segunda-feira, 8 de junho de 2009

Semana do tema livre

E se ninguém pudesse te ver?



Contar esta história não é nada fácil para mim, pensei que era minha imaginação inventando isso, mas não. Meus sentidos nunca haviam me enganado, não seria desta vez que eles fariam. Meu nome? Não posso contar, se me descobrem não sei o que pode acontecer. Resolvi contar, pois temo pela minha descoberta. Se me calarem, ao menos algumas pessoas ficarão sabendo.


Foi em uma segunda-feira muito fria, acordei às 6h, tomei meu café e saí. Chegando ao meu destino, me deparei com uma figura tão inocente que me fez desconfiar. Seu nome é Marta, uma senhora muito bem vestida e com um belo sotaque estrangeiro. Não entendo até hoje o porquê de ela freqüentar aquele local. Todos repararam nela, e comentários sobre ela ser rica e bem estudada rolavam soltos, o que me intrigou ainda mais sobre aquela senhora estar ali.


A manhã passou e percebi que durante o tempo que passamos juntas algumas frases foram dita sem sotaque algum. Isso me despertou uma curiosidade tão grande que me fez desmarcar todos os meus compromissos e segui-la. Descobri que ela morava em um bairro não tão sofisticado quanto o comentado. Na realidade, ele não era nada sofisticado. Ela entrou em casa e aproximadamente vinte minutos depois saiu vestida com roupas que, por decência, não irei descrever.


Um carro parou em frente a sua casa para pegá-la e, pasmem, dentro do carro havia um jovem de cabelos enrolados, olhos claros, com modos naturalistas, e aparentava aquelas pessoas que vivem sorrindo. Ela entrou no carro e lhe deu um beijo. Com todo o respeito, ela não havia começado isso há pouco tempo, já era uma profissional. Eles saíram, e eu resolvi voltar para casa, afinal tinha visto muita coisa, e não conseguia acreditar em quase nenhuma. A única coisa que me pareceu sábia foi um trecho de uma música que nunca mais vou esquecer.

O que você faz quando, ninguém te vê fazendo? O que você queria fazer se ninguém pudesse te ver?




Ingrid Moraes

7 comentários:

Anônimo disse...

Brincar de imaginar o que faríamos com o poder da invisibilidade é divertio, Ingrid, mas acho que a gente já faz isso de alguma forma. TV e web levam os olhares das pessoas a locais e situações que não teriam acesso de outro modo. É voyeurismo coletivo. Mas a melhor forma de se teleportar e fazer esse tipo de exploração é com o olhar da imaginação. Porque você não apenas vê, você cria. Como você fez no seu texto.
Beijo e supersemana.

Mario

Anônimo disse...

Huuum...

Não sei. Acho q eu faço mesmo quando as pesoas estão vendo.
E foda-se o mundo! rs

Beijos

Ariam

ingrid disse...

Sera mesmo Ariam?tudo o que vocÊ faz poderia ser visto??? heheh

Anônimo disse...

Bem, tudi não Ongrid.... hehehehe....

Vc me fez pensar melhor... kkkkkk

Mas....

Beijos

Ariam

Anônimo disse...

Eita! escrevi tudo errado...

DE NOVO.

Bem, tudo não Ingrid.... hehehehe....

Vc me fez pensar melhor... kkkkkk

Mas....

Beijos

Ariam

Wellton Rafael disse...

E eu li de primeira mão esse texto...
ahhh que belo... >.<

Anônimo disse...

Se ninguém pudessem me ver eu visitaria um banheiro masculino !
Tenham um excelente feriado !
Com carinho ,
Luciana do Rocio .