quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lendas do Passeio Público de Curitiba


O Passeio Público de Curitiba é um parque com zoológico inaugurado em 1886 no centro da capital paranaense. Reza a lenda que foi um famoso barão com poderes sobrenaturais que deu a ideia de inaugurar esta área de lazer, bem no centro de Curitiba, ao presidente da província do Paraná, Alfredo Taunay. Ainda conforme o mito , tal projeto surgiu quando o místico barão visitou o Cemitério de Cães de Paris, tanto que o portão de entrada do Passeio Público é semelhante ao portal deste campo-santo francês.

O Passeio Público também é repleto de outras lendas...

Fantasma do Barão:
Reza a lenda que toda a noite de Lua Cheia surge uma alma vestida de Barão neste parque. Vários vigilantes já relataram esta estória.

Espírito do Transformista:
Durante os anos setenta e oitenta, o Passeio Público ficou com a segurança negligenciada e por isto surgiram no local travestis e garotas de programa. Naquela época havia um transformista que se vestia de cigana e jogava cartas de tarô aos freqüentadores do parque. Um certo dia o corpo desta pessoa foi encontrado boiando em um dos lagos do Passeio Público .
Alguns dias se passaram e uma menina chamada Melissa , de cinco anos de idade , foi passear com sua família neste local. Durante as brincadeiras, a criança se perdeu dos seus parentes e foi chorar no “playground" do estabelecimento. De repente, uma criatura vestida de cigana aproximou-se da menina e indagou:
- Por que está chorando, pequena?
Melissa respondeu:
- Porque eu estava brincando e minha família sumiu.
A cigana pegou na mão da menina e comentou :
- Não se preocupe... Eu guiarei você até os seus familiares.
A pequena perguntou:
- Você é uma fada?
A criatura respondeu:
- Não sou uma fada, mas sou o espírito de uma pessoa que já leu o destino de muita gente neste parque. Hoje a minha função é cuidar das crianças que se perdem neste imenso Passeio Público .
De repente, a garota avistou seus familiares e saiu correndo gritando. Melissa abraçou seus parentes, e sua mãe indagou:
- Onde você estava?
A criança explicou:
- Eu estava brincando no parquinho daqui . Mas vocês sumiram do nada... Até que apareceu uma cigana e me ajudou.
A irmã mais velha da menina perguntou:
- E onde está a cigana?
Melissa olhou para o último local em que viu a criatura, porém não avistou ninguém e disse:
- Ela estava ao lado daquela gangorra , mas agora evaporou-se.


O Ladrão de Cobras:
No Passeio Público há um museu apelidado de “serpentuário”, pois nele há vários tipos de cobras, dentro de vidros, para que o povo possa apreciá-las.
Há muitos anos corria, um boato de que um ladrão de serpentes, que tinha roubado uma cobra de uma bailarina de dança do ventre numa boate do centro, andava pela cidade atrás de serpentes para rituais de magia negra. Mesmo com esta estória, rolando a segurança do “serpentuário” não aumentou.
Numa sexta-feira, em pleno meio-dia, um homem chegou ao “serpentuário” com um martelo, quebrou o vidro e roubou uma caninana. Então, outro homem, vestido de barão, apareceu do nada e gritou:
- Devolva este bicho!
O bandido levou um susto, fazendo com que cortasse a mão através de um pedaço de vidro. Mesmo assim ele saiu com a serpente.
Na saída, pessoas viram o rapaz com o animal dentro de uma garrafa pet de dois litros. A população alertou a Guarda Municipal que prendeu o marginal em flagrante.




Luciana do Rocio Mallon

Um comentário:

Anônimo disse...

Já ouvi falar nessa lenda da cobra que quem a roubou era uma mulher, a Luz Del Fuego.
Beijo, colecionadora de mitos locais.

Mario