segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Semana de tema livre

Epidemias

A H1N1 já produziu a fobia social do álcool em gel, das máscaras, dos diagnósticos errados, já deflagrou a precariedade do sistema de saúde (que não é nenhuma novidade) e, como a aviária e tantas outras no decorrer da história, é só mais uma epidemia. Mata muita gente? Mata. Infelizmente quem está na base da cadeia capitalista. As classes mais pobres.

O governo se mobiliza e seguimos adiante. Para a epidemia de roubos com o dinheiro público nada se faz a não ser colocar nos meios de comunicação todos os dias de forma a tornar tão natural quanto ir ao banheiro. A epidemia do roubo político com o dinheiro público não é nenhuma novidade mas estamos tão adestrados a submissão, tão esperançosos de um salvador que nos liberte de todo o mal, que preferimos nos mobilizar para ver o último capítulo da novela, que encerra a epidemia das referências distorcidas da Índia.

Tem a epidemia das celebridades, das fofocas, do consumo desvairado de alimentos e bens inúteis, das guerras, dos celulares, da tecnologia, dos últimos sites de relacionamento e informação e, infelizmente, não conseguimos fazer dessas epidemias alguma coisa para fazer o tempo parar e reverter a inversão térmica do planeta, as queimadas e a destruição do nosso ecossistema.

A esperança é que nesse cair de elementos epidêmicos, a epidemia do bom senso possa tomar forma e passar de um pra um, matando sim aqueles que não aderem a uma política mais humanista, mais profundamente ecológica e, portanto, espiritualizada.

Espalho aqui todos os germes do amor próprio, o vírus do amor ao próximo, as bactérias do respeito e da dignidade que já vem com uma mutação de ética e moral elevadas. Espero que pegue!


Patrícia Ermel

4 comentários:

Anônimo disse...

Patrícia, esses dias fui no cinema e vi o trailer de um filme sobre epidemia sócio-comportamental que me chamou atenção: A Onda. É um remake, eu assisti o original há muitos anos. E é baseado em fatos reais. Se puder, assista, tem muito a ver com seu texto.
Valeu, Patuchira.
Beijo.

Mario

Anônimo disse...

Acho que peguei!rsrs
mas vou dizer o que penso...acho que o ser humano tem todos vírus encubados em si, o da amizade, da paz, e principalmente do amor. Porém, em alguns não se manifestam e são altamente imunes a qualquer tipo de bondade. Em outros manifestam doenças dos vírus do ódio, da cobiça, da ganancia, da inveja dentro de si. Outros precisam de algum tipo de tratamento para poder tirar este mal de si ou controlar e alguns morram assim. Mas há salvação: busquemos ao máximo manifestar o vírus do amor pois ele é o único vírus que não fere, não dói e cura.

Beijos paty e Parabéns pela proposta!


Bianca

Anônimo disse...

Excelente texto, parabéns.

Unknown disse...

Bianca, você disse tudo.
Faço das suas palavras as minhas.
Patrícia, ótima postagem, amei!
Beijos.