! É por isso que, apesar desse vício já ter feito com que eu me distanciasse de algumas pessoas - que não o compreendem e não amam a música tanto quanto eu - ela já me proporcionou conhecer algumas dos seres mais legais que entraram em minha vida, incluindo meus melhores amigos e meu marido - que são algumas das poucas pessoas que aturam meu vício de passar praticamente 24h ouvindo alguma música rs. Tenho inclusive um arquivo no meu computador, com todas as instruções de quais músicas devem ser tocadas em meu funeral. Imaginem se eu vou ir embora sem música, no way!

É por isso que eu sempre agradeço:

So I say
Thank you for the music, the songs Im singing
Thanks for all the joy theyre bringing
Who can live without it, I ask in all honesty
What would life be?
Without a song or a dance what are we?
So I say thank you for the music
For giving it to me




Esse vício vai me acompanhar até o final dos dias e não preciso nem de rehab (i say no no no)

3 comentários:

Anônimo disse...

Boa Mô, vícius saudáveis são sempre bem vindos.
;)
Verô

Anônimo disse...

Olá Desaforada,

Está aí um vício encantador mesmo. Sabe a música é tão presente em mim que bastariam algumas horas do dia em silêncio absoluto para recompensar os ouvidos... Ela nos traz os sentimentos mais profundos de alegria, dor, paixão, tristeza, emoções variadas que são sempre potencializadas com o seu apoio. Tão importante para mim que nos meus filmes, a música é praticamente um personagem à parte.

Para finalizar já que vc homenageou a nós, os anglo-saxões, retribuo com um brasileiríssimo (e mineiro) Paulinho Pedra Azul sobre o prazer da música e de cantar música.

"Se numa noite eu viesse ao clarão do luar
cantando e aos compassos de uma canção
te acordar

talvez com saudades cantasses também
relembrando aventuras passadas
com um passado feliz
com alguém

cantar quase sempre nos faz recordar,sem querer
um beijo, um abraço, um sorriso, ou uma outra aventura qualquer
cantando aos acordes do meu violão
é que mando depressa ir se embora
saudade que mora no meu coração"


W.Allen

Anônimo disse...

Mô?!?! :-)
Desse seu vício, eu fumo, como, bebo, cheiro e me pico até nas veias do couro cabeludo.
Beijo, ADRI. hehe ;-)

Charlie