terça-feira, 7 de julho de 2009

Ordem Rosacruz: uma filosofia que sobrevive há séculos



Das diversas culturas que, por vários séculos, foram enterradas pelo passado, algumas deixaram suas marcas presentes até hoje. Porém, mais do que isto, foi lá no Egito Antigo que a Ordem Rosacruz (AMORC), esta organização de caráter místico-filosófico, teve seus primeiros fundamentos. No período da XVIII dinastia, os mistérios acerca da vida, do homem e do universo fizeram que grupos de pessoas interessadas na ciência, nas filosofias e nas artes se unissem para investigar as respostas daquilo tudo que desconheciam e que a religião não explicava, apenas impunha. A partir deste momento, surgiram as Escolas de Mistérios, pois estes grupos tinham que se organizar secretamente, caso contrário sofreriam as conseqüências por ir contra os dogmas estabelecidos pela religião. Foi na época do Faraó Tutmés III, que se começou a organizar a primeira fraternidade baseada em princípios perpetuados hoje pela AMORC, como conta o mestre em filosofia e membro Rosacruz, Jamil Salloum Jr: “Tudo que se tem hoje na Ordem começou lá atrás, com a sabedoria daquele povo e que hoje utilizamos em nós”, conta. Mais tarde, no reinado do Faraó Amenthotep IV, foi fundada esta Fraternidade que, por ser tão inspirada nos ensinamentos esotéricos, dê um sentido novo à religião, arte e filosofia do Egito. Mais tarde, nos séculos seguintes, todos estes princípios foram perdurados pelos povos. Tales, Pitágoras, Sólon, Platão entre outros viajaram até o Egito Antigo e foram iniciados nestas escolas. Suas experiências são os primeiros registros daquilo que acabou florescendo na Ordem Rosacruz. Hoje, esta organização está presente em todo o mundo e ganha muitos adeptos dispostos a buscar as respostas da vida. A ordem não é uma religião, pois não tem dogmas ou doutrina; mas tem princípios filosóficos que servem para que as pessoas reflitam sobre si mesmas, a vida e o mundo que as cercam. “Aqui é uma filosofia de auto-conhecimento, reflexiva, que ajuda o ser humano a despertar suas potencialidades adormecidas”, conta Jamil. A ordem é considerada mística filosófica. Mística porque mostra um caminho para a pessoa entrar em contato com sua alma através dos ensinamentos e exercícios. Filosófica porque mostra uma outra maneira de pensar sobre a vida”, acrescenta. Os exercícios praticados e ensinados aos membros filiados na AMORC são baseados na meditação coletiva, interpretação dos sonhos, projeção astral, entre outros, e que são considerados instrumentos que as pessoas podem utilizar para suas compreensões e experimentações. Quem se torna membro, passar por uma série de estudos e aprofundamentos, como também experimentos dos exercícios que lhes são propostos. E há quem busque tudo isto, independente de religião ou profissão, como conta o escrivão de polícia e membro Rosacruz, Marco Antônio. “Afiliei-me e, para a minha felicidade, os conhecimentos que eu buscava, assim como a experimentação da verdadeira consciência de mim e do mundo, estavam lá”, diz Marco. ”A nata do conhecimento místico da humanidade, desde os tempos mais remotos, reunidos em um lugar, e acessível àqueles com coração nobre”. Toda Ordem Rosacruz, indepentende da cidade em que esteja, oferece um espaço similar. Em Curitiba, o lugar possui um auditório específico para estudos e palestras; também, um centro cultural AMORC, com o Museu Egípcio com exposições da cultura egípcia e de outras culturas, aberto a toda a população e Espaço de arte Francis Bacon. Também há a Morada do Silêncio para realizar meditações e loja Rosacruz, que tem objetos e livros que ajudam a aflorar a filosofia implantada na Ordem. E há pessoas que, mesmo sem ser membros, buscam a ordem para meditar, ler e aprofundar conhecimentos. É assim que os princípios da AMORC se perpertuaram durantes vários séculos, passando de povos para povos, para ajudar a responder perguntas que alguns de nós fazemos como “quem sou eu?”, “de onde vim?”, “Deus existe?” e outras que nos assolam como seres humanos. Uma filosofia não desenterrada de vales nem descoberta em tumbas, apenas nunca adormecida e repassada de geração em geração até os tempos atuais.




Bianca SIlva

2 comentários:

Anônimo disse...

Bacana, Bia, até deu vontade de visitar a Ordem novamente (faz tempo que fui lá). Já que você é vizinha, qualquer hora te pego pra gente ir lá dar um "oi" pra múmias, feito? :-)
Beijo, VamB.

Mario

Anônimo disse...

Feit´íssimo! Fui lá esses dias dare oi pra ela, haha!
já somos íntimas!
realmente lá é muito bom....

espero..
Beijos