quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Exigência da convivência mútua a dois

Temos o livre arbítrio, portanto somos seres diferentes. Acredito que este seja o colorido do mundo. A minha opinião ou meu modo de vida pode ser exatamente o oposto do seu e... Conflito na certa. Portanto os ditos “fingimentos necessários” muitas vezes são indispensável para o bom convívio entre as partes.

Joaquim estava passando e em um instante observa Madalena, que lhe chama a atenção e desperta seu desejo. Menina meiga, pele alva, estatura mediana, seu número. Ele logo se apressa para ir ao seu encontro. Um esbarrão “proposital", digo, sem querer dá o ponta pé inicial do romance.
- Ops, me perdoe. Você esta bem?
- Ok, estou bem sim, acontece. (lá vai o primeiro “fingimento necessário") Pois Madalena estava neste momento pensando, aiii e um belo de um palavrão, mas não seria elegante de sua parte, mostrar este sentimento tão fervoroso.
- Me deixe te ajudar, diz Joaquim, levantando a moça e seus pertences.
Agora Madalena teve oportunidade de olhar o mancebo, observando seu jeito, seus traços, seus braços fortes e pensa. Humm de onde saiu isso, muito interessante.
Para "investir", digo, se redimir, Joaquim convida Madalena para tomar um refresco e faz todas aquelas perguntas de praxe pós esbarrão.
- Você esta bem? Machucou-se? Posso ajudar em algo? Onde é sua casa quer que eu lhe acompanhe até lá. (E aqui mais uma vez entramos em outro "fingimento necessário", pois Joaquim queria apenas saber do seu corpo quente, dos seus lábios carnudos, do seu cabelo sedoso, mas ele não podia sair da “regra” e se fizesse diferente quem sabe assustaria a senhorita).
Dias se passaram, Joaquim e Madalena chegaram a seus objetivos estavam se curtindo. Mas Madalena não estava satisfeita queria um compromisso sério com Joaquim. O fato dele saber que ela compactuava com seu sentimento e que ela estava sempre a sua disposição para os convites que lhe eram feitos já contentava Joaquim.
- Madalena, você não pode se entregar tanto assim, fala Joana, amiga de Madalena. – Para ele esta cômodo, porque ele mudaria esta situação? Você tem que se fazer de difícil. Quando ele ligar inventa um trabalho pra fazer, uma dor de cabeça, um mal estar de cólica, qualquer coisa, mas negue-o.
Mas eu conto as horas para vê-lo, não sei se vou conseguir e nem quero isso. Cada minuto ao lado dele é maravilhoso para mim, porque eu iria dizer não, ao que mais quero?
- Negaste hoje para ter mais amanhã. (fingimento necessário) Você não quer ter um relacionamento mais estável? Então amiga, dá duro nele que quando ele perceber que não te tem mais na mão, que pode te perder, logo tomará suas providências.

Este é o fingimento necessário que infelizmente esta em todo canto. Aqueles conhecidos joguinhos de amor. O não vou me entregar de corpo e alma, pois caso contrário vou ficar na mão dele (a).
O mundo seria tão mais colorido se as pessoas pudessem ser elas mesmas. Verdadeiras por inteiro, sem precisar de pequenos fingimentos para viver bem.

Verônica Pacheco

7 comentários:

Anônimo disse...

adorei o texto!!!
como seria bom se pudéssemos ser nós mesmos. o problema é nos moldarmos, com medo de não perder o outro.

Anônimo disse...

primaa (:
ficoo otimo! só acho que nós só não somos nos mesmo qnd não queremos! essa regra besta que todo mundo diz pra mim é cafona pra caramba... seja vc cara:P podee ser q ninguem goste mas vc vai estar bem e isso q importa.
Essa rotina do amor já cansou e acho q cada pessoa tem q fazer escolhas tb nisso... então talvez ela faça a escolha da rotina ou talvez queira mudar um pouco a tragetoriaa =x
beeijão;*

Anônimo disse...

Oiii Vê
Faz tempinho que nao faço nenhum comentario aqui neh...mas vamos a ele...
Primeiro gostaria de parabenizar o seu texto xD

Acredito que se todos fossem 100% nós mesmo...seria mtu chato...todos sinceros bunitinhos e etc..

assim da mais alegria viver...nao viver uma mentira...mas viver somhando...fazer uma coisa projetando algo la na frente!

beijos Vê

Patricia disse...

Infelizmente nos são impostas regras de convivência, quem foi o maldito que as inventou? Posso dizer que conheço poucas pessoas são sãoo verdadeiras, parabéns amiga vc é uma delas! Espontânea e literalmente fala o que pensa! Bjs

Anônimo disse...

Não acho,definitivamente,que as regras de convívio nos são impostas, senão aquelas que nós mesmos nos auto impomos. Ora, se você mulher( me refiro as mulheres e aos homens também), têm vontade de ser você mesma(o), invista fortemente nisto, pois é o melhor filtro que você terá.De que adianta fingir algo que não é, ou não quer; seja o que é, e queira já, não procrastine o que lhe dará prazer.Resolva ali e agora e sinta o alívio da coisa resolvida.Se p/ex lhe convidarem p/ sair e você não quizer, querendo,... disso só advirão desvantagens: você não sairá, ficará só ou acompanhada de quem não estava afim, ficará frustrada, angustiada, temperamental,reprimida e inconcientemente colocará a culpa em que lhe convidou para sair e a obrigou a fingir. Se errei perdão, se acertei, obrigado! se gostaram até breve!!
Obs:- Pode-se ter por companheira a fantasia, porém, deve-se sempre ter como guia a razão!!
Obs.2:- Só conheço uma das desaforadas, e, desde já passo procuração para que parabenize também as outras; conteúdo ótimo,descontraído e criativo. A idéia do blog então,...fantástica e providencial, mas acima de tudo, democrática, embora enseje ser para mulheres, pois acho que a melhor forma de avaliação das opiniões do homem sobre temas que o envolvam é estar sob o alvo crítico das mulheres; Definitivamente Parabéns!!!

Anônimo disse...

oi Verônica !

Amei o texto, reflete bem o que vivemos nos dias de hoje Porque não podemos ser verdadeiros um com o outro e temos que usar joguinhos amorosos que nem sempre dão certo????rsrsrsrsrs...É seria comico se não fosse tragico
bju

Anônimo disse...

Anônimo, obrigada pelo carinho. Nem fale se seria bom?! Seria maravilhoso, se pudéssemos ser agente sempre. Eu particularmente não consigo deixar de ser eu no quesito amoroso. Entrego-me de corpo e alma. Gostaria e precisaria às vezes não ser eu mesma. Usar destes “joguinhos” para alcançar meus objetivos, mas infelizmente isso não faz parte de mim.
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Jé querida seja bem vinda ao Blog. Na vida temos que escolher todos os dias. A escolha de sermos sinceros e perdermos o que desejamos. Temos o livre arbítrio, mas às vezes é difícil usa-lo. Rsrsrsr
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Shima, que saudades! Não vejo à hora de acabar esta campanha para eu ter meu amigo de volta. Este seu ponto de vista eu não tinha pensado. Excelente observação. Se todos fossem padronizados, cordatos e corretos seria estranho.
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Pati vivemos em sociedade amiga e para isso, nosso espaço acaba quando começa o do outro. Rsrsrsr, pouco tempo de amizade, mas uma amizade bastante incensa. Tão sincera que volta e meia dou meus bola fora, né? É o ônus de ter uma amiga verdadeira. Rsrsrsrs
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Joel desde crianças somos educados com um padrão. Isso é imposto sim, me desculpe, mas discordo. Ex: Meninos usam roupinhas azuis e meninas rosa. Há situações e situações, claro, em tudo na vida tem exceção, mas para lutarmos pelos nossos ideais, tanto amorosos, quanto comerciais precisamos agir conforme o jogo. Muito obrigada pelo elogio. Pode deixar querido que todas as Desaforadas ficarão sabendo das suas belas palavras. Vc ta falando com uma assessora. O que mais entendo é difundir informações. rsrsr Oportunamente precisamos sentar para inserir as Desaforadas no seu Clube de Blogs.
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Anônimo 2, vc me deu uma boa idéia! Acho que vou fazer um curso de teatro para aprender estas manhas de se dar bem não sendo nós de corpo e alma.
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Obrigada a todos pela leitura, elogios e comentários. Sejam todos bem vindos às quintas.
Bjocas
Verô